sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Atolado em corrupção e em guerra contra os Estados Unidos, Lula dará mais um tiro de calibre doze no pé inchado: a COP 30, em Belém

Ver-O-Peso: acrílica sobre tela do pintor Olivar Cunha

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 22 DE AGOSTO DE 2025 – A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP 30, deverá ocorrer entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém do Pará, por decisão tomada, em 2023, pelo presidente Lula da Silva. Embora o Brasil tenha arrecadado 3,6 trilhões de reais em 2024, mesmo assim teve déficit primário de 47,553 bilhões de reais. Nenhuma obra federal relevante está em curso. Como Lula gastou esse dinheiro? Sabe-se que, em parte, gastou fazendo turismo com a primeira ministra, Janja da Silva.

E por que Lula fez questão, chegou a bater os pés inchados de tanta cachaça, que a COP 30 fosse em Belém, uma cidade sem a menor condição para um evento desse porte, embora já completamente esvaziado, porque o mundo todo já sabe que passar 11 dias em novembro em Belém pode se lascar, pois os aguaceiros, lá, começam a ficar pesadíssimos em novembro e podem durar dias. Além do mais, o trânsito na cidade é caótico e o calor e umidade são infernais. E há bairros inteiros dentro da merda, literalmente.

A rede hoteleira da cidade é pequena, daí que serão alugados dois navios transatlânticos, que ficarão ancorados no porto do distrito de Outeiro, uma ilha próxima a Belém, para hospedar parte dos convidados. Muitos moradores fantasiaram alugar barracos a preço de hotéis cinco estrelas. Apenas 47 países, dos 196 países previstos, confirmaram delegações na COP 30, mas pedem que o Brasil subsidie a hospedagem.

O dono do Estado é o famigerado senador Jader Barbalho, do velho MDB. Com ele, Lula se entende, e a Grande Belém virou um canteiro de obras, de bilhões de reais. Belém recebeu 4 bilhões de verba para as obras, somente em 2024.

Enquanto isso, Lula desafia os Estados Unidos, aliando-se com China, Rússia e Irã, com o objetivo de substituir o dólar e varrer os Estados Unidos e Israel do mapa. A reposta dos Estados Unidos: sanções econômicas ao Brasil e Lei Magnitsky para staf da ditadura da toga.

O grande aliado de Lula, o carniceiro da Venezuela, Nicolás Maduro, capo di tutti capi dos cartéis de drogas da América do Sul, está cercado por forças dos Estados Unidos e deverá ser capturado nas próximas horas. De modo que até nesse aspecto as circunstâncias conspiram contra a COP 30, que, afinal, é apenas uma oportunidade de se desviar verbas e de muita gente ganhar diárias e fazer turismo, inclusive sexual, durante um evento que vem discutindo o sexo dos anjos, decaídos.

O problema é a falta de transparência nos gastos, a fortuna que será gasta pelos cofres públicos para hospedar parte dos visitantes e a falta de investimento em saneamento e mobilidade. No resto, Belém é a cidade perfeita para se ter ideia da cultura amazônica, especialmente a culinária. O Ver-O-Peso, maior feira livre da América Latina, é uma réplica da Amazônia e seu maior cartão postal.

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

7 de Setembro marcará a segunda independência do Brasil. O perfil psicológico de Lula pelo escritor especialista em inteligência Jorge Bessa

O escritor Jorge Bessa traça um perfil implacável de Lula da
Silva, que tenta instalar uma ditadura comunista no Brasil

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 20 DE AGOSTO DE 2025 – A trilogia na qual estou trabalhando, com dois volumes já publicados – O CLUBE DOS ONIPOTENTES e O OLHO DO TOURO – e o terceiro a ser lançado em 2026, como em um iceberg, contém um décimo de ficção e nove décimos são a história política recente do Brasil, com personagens reais, vivas ou mortas, tendo como protagonista o maior líder da Direita no país: o presidente Jair Messias Bolsonaro. Ao tentar tirar o Brasil das garras da máfia mais perigosa do planeta, o comunismo, Bolsonaro levou uma facada que por um triz não o mata, foi preso e corre o risco de ser assassinado pelo regime ora instalado no país.

Porém, outro líder da Direita, desta vez o maior do mundo, em todos os tempos, o presidente republicano dos Estados Unidos, Donald Trump, está combatendo o regime, de forma legítima, diga-se. O Brasil de Lula da Silva se aliou aos maiores inimigos dos Estados Unidos: China, Irã e Rússia, em uma tentativa de rebentar com o dólar e com os americanos, além de se aliar com ditadores, como Nicolás Maduro, da Venezuela, e de abrigar terroristas e narcotraficantes em solo brasileiro, sem falar na ditadura da toga, que instalou desde 1 de janeiro de 2023.

Trump impôs sanções econômicas ao Brasil e aos ditadores e já instalou sua máquina militar nas fronteiras com o país. Na Venezuela, Nicolás Maduro está escondido em um buraco, como o ditador do Iraque, Saddam Hussein, que foi pego e enforcado. Mas se pegarem o carniceiro venezuelano vivo ele será enjaulado para sempre nos Estados Unidos, onde terá que vomitar tudo o que sabe, e há meios para isso. Entre seus sócios, o mais fiel é seu amicíssimo Lula da Silva.

De modo que este 7 de Setembro será a oportunidade do começo de uma nova independência do Brasil, desta vez, não do domínio de outra nação, de outro povo, como foi o caso, em 1822, quando o Brasil se tornou independente de Portugal.  Desta vez, devemos nos livrar de uma praga, de uma desgraça, que vem minando o Brasil: o comunismo.

Em outubro de 1917, os bolcheviques e socialistas revolucionários tomaram o poder de Estado na Rússia, sob o slogan: “Paz, pão e terra”. Bolchevique, que em russo significa maioria, era o nome dado aos membros mais radicais do Partido Operário Social-Democrata Russo, liderada por Vladimir Lenin. Eles defendiam a “ditadura do proletariado”.

Vladimir Ilitch Ulianov, Lenin, o revolucionário bolchevique e marxista exilado na Suíça por causa de suas atividades subversivas, com o apoio secreto do inimigo alemão, retornara secretamente à Rússia e lançou a palavra de ordem: “Todo o poder aos sovietes”. Lênin chegou a Petrogrado em 16 de abril de 1917, disseminando que o Governo Provisório era incapaz de atender aos desejos e necessidades do proletariado russo e defendendo uma organização política baseada no controle dos meios de produção, a nacionalização das empresas estrangeiras e o controle do Estado pelos trabalhadores, como forma de implementar o socialismo na Rússia, prometendo pão, ou seja, alimento para todos; paz, a saída da Rússia da guerra; e terra, a reforma agrária.

Em 7 de novembro de 1917 (25 de outubro no calendário antigo), uma insurreição armada começou em Petrogrado contra o Governo Provisório, culminando na invasão do Palácio de Inverno, a antiga residência do tzar e sede do Governo Provisório, pelos bolcheviques, que se declararam os novos governantes da Rússia. Esse episódio foi o início da Grande Revolução de Outubro de 1917.

Em 3 de março de 1918, Lenin assinou com os alemães o tratado de Brest-Litovsk, encerrando a participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial, entregando a Finlândia, a Polônia, as províncias do Báltico, a Ucrânia e a Transcaucásia às potências centrais, um terço da população do antigo império, um terço de suas terras agrícolas e três quartos de suas indústrias. Os russos anti-bolchevistas aliados ao Governo Provisório revoltaram-se contra o tratado, começando uma guerra civil, mas os bolchevistas utilizaram o terror de forma implacável. Foi criada a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), com a missão de disseminar o comunismo, e o ateísmo de Estado, em todo o planeta.

Quando Vladimir Lenin assumiu o poder na Rússia, a ala bolchevista do Partido Operário Socialdemocrata Russo mudou para Partido Comunista Russo, ideologia que se espalhou para vários países, como a China. O século XX foi flagelado por essa maldição: um terço da população mundial viveu sob regimes comunistas, com partido único e economia planificada, em que a propriedade dos meios de produção é controlada pelo Estado e os burocratas determinam salários, preços e metas de produção, algo tão ineficiente que leva, inevitavelmente, ao colapso da economia; trata-se do experimento social mais trágico da História, resultando em incalculável perda de vidas humanas e na destruição de economias ricas, como aconteceu na Venezuela.

O filósofo Olavo de Carvalho bem que alertou: um povo que procura resolver seus problemas materiais antes de cuidar do espírito permanecerá espiritualmente rasteiro e nunca se tornará inteligente o bastante para acumular o capital cultural necessário à solução daqueles problemas. O desconhecimento do plano espiritual, o desprezo pelo conhecimento, a subordinação da inteligência aos interesses partidários são causas do fracasso dos comunistas, que devoram países em questão de décadas, enquanto as nações capitalistas duram séculos.

Em 2 de abril de 1989, o líder soviético Mikhail Gorbachev desembarcou em Havana, onde disse para Fidel Castro que a União Soviética não poderia mais pôr no seu bolso os 10 bilhões de dólares que há décadas vinha pagando à Cuba, para manter o enclave soviético nas costas dos Estados Unidos. A União Soviética agonizava, vítima do próprio comunismo. Fidel empalideceu, pois se acostumara a mamar, tornando-se, graças ao comunismo, em um dos maiores playboys do mundo. E agora, como sustentar seu vidão, com sua máfia sediada em Cuba, a Disneylândia das esquerdas na América Latina?

Fidel Castro não demoraria a descobrir: acobertado pela celebridade internacional do seu nome, como o revolucionário que desafiou os Estados Unidos, fez um pacto com traficantes de cocaína da Colômbia para que Cuba se tornasse o principal entreposto comercial da droga rumo os Estados Unidos. Mas foi desmascarado pela Drug Enforcement Administration (DEA, órgão do Departamento de Justiça dos Estados Unidos responsável pelo controle e combate das drogas); vários cubanos detidos confessaram como o esquema operava.

As investigações da DEA conduziram ao Cartel de Medellín e ao governo cubano. John Jairo Velásquez, o Popeye, homem de confiança tanto de Fidel como de Pablo Escobar no Cartel de Medellín, fez um relato minucioso sobre o envolvimento dos irmãos Castro com a droga de Pablo Escobar à jornalista Astrid Legarda, que escreveu o livro El Verdadero Pablo. Popeye assegura que Raúl Castro, irmão do ditador de Cuba e que o sucederia na chefia da ditadura cubana, era quem recebia os carregamentos de drogas, pois era então o comandante das Forças Armadas. Eram embarcados de 10 a 15 toneladas de droga em cada operação.

O historiador britânico Richard Gott, em seu livro Cuba – Uma Nova História, confirma a razão que levou Fidel e Raúl Castro a se envolveram no tráfico de cocaína com Pablo Escobar, do Cartel de Medellín. Segundo ele, Cuba estava em crise por causa do afastamento da União Soviética. Assim, para se livrarem da prisão nos Estados Unidos, os irmãos Castro acusaram o general Arnaldo Ochoa, herói da revolução cubana e um dos militares mais condecorados da história do país, além de ser um dos grandes líderes militares de Cuba, e que temiam ameaçar o controle total dos cubanos, de ser o comandante das operações de narcotráfico com Pablo Escobar e condenado por “alta traição à pátria e à revolução”.

Assim, os irmãos Castro matavam dois coelhos com uma só cajadada: livrava a dupla de uma invasão americana e sua prisão e de afastar o general da sucessão de Fidel. Ochoa foi preso, em 1989, dois meses depois da visita de Gorbachev, sob a acusação de comandar as operações de tráfico de drogas do Cartel de Medellín, e foi fuzilado.

Mario Riva, ex-tenente-coronel do Exército cubano e que hoje vive em Portugal, afirma que Arnaldo Ochoa foi usado como bode expiatório, que Fidel aproveitou para se livrar dele devido às críticas que vinha fazendo ao regime. Arcou com o narcotráfico autorizado pelo regime possivelmente para salvar a vida de seus familiares. Riva disse ao jornal Diário de Notícias, de Portugal, em sua edição de 13 de julho de 2009, que Tony La Guardia, também executado, estava envolvido no tráfico.

Tony: “Eu tinha conhecimento dos aviões que aterravam em Cuba vindos da América Central, mas Ochoa não”. No livro El Magnífico — 20 Ans au Service Secret de Castro, Juan Vivés, ex-agente do serviço secreto cubano, afirma que Raúl Castro era o chefe do acordo com Pablo Escobar. Vivés revelou, também, que Raúl mantinha relações com narcotraficantes das Farc e que os sandinistas da Nicarágua também estavam envolvidos com o tráfico, por meio do capitão cubano Jorge Martínez, subalterno de Ochoa e contato entre Raúl Castro, o ex-presidente nicaraguense Daniel Ortega e Pablo Escobar.

Fidel Castro, “um homem dominado pela febre do poder absoluto e pelo desprezo ao povo cubano”, segundo o cubano Juan Reinaldo Sánchez, guarda-costas de Fidel por 17 anos, precisava pensar em novo meio de manter sua boa vida. E que tal sua própria União Soviética? A solução: o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, também ególatra, narcisista e ávido por poder e fama, e que, se bem trabalhado, tinha potencial para se tornar presidente do Brasil, o celeiro do mundo e maior país da Ibero-América, um continente que poderia se tornar a União Soviética tropical, um grande puteiro das esquerdas.

Era só criarem um organismo que, a exemplo do Comintern de Lênin, serviria para apoiar movimentos comunistas em todo o continente, para o que só precisariam criar uma base de apoio confiável e com gente confiável: o Brasil de Lula. E assim foi criado o ninho das serpentes: o Foro de São Paulo.

Disse Winston Churchill: “A diferença entre um estadista e um demagogo é que este decide pensando nas próximas eleições, enquanto aquele decide pensando nas próximas gerações”. O companheiro brasileiro de Fidel Castro, Lula, e seus principais assessores do PT, principalmente seu arquiteto político, José Dirceu de Oliveira e Silva, eram os demagogos perfeitos. Quando Lula foi empossado presidente da República, em 2003, o chefe da Casa Civil, José Dirceu, deixou escapar que eles tinham um projeto de poder que iria ser desenvolvido por no mínimo 30 anos, quando o Brasil já seria, então, uma potência comunista.

Fidel não perdeu tempo e começou a financiar a besta de nove dedos e 11 cabeças. A besta, que parece um homem comum, é um molusco, lula ou calamar cefalópode, com nove tentáculos com ventosas. Mestre do mimetismo, muda de cor como camaleão, camuflando-se e fazendo-se passar por cordeiro. É venenosa. Sua origem é a miséria e a ignorância, e seu destino, servir, como instrumento sob medida, para a instalação do comunismo na Pátria do Cristo.

Tudo começou com o Encontro de Partidos e Organizações de Esquerda da América Latina e do Caribe, organizado pelo PT, de 1 a 4 de julho de 1990, no extinto Hotel Danúbio, na cidade de São Paulo, com representantes de 48 partidos e organizações de 14 países latino-americanos e caribenhos, visando debater a nova conjuntura internacional pós-queda do Muro de Berlim e elaborar estratégias face ao embargo dos Estados Unidos a Cuba. Estava criado o ninho das serpentes.

No ano seguinte, o encontro foi realizado na Cidade do México, com a participação de 68 organizações e partidos políticos de 22 países. Na ocasião, o encontro se tornou conhecido como Foro de São Paulo. Em 1993, já em Havana, o encontro reunia 30 países e várias organizações de esquerda. As reuniões são realizadas a cada um ou dois anos, em diferentes países da América Latina. A Declaração de São Paulo, documento aprovado no fim do primeiro encontro, ressalta que o objetivo do foro é avançar na luta anti-imperialista e popular no após queda do Muro de Berlim.

Reunido em Havana, em julho de 1993, o Foro de São adotou uma orientação fundamental naquele momento: a concentração de esforços para eleger Lula presidente da República, para o Brasil dar suporte à futura União das Republiquetas Socialistas da América Latina (Ursal), denominação criada pela socióloga Maria Lucia Victor Barbosa, para criticar a ideia ao fazer uma analogia à URSS. Ou a Pátria Grande, denominação dada por Manuel Ugarte para designar a união dos países hispano-americanos com base nas ideias de José de San Martín e Simón Bolívar, das quais Hugo Chávez se apossou pensando numa América do Sul comunista. Lula achou tudo isso ótimo.

Não lhe interessava como ia se tornar presidente do Brasil; muito menos o preço que os brasileiros pagariam. Tinha certeza de uma coisa: estava disposto a tudo; tudo mesmo. Duda Mendonça, responsável pelo marketing do PT e preso por receber dinheiro do Petrolão, ensinou: “Em comunicação, gente, o importante não é o que a gente diz, é como as pessoas compreendem o que a gente diz”. Lula sempre prometeu combater a corrupção, o desrespeito às leis, mas, enquanto político, jamais respeitou o que quer que fosse; nunca soube o que é ética.

O ex-ministro de Lula e de Dilma, Antônio Palocci, condenado a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato, confirmou à revista Veja de 7 de dezembro de 2017 que o PT recebeu 1 milhão de dólares do ditador líbio Muamar Kadafi, morto em 2011, para a campanha de Lula, em 2002. Kadafi foi um dos mais sangrentos ditadores, e todo mundo sabia disso. “Eu e Palocci somos unha e carne. Tenho total confiança nele” – disse Lula, em entrevista coletiva, em 29 de abril de 2005. Lula era fã de Kadafi, Fidel Castro e Mao Tsé-Tung.

Também a revista Veja denunciou que a campanha eleitoral de Lula recebeu 3 milhões de dólares de Cuba entre agosto e setembro de 2002. Quando o PT assumiu o governo, chegou a hora do Brasil se transformar na burra de Cuba. Lula importou milhares de médicos cubanos, a maioria deles nem médico era, mas quase todos eram agentes disfarçados, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) começou a financiar obras faraônicas em Cuba, que jamais pagou um centavo sequer ao financiamento do banco.

A revista Veja, edição de 12 a 16 de abril de 2002, publicou o artigo “Os tentáculos das Farc no Brasil”, assinado pelo jornalista Policarpo Junior, o mesmo que denunciou o dinheiro cubano para a eleição de Lula, em 2002. Policarpo se refere a documentos produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que mostravam as ligações das Farc com militantes petistas.

Um desses documentos, de 25 de abril de 2002, informa que no dia 13 de abril de 2002, em reunião de esquerdistas solidários com as Farc, nos arredores de Brasília (no Clube dos Onipotentes?), o padre Olivério Medina anunciou que sua organização, as Farc, estava fazendo uma doação de 5 milhões de dólares para a campanha eleitoral de candidatos do PT.

Ao todo, são seis documentos que comprovam as relações entre as Farc e o PT; três deles faziam menção à doação dos 5 milhões de dólares, e um deles que o dinheiro sairia de Trinidad e Tobago e chegaria às mãos de cerca de 300 empresários brasileiros, que repassariam o dinheiro ao PT. Esse assunto rolou pelos serviços de inteligência, segurança e Congresso Nacional, mas o PT declarou que a matéria de Veja não passava de um monte de mentira e ficou por isso mesmo.

O Foro de São Paulo pretende refundar, na América Latina, o que foi o Comintern, o responsável pelo Movimento Comunista Internacional de Lênin, na antiga União Soviética, com o objetivo de coordenar as ações das esquerdas no Continente. Em um dos encontros daquela entidade, o ditador Fidel Castro, ao lado de Lula, pronunciou uma frase emblemática: “Vamos reconquistar na América Latina aquilo que perdemos no Leste Europeu” – o que seria uma resposta ao fim do comunismo na URSS e nos demais países-satélites.

Enquanto Fidel via nisso a oportunidade de realizar seu antigo sonho de comunizar toda a América Latina, o megalômano Lula vislumbrava a sua chance de ser uma personalidade internacional liderando a América Latina ao lado do seu ídolo e guia ideológico que, conhecendo sua megalomania, havia lhe inculcado essa ideia para usá-lo como “idiota útil”.

Lula foi presidente da República de 1 de janeiro de 2003 a 1 de janeiro de 2011. Assim que se viu no Palácio do Planalto, ficou claro o plano de Lula: aparelhar o Estado, desarmar a população e destruir a família, para instalar uma ditadura comunista, nos moldes do que fizeram Fidel Castro em Cuba e Hugo Chávez e Nicolás Maduro na Venezuela. Nem a Operação Lava-Jato o fez parar.

Em 2008, ao investigar o doleiro Alberto Youssef, no Posto da Torre, de combustíveis, no centro de Brasília, a Polícia Federal começou a desenrolar o novelo do maior esquema já visto no planeta, de roubo, propina, corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, organização criminosa, obstrução da Justiça, operação fraudulenta de câmbio e recebimento de vantagem indevida. A coisa era tão grande que envolvia as mais altas autoridades de todo o país e repasse de dinheiro até do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ditadores em todo o planeta.

De Alberto Yousseff, passaram para Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e a outro ex-diretor da estatal, Nestor Cerveró, que delatou outros quadrilheiros, até chegar às maiores empreiteiras do país, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, e a um sujeito que raspou a burra do estado do Rio de Janeiro, o ex-governador Sérgio Cabral, e a seu sucessor, Luiz Fernando Pezão, além do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e dos ex-ministros da Fazenda, Antonio Palocci e Guido Mantega, do megapublicitário João Santana, do ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, eminência parda de Lula, do bilionário Eike Batista, até chegar a Lula.

Calcula-se por alto o rombo em cerca de 13 trilhões de reais, sendo que muito desse dinheiro estava emperrado em paraísos fiscais, aguardando que Lula, ou o PT, voltasse a dar as cartas no Palácio do Planalto. O negócio era tão sinistro que o relator das ações da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki, morreu em um misterioso acidente aéreo. Em 7 de abril de 2018, Lula foi preso, acusado de corrupção. Mas em novembro de 2019 foi solto pelo Supremo Tribunal Federal, que, para isso, liberou centenas de milhares de bandidos condenados em segunda instância.

Lula é ignorante e preguiçoso, completamente burro, mas tem intuição para o mal, é faminto pelo poder e absolutamente deslumbrado. Não chegou ao poder por mérito próprio, mas sempre foi usado, e se beneficia disso, como agente de pessoas que sabem manipular o poder, como Fidel Castro. Hoje, Lula é um papagaio que repete a mesma ladainha que aprendeu como títere, sem se dar conta do quanto é extemporâneo.

Ele é tão alienado que em julho de 1979, ainda presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista e trabalhando na criação do Partido dos Trabalhadores (PT), deu uma entrevista à revista Playboy na qual revelou-se fã de Hitler, o monstro nazista que pretendia dominar o mundo, e de Khomeini, líder da revolução xiita mulçumana, legando conflitos bélicos que duram até hoje e atentados terroristas.

A Folha de São Paulo de 21 de abril de 1994 registra também a admiração de Lula pelo assassino em série Che Guevara, o sanguinário Fidel Castro e o demônio chinês Mao Tsé-Tung. Atualmente, quando alguém pergunta a Lula sobre essas declarações ele se faz de mouco. O historiador Marco Antônio Villa, em artigo publicado em 9 de maio de 2017 no jornal O Globo, intitulado “Adeus Lula”, diz: “Na Presidência, ele adotou como lema ter como princípio não ter princípio, repetindo o método de dirigente sindical”.

Lula é uma construção que se deslumbrou e acabou acreditando que tem vida própria. Desmoraliza tudo em que põe seus nove dedos, e, se o ex-presidente José Sarney é tido como o maior patrimonialista do país, Lula o deixa no chinelo; quando saiu do Palácio da Alvorada furtou o que pode e levou até as panelas.

Discursando em comício no estado do Rio de Janeiro, em 10 de dezembro de 2017, Lula deixou estupefatos até ladrões declarados. Disse, referindo-se aos ex-governadores fluminenses Sérgio Cabral, Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, o seguinte: “Eu tô (sic) triste com o que está acontecendo no Rio de Janeiro. O Rio não merece a crise que está vivendo. O Rio de Janeiro não merece que governadores que governaram este estado, que foram eleitos democraticamente pelo povo, estejam presos porque roubaram o povo brasileiro e o dinheiro do povo. Eu nem sei se isso é verdade, porque não acredito em tudo o que a imprensa fala”.

No seu livro Marxismo: O Ópio dos Intelectoides Latino-Americanos, diz o escritor Jorge Bessa, que trabalhou na inteligência brasileira e foi espião em Moscou, durante a Guerra  Fria:  “Lula acredita que o fato de uma pessoa ter sido presidente da República automaticamente a torna uma pessoa especial e inimputável. A crença de que os políticos pertencem a uma classe especial de pessoas é decorrente de uma visão elitista e autoritária, em que ele se imaginava acima das leis por ser presidente e não o contrário, que era escravo das leis.

“É inesquecível a defesa que ele fez do ex-presidente José Sarney, em 2009, por ocasião do escândalo dos atos secretos do Senado, que levou à condenação pela justiça os ex-diretores daquela casa por improbidade administrativa. Sarney escondeu atos administrativos que configuravam nepotismo e a extensão de assistência odontológica e psicológica vitalícia a cônjuges de ex-parlamentares, violando a Lei 8.429, de 1992, que trata da improbidade no serviço público, classificando como contrária aos princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições, entre eles o de negar publicidade aos atos oficiais”.

Disse Lula: “Sarney tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum”. Antes disso, Lula saiu em defesa do Congresso Nacional no escândalo da farra das passagens aéreas, e revelou que usava a cota de seu gabinete, quando era deputado, para levar sindicalistas para Brasília.

O Ato Falho revela erros na linguagem escrita, falada e lida, esquecimentos, tropeços e quedas, erros que, por sua vez, revelam falhas sem significado, como, por exemplo, Chaves, o da televisão, quando diz: “Foi sem querer, querendo”, ou seja, é inconsciente, sem querer, e consciente, querendo. Então, o ato falho é um erro, mas também um acerto. Assim, a mente consciente se abebera na mente inconsciente, um reservatório de sentimentos, pensamentos, impulsos e memórias, subjacentes ao consciente.

Nas suas investigações, Sigmund Freud notou que o inconsciente influencia nosso comportamento e experiência, apesar de não percebermos isso, ao ponto de perder a dimensão do que é realidade e do que é fantasia, o que pode gerar mitomania, uma compulsão por contar mentiras. Esse tipo de paciente não consegue se controlar, mentindo até sobre coisas insignificantes, movido pela necessidade urgente de ser admirado e respeitado. Por sua vez, isso revela sentimento de inferioridade. Lula é useiro e vezeiro de atos falhos.

Ao analisar a personalidade de Lula, o psicanalista Jorge Bessa o classifica como narcisista, comportamento associado à vaidade, ao orgulho, à ganância, à dominação e ao egoísmo. Lula: “Tem hora em que estou no avião e, quando alguém começa a falar bem de mim, meu ego vai crescendo, crescendo, crescendo... Tem hora que ocupo, sozinho, três bancos com o ego” – disse, durante a cerimônia de posse de ministros, em 31 de março de 2010. Quando a revista americana Time o indicou como um dos líderes mais influentes do mundo, Lula comentou que se continuassem com o assunto seu ego “não iria caber dentro das calças”.

O perigo é que o narcisismo está ligado a outras patologias, como a necessidade de dominar os demais e o sentimento de superioridade, acreditando, piamente, ser superior aos demais e até que é imortal. É o caso de Lula, que gosta do superlativo “nunca antes na história desse país”, para autoqualificar-se como o maior estadista brasileiro e mais honesto até do que Jesus Cristo. Lula: “Cansei de viajar o mundo falando mal do Brasil, gente”; “Eu mentia mesmo, falava números que não existiam”.

Jorge Bessa: “Em depoimento ao programa Papo de Graça, de 3 de novembro de 2015, o pastor Caio Fábio faz revelações sobre sua convivência de quase dez anos e dos muitos encontros que teve com Lula e manifesta a sua indignação e a tristeza que sente hoje por ter ajudado a elegê-lo, ao convencer uma parcela considerável da comunidade evangélica de que ele não era o satanás que todos pensavam, pois, segundo Caio Fábio, 95% dos evangélicos tinham uma total aversão a Lula, achando que era um homem do diabo.

“Em certo trecho da entrevista, Caio diz que, em maio de 1998, foi procurado por Lula para mais um encontro – eventos que se realizavam amiúde há mais de dez anos – dizendo que precisava de sua ajuda para trazer um dossiê forjado contra o PSDB de Miami para o Brasil e um amigo o indicou como alguém que poderia fazer isso. Mas o mais surpreendente foi quando Lula propôs: “Pelo amor de Deus, eu tenho 35 milhões de dólares pra internar no Brasil, que o Kadafi (o falecido ditador da Líbia) quer me doar e eu não tenho quem traga o dinheiro pra dentro (do país). Será que um amigo seu, um empresário, não faria isso por mim, reverendo?”

Caio Fábio: “Foi tão avassalador que cheguei à conclusão, muito antes do Mensalão acontecer, que eu estava lidando com uma quadrilha totalmente abandidada e que tinha um discurso pra consumo em determinados nichos de interesse, enquanto tinham uma articulação de natureza muito mais extensa e que visava um projeto de dominação e de controle mesmo, a ponto do José Dirceu ter me dito: “No dia que nós conseguirmos emplacar o Lula pela primeira vez na presidência da república a gente não sai mais de lá e, se sair com brevidade, sairemos 24 anos depois, após deixarmos tudo aparelhado”. Aparelhar o Estado significa instalar um “companheiro” de partido ou ideologia em cargos públicos importantes, com a exclusiva missão de atender apenas aos interesses do partido, como corromper, roubar e matar.

Na sua carreira, Lula não consulta ninguém ao tomar decisões, pois seu objetivo foi sempre pôr os nove dedos na burra. O PT é sua quadrilha. Destruiu todos os adversários dentro da própria quadrilha, impedindo que surgissem líderes autênticos. O resultado é que o PT não tem mais ninguém para concorrer à presidência da República. Dilma Rousseff, que é uma morta-viva, só se elegeu presidente pela influência de Lula, e acabou enterrando o próprio Lula, porque padece de um tipo de loucura diferente à de Lula, o completo caos mental.

E por que um ser tão primitivo como Lula chega ao poder? – Alex perguntou-se. Bom, ele foi usado por outras pessoas, como Fidel, mas isso só foi possível por uma razão: a pobreza política brasileira. Alguns escolheram, para sua própria projeção e sobrevivência, a subserviência, ou, mesmo que discreta, colaboração com Lula, pois não tinham coragem de manifestar-se contra ele.

Marxismo: O Ópio dos Intelectoides Latino-Americanos: “Hélio Bicudo, Cesar Benjamim, Vladimir Palmeira, Fernando Gabeira, Heloisa Helena, Paulo Delgado, Plínio de Arruda Sampaio, a lista é interminável. Mas esses se deram conta do logro e dele se afastaram. Mas o que dizer de uma parcela da população brasileira que, ou por fanatismo, ou por ignorância, continua a apoiá-lo e a tê-lo como o grande herói nacional?”

Lula lembra Hitler, que era mais uma representação, uma impostura, do que uma personalidade, uma realidade, e levou a Alemanha à destruição, assim como Fidel Castro destruiu Cuba e Hugo Chávez Maduro, a Venezuela. Paul Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda na Alemanha Nazista, fanático por Adolf Hitler, assumiu controle absoluto da imprensa, da arte e da informação na Alemanha, e endeusou Hitler. No Brasil, Lula comprou o filé da imprensa, ensaiou várias vezes mantê-la sob censura, mas nunca conseguiu comprar nem censurar a banda boa da mídia, constituída por jornalistas patriotas e competentes.

Mas como é que um sujeito ignaro, sem a menor expressão, se torna presidente da República? Seria porque Lula foi também construído pelo general Golbery do Couto e Silva, o principal pensador do movimento militar de 1964? Se um líder da esquerda fosse, no futuro, alçado à Presidência da República, desde que não fosse um Leonel Brizola, líder comunista capaz de levar o país a uma guerra civil, mas um líder de esquerda igual a uma nulidade, o Brasil, embora com uma Constituição e um Supremo Tribunal Federal (STF) esquerdistas, estaria livre de uma guerra civil. Só que a nulidade, no caso, era um ególatra e ladrão, muito, muito ambicioso.

Durante o Ato Institucional número 5, Lula liderava greves à vontade, sem ser incomodado. Só foi preso anos depois, já sem motivo, tornando-se “mártir da ditadura”. Leonel Brizola disse no programa Roda Viva, de 20 de julho de 1994: “O Lula está dentro do sistema; sua mente está dentro do sistema econômico”. Mas ficou identificado como vítima do antigo regime, combatente pela democracia. Isso é falso. Lula fazia qualquer negócio. Foi informante do delegado e depois senador da república Romeu Tuma, quando este chefiava o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) durante o governo militar.

No livro Assassinato de Reputações: Um Crime de Estado, Romeu Tuma Júnior, Tuminha, confirma que Lula foi de fato informante do Dops durante o regime militar, conhecido pelo codinome Barba. Em entrevista à revista Veja disse que Lula passava informações para o seu pai, o delegado Romeu Tuma. “O que conto no livro é o que vivi no Dops. Eu era investigador subordinado ao meu pai e vivi tudo isso. Eu e o Lula vivemos juntos esse momento. Ninguém me contou. Eu vi o Lula dormir no sofá da sala do meu pai. Presenciei tudo. O Lula era informante do meu pai no Dops.”

Na mesma entrevista, Romeu Tuma Jr. denunciou outra faceta obscura do governo Lula, do qual foi secretário de Justiça: a fabricação de dossiês contra adversários. Conta que recebeu ordens para criar dossiês contra vários inimigos políticos do PT, entre os quais o governador de Goiás, Marconi Perillo, que foi quem avisou Lula sobre o Mensalão. O senador cearense Tasso Jereissati também foi alvo de Lula, que o considerou adversário político perigoso.

Segundo Tuminha, Lula, e o PT, instalaram uma fábrica de dossiês. “Sempre refutei essa prática e mandei apurar a origem de todos os dossiês fajutos que chegaram até mim. Por causa disso, virei vítima dessa mesma máquina de difamação.” Tuminha virou perseguido quando descobriu uma “conta do Mensalão” nas Ilhas Cayman, operada pelo então ministro da Casa Civil, o famigerado José Dirceu.

Tuminha denunciou também uma operação para grampear todos os ministros do STF, denúncia feita anos atrás pelo então deputado Roberto Jefferson, o homem que denunciou o Mensalão e acusou Dirceu de chefiar a fábrica de dossiês fajutos. Isso deixa claro que Lula instalou um estado policial, visando se perpetuar no poder. Também Lula se tornou íntimo de ladrões famosos, como dos ex-governadores de São Paulo, Paulo Maluf, e do Rio, Sérgio Cabral.

Pego na Operação Lava Jato, Lula é preso em 7 de abril de 2018, até 8 de novembro de 2019 – 1 ano, 7 meses e 1 dia (580 dias) –, no prédio da Superintendência Regional da Polícia Federal, em Curitiba, condenado em 12 de julho de 2017, por Sergio Moro, a nove anos e seis meses de prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, na ação penal envolvendo um tríplex no Guarujá. Na segunda instância, a pena foi ampliada para 12 anos e um mês. Em abril de 2019, a quinta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziu a pena para 8 anos e 10 meses de prisão.

Em 8 de março de 2021, o ministro Edson Fachin anula as condenações de Lula no âmbito da Lava Jato, alegando, candidamente, que o Tribunal Regional Federal da Quarta Região julgou o processo fora de sua jurisdição. Assim, Edson Fachin devolveu a Lula seus direitos políticos. Os processos contra o ex-presidente foram transferidos para a Seção Judiciária do Distrito Federal, que integra o Tribunal Regional Federal da Primeira Região, onde foi enterrado, à espera de exumação.

Eviscerado por Adélio Bispo, militante do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), de extrema esquerda, preso em flagrante e assistido por advogados que estariam sendo pagos pelo Primeiro Comando da Capital, o PCC, que controla tráfico de drogas, roubo de cargas, assalto a bancos e sequestros, com faturamento anual em torno de 600 milhões de reais, o capitão do Exército e deputado federal conservador Jair Messias Bolsonaro sobrevive e assume a Presidência, em 1 de janeiro de 2019.     

O Sistema começa perseguição implacável a ele, durante seus quatro anos de mandato. E ainda teve que enfrentar a pandemia do vírus chinês.

“O inimigo do Brasil não é externo, é interno. Não é uma luta da esquerda contra a direita. É uma luta do bem contra o mal. Para defender a liberdade e a nossa democracia tomarei a decisão contra quem quer que seja. E a certeza do sucesso é que eu tenho um exército ao meu lado, e esse exército é composto de cada um de vocês” – afirmou Bolsonaro. “Sempre disse que iria jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Por vezes, me embrulha o estômago ter de jogar dentro das quatro linhas, mas eu jurei, e não foi da boca para fora, respeitar a Constituição. Aqueles que estão ao meu lado, todos, em especial os 23 ministros, eu digo-lhes: vocês têm obrigação de, juntamente comigo, fazer com que quem esteja fora das quatro linhas seja obrigado a voltar para dentro.”

Enquanto Bolsonaro jogava dentro das quatro linhas, o Supremo o cercou dentro do campo. Em 29 de abril de 2020, o ministro Alexandre de Moraes suspendeu a posse do novo diretor-geral da Polícia Federal, Alexandre Ramagem, indicado por Bolsonaro, atendendo a um mandado de segurança do PDT (Partido Democrático Trabalhista). A acusação é insana: tentativa de interferência política na Polícia Federal. Foi aí que Alexandre de Moraes começou a dar as cartas.

O segundo turno das eleições presidenciais de 2022 foi realizado no dia 30 de outubro, último domingo do mês.  Estavam aptos a votar, no país e no exterior, 156,4 milhões de brasileiros. Venceu, com mais de 60 milhões de votos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a chapa Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), e Geraldo Alckmin, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), respectivamente presidente e vice, empossados em 1 de janeiro de 2023, para um mandato de quatro anos, duas décadas depois de Lula chegar ao poder e para cumprir um terceiro mandato, aos 77 anos, e já afirmando que Bolsonaro, ou qualquer outro candidato de direita, não ganharia dele em 2026.

As urnas eletrônicas, impossíveis de auditar, e o Tribunal Superior Eleitoral praticamente impedindo Bolsonaro de fazer qualquer tipo de campanha, justificaram vitória a Lula e ninguém pôde dizer que não, pois não havia como comprovar fraude, corrupção descarada, embora o candidato derrotado, Jair Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), tenha ganhado em mais unidades federativas e nos maiores colégios eleitorais: Acre, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

Lula venceu em Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. Votos nulos e brancos – 5,7 milhões – foram mais do que a diferença de votos entre os dois candidatos – 2,1 milhões. Durante e após as eleições, aonde quer que Bolsonaro fosse, era ovacionado por multidões e Lula, apedrejado verbalmente.

Desde 30 de outubro de 2022, quando saiu o resultado do segundo turno das eleições, o povo, em todo o país, foi para as ruas e bloqueou rodovias. Como Alexandre de Moraes ameaçou mandar prender os manifestantes, acamparam na frente de quartéis das Forças Armadas. Em Brasília, o acampamento foi instalado em frente ao Quartel-General do Exército. Em 8 de janeiro de 2023, o Supremo determinou o desmonte dos acampamentos.

No meio da tarde, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Gonçalves Dias, abriu as portas do Palácio do Planalto para um grupo de blacks blocs depredarem o prédio, juntamente com o Congresso Nacional e a sede do Supremo. As imagens das câmeras são claras. Dezenas de pessoas invadem os palácios dos três poderes e depredam obras de arte e objetos de valor histórico, como As Mulatas, de Di Cavalcanti, avaliado em oito milhões de reais, rasgado a faca, e defecam no Palácio do Planalto e no Supremo. Tudo armado. Lula sabia o que estava acontecendo, bem como seu ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. As câmeras não mentem. Mas Dino deu fim nos vídeos mais incriminadores.

Na Praça dos Três Poderes e no acampamento montado no Quartel-General do Exército, 1.418 pessoas, entre adultos, velhos e crianças, que não sabiam o que estava acontecendo dentro dos palácios, foram presas pela Polícia Federal, como terroristas, acusados pela depredação das sedes dos três poderes e de golpe, e encerradas no Complexo Penitenciário da Papuda e na penitenciária feminina da Colmeia, ameaçadas de pegar até 30 anos de cadeia.

Alegando que o governo do Distrito Federal foi incompetente para impedir a quebradeira nos palácios, Lula decreta intervenção federal no DF, até 31 de janeiro de 2023. Alexandre de Moraes determina o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias, e manda prender o secretário de Segurança Pública e ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, Anderson Torres – que se encontrava, no momento, em Orlando, nos Estados Unidos –, como partícipe das depredações. O golpe estava aplicado. Bolsonaro seria acusado de tentar a tomada do poder com a farsa montada pelo sistema.

Até março, 2.182 pessoas, que estavam fora dos palácios na Praça dos Três Poderes, foram presas, como terroristas, entre homens, mulheres, jovens, velhos e até crianças, famílias inteiras. Meses depois, o ministro Fernando de Moraes começou a condená-las com penas que nem assassinos recebem no Brasil, com o Congresso Nacional caladinho.

Em 26 de abril, parlamentares bolsonaristas conseguem emplacar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Golpe, para investigar a destruição dos palácios e quem teria financiado os criminosos. Quando os petistas viram que a CPMI ia ser instalada, aparelharam-na, impondo, por maioria, a relatora. O Congresso Nacional já teve nos seus quadros brasileiros brilhantes, mas a base sai sempre dos esgotos das unidades federativas. A relatora, senadora Eliziane Gama (Cidadania/MA), uma jararaca sombria, já chegou com o relatório pronto, indiciando Jair Messias Bolsonaro. Amicíssima do ministro da Justiça, Dino, empregou vários parentes seus com altos salários na máquina pública federal em troca do trabalho infame que ela realizou.

No início de agosto, vazamento de imagens das câmeras dos palácios e documentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) mostram que os depredadores foram introduzidos nos palácios pelo próprio governo Lula, coordenados pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e pelo general Gonçalves Dias, exonerado do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) exatamente porque foi pego com as calças nas mãos, em flagrante, pois cometeu um erro crasso: esqueceu de adulterar as câmeras.

Há indícios de que a esquerda norte-americana, sob a orientação do ex-presidente Joe Biden, contribuiu para com a libertação de Lula e colocação dele na Presidência da República. Em 6 de janeiro de 2021, apoiadores de Donald Trump, questionando o resultado das eleições para presidente dos Estados Unidos, invadiram o Capitólio. Baseado nisso, o presidente Joe Biden achou que Bolsonaro, amigo de Trump, organizou uma invasão no Congresso Nacional para aplicar um golpe de Estado. Aí, entra o testa de ferro Alexandre de Moraes, destacado para acabar com Bolsonaro, sob a acusação de golpe.

A teoria é idiota, mas deu certo. Bolsonaro sempre questionou as urnas eletrônicas, sem voto impresso; foi aí que os Estados Unidos intervieram: o Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu um endosso à confiabilidade das urnas, afirmando que “o sistema eleitoral e as instituições democráticas do Brasil servem de modelo para as nações do Hemisfério e do mundo”. A isso, seguiu-se um alerta do secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, de que as forças nacionais precisavam estar sob “forte controle civil” e respeitar o resultado das eleições, qualquer fosse ele. Antes das eleições, estiveram no Brasil, além do secretário de Defesa, a general chefe do Comando Sul dos EUA, Laura Richardson, e o diretor da CIA, William Burns.

No dia 8 de janeiro, quando invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, Biden se encontrava no México, de onde ligou para Lula e, a seguir, falou com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e com o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, sugerindo uma declaração conjunta trilateral apoiando Lula.

Lula voltou ao poder, mas não o recuperou, pois retornou a ele juntamente com seu passado pantanoso, com o agravante de que, agora, portava um vírus mortal: Rosângela Lula da Silva, a Janja. Nascida em União da Vitória/PR, em 27 de agosto de 1966, socióloga, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) desde 1983, divorciada de Marco Aurélio Monteiro Pereira, é a terceira esposa de Lula. Em 1 de janeiro de 2005, aos 38 anos, Janja recebeu uma sinecura na Itaipu Binacional. Entre 2012 e 2016, Lula a guindou a assessora de comunicação e relações institucionais da Eletrobrás, no Rio de Janeiro. Voltou a Itaipu em 2016, até 1 de janeiro de 2020, quando foi apeada da mamata.

Lula conhecia Janja desde a década de 1990, mas se engataram durante uma partida de futebol na inauguração do campo Dr. Sócrates Brasileiro, na Escola Nacional Florestan Fernandes do Movimento Sem-Terra (MST), em Guararema/SP, em 2017. Lula já era viúvo de Marisa Letícia Lula da Silva, sua segunda esposa, que falecera em fevereiro daquele ano. Lula integrou o time Amigos de Chico Buarque, que jogou contra o Veteranos do MST. Houve empate de 5x5. No Dia dos Namorados de 2018, Lula estava enjaulado na sede da Polícia Federal, em Curitiba, e Janja o visitou. A partir daí ela quase se muda para lá e passou a fazer triagem e monitoramento de quem tinha contato com seu precioso namorado. No dia 18 de maio de 2022, Lula e Janja se casaram em São Paulo e foram morar em um sobrado de 700 metros quadrados, alugado, no bairro Alto de Pinheiros, na capital paulista.

Em 1 de janeiro de 2023, Janja se tornou a mais deslumbrada primeira-dama do Brasil. Desde então, o país se tornou a república do carnaval permanente e da gastança desenfreada. O casal começou, ainda antes da posse, uma peregrinação internacional bilionária e absolutamente inútil. Quanto a Lula, velho e doente, ganhou uma cuidadora para encaixar sua fralda geriátrica. Janja deixou claro: quer suceder Lula na sonhada ditadura comunista da União das Repúblicas Comunistas da Ibero-América.

Durante o governo do PT, o BNDES financiou obras em 14 países, nove dos quais se envolveram no esquema de corrupção da empreiteira Odebrecht, que, segundo delação premiada, em dezembro de 2016, pagou 788 milhões de dólares, ou 2,95 bilhões de reais, em propinas, a políticos e a agentes públicos, em 12 países, principalmente no Brasil. Apesar dos graves problemas de infraestrutura que o Brasil enfrenta, o BNDES financiou portos, estradas, ferrovias e metrô em várias ditaduras ao redor do mundo.

Desde 2006, os empréstimos do Tesouro ao BNDES saltaram de 9,9 bilhões de reais – 0,4% do produto interno bruto – para 414 bilhões de reais – 8,4% do PIB. Essa caixa preta só foi aberta por pressão do Ministério Público Federal. Foi dessa forma que se descobriu que, desde 1998, o banco concedeu mais de 2 mil empréstimos para construção de usinas, portos, aeroportos e rodovias. No Brasil? Não! No exterior. E em países comunistas. Só que essas obras são realizadas por empresas brasileiras, a maioria delas empreiteiras, selecionadas a dedo pelo próprio BNDES. Apesar dos juros baixíssimos, os empréstimos não foram honrados.

Em 29 de maio de 2023, Lula recebe no Palácio do Planalto o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, procurado pelos Estados Unidos, que oferecem 15 milhões de dólares por informação que levasse à prisão de Maduro. O ditador veio ao Brasil para a cúpula de líderes da América do Sul, que ocorreria no dia seguinte.

Agora, Maduro, com a cabeça ao prêmio de 50 milhões de dólares, cercado por terra, mar e ar, está escondido em um buraco, como um rato. No Brasil, a ditadura da toga agoniza e no Congresso Nacional o voto impresso deverá ser aprovado. Mais, já foi criada a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), para apurar o roubo de 6,3 bilhões de aposentados pelo INSS. Um dos chefões acusados dessa roubalheira monumental é nada menos que o irmão de Lula: Frei Chico, que estaria com as malas prontas para fugir do país.

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segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Gafanhotos decretam o fim da lei da gravidade. O Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, é muito complexo para se tornar a nova URSS

A IDENTIDADE CARIOCA é um romance ensaístico que conta a
história do Brasil sem o ranço marxista, a partir do Rio de Janeiro

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 18 DE AGOSTO DE 2025 – Jornalistas costumam dizer que o Brasil se tornará uma Coreia do Norte, ou Cuba, ou Venezuela. Já o presidente Lula da Silva ainda acalanta o sonho que alimentou durante décadas de que o Brasil se tornará a Rússia de uma nova União Soviética, com apoio de Vladimir Putin e da China. Nada disso acontecerá.

Estamos em 2025. União Soviética, Coreia do Norte, Cuba, Venezuela, China, vivem outra realidade, muito diferente da que viviam décadas atrás, quando foram atacadas pelos gafanhotos. Hoje, os Estados Unidos impõem a pax americana. Além do mais, há a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e Israel.

Os Estados Unidos dominam o mundo democrático por meio das forças armadas mais letais do planeta; de tecnologia de ponta, especialmente em submarinos atômicos, aviões e telecomunicações; e do sistema financeiro mundial.

Quando os Estados Unidos querem acabar com uma ameaça à sua segurança nacional ou geopolítica sancionam países e pessoas, e, se for preciso, invadem qualquer país, seja sutilmente ou à luz do dia. Sutilmente é por intermédio de sanções e trabalho de inteligência.

Jamais a Direita dos Estados Unidos deixaria o comunismo florescer na Ibero-América. Somos, os ibero-americanos, uma só nação, dentro da democracia plena, dentro da lei. E o Brasil, pela sua complexidade, nunca será uma Cuba.

Começa pelo seu tamanho, continental, e pela sua identidade, a língua portuguesa, nascida do Império Romano e dos lusitanos, povo que garantiu nossa extensão territorial por meio da pax portuguesa. Nem os conquistadores espanhóis, com toda a sua brutalidade, conseguiram frear os portugueses rumo a oeste, e nem franceses e holandeses lograram fixar-se no litoral.

Os portugueses se acasalaram com os índios e legaram mamelucos, e com os africanos, gerando mulatos. Os negros se acasalaram com os índios, gerando cafuzos. A língua portuguesa ficou mais rica e a espiritualidade se ampliou.

No continente brasileiro há Estados ricos e pobres, mas os brasileiros se ajudam, forjando uma nação pujante.

Os comunistas, a máfia mais perigosa do mundo, é como um descomunal enxame de gafanhotos. Pousa em um país e o depaupera, como um parasita gigantesco. Assalta o povo, toma-lhes suas casas, escraviza-o. Assim fizeram com Cuba e com a Venezuela. Com a China. Querem fazer isso com o Brasil.

O Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, é muito complexo para se tornar uma a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) do Trópico.

Agora, temos a ajuda do maior líder da Direita mundial de todos os tempos: o presidente americano Donald Trump, que decretou a Lei Magnitsky aos gafanhotos. Os bichos estão igual siri na lata e decretaram que a Lei Magnitsky não pode ser aplicada no Brasil. Mas eles não sabem o que é soberania. Ou melhor, dão o conceito que querem às palavras. Ou seja, decretaram o fim da lei da gravidade.

domingo, 17 de agosto de 2025

Estão quase conseguindo assassinar Bolsonaro. Tratamento do Mito pela Medicina Tradicional Chinesa. Fim da linha para Nicolás Maduro

Capa de O CLUBE DOS ONIPOTENTES, primeiro volume de uma trilogia
que prossegue com O OLHO DO TOURO, ambos os volumes à disposição de Bolsonaro na presidência do Partido Liberal, em Brasília, e que será encerrada com o terceiro volume a ser publicado no próximo ano

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 17 DE AGOSTO DE 2025 – Juiz de Fora/MG, 6 de setembro de 2018. O então deputado federal Jair Messias Bolsonaro participa de um comício em campanha eleitoral para a presidência da República. Como vinha acontecendo, o capitão reformado do Exército atraía centenas de milhares de apoiadores, pois representava a esperança de que o Brasil, finalmente, se livraria das garras da corrupção.

Enquanto era carregado, no meio daquele mar de pessoas, Bolsonaro sentiu um soco de peso pesado no baixo ventre e instantânea falta de ar. Fora um golpe de facão, que quase o transfixa. O militante da Esquerda, Adélio Bispo de Oliveira, autor do golpe mortal, foi preso em flagrante por agentes da Polícia Federal que acompanhavam Bolsonaro.

Prevendo uma ocorrência como essa, os agentes já vinham planejando rotas para hospitais a cada encontro do candidato com as multidões, de modo que Bolsonaro foi transportado rapidamente para a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora e um cirurgião já o aguardava. Esse cirurgião fora avisado de que deveria ficar ali de plantão em circunstâncias misteriosas.

Mas, ao chegar à sala de cirurgia, Bolsonaro já perdera metade do seu sangue. A facada atingiu a veia mesentérica superior e os intestinos grosso e delgado.

Contudo, 23 dias depois do atentado, em 29 de setembro, Bolsonaro voltou para casa. Seu condicionamento físico de paraquedista o salvou, porém as sequelas da tentativa de assassinato são profundas. Como não conseguissem matá-lo em Juiz de Fora, o mandante resolveu adotar outro meio e então urdiu um plano: matar Bolsonaro como se fora um acontecimento natural, aproveitando seu estado de saúde.

O plano é completamente fantasioso, mas está sendo executado: acusar Bolsonaro de um golpe de Estado, prendê-lo e matá-lo mantendo-o à mingua na cadeia. Seu julgamento começará em 2 de setembro, no Supremo Tribunal Federal (STF). A sentença está pronta: prisão. Estamos em plena ditadura da toga. Porém, o xerife do mundo, o maior líder da Direita da História, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já sabe quem mandou matar Bolsonaro. E agirá.

Precisa agir logo, e com a presteza de um cirurgião.

Bolsonaro está em prisão domiciliar e seu quadro piorou. Apresenta calafrios, náuseas, tosse, esofagite, gastrite, hipertensão, refluxo e infecção pulmonar. Sou acupunturista e aqui vão umas dicas para o Presidente, em Medicina Tradicional Chinesa, que é uma terapia com duas características que a diferenciam da Medicina Ocidental: trabalhamos com os canais energéticos do corpo e acreditamos no espírito.

No meu caso, enveredei por um caminho que chamo de “acupuntura vibracional”, pois levo em conta também os corpos sutis da aura.

Todas as terapias são importantes, inclusive benzer com galinho de arruda. A Medicina Ocidental é extraordinária, mas se limita a tratar dos órgãos e regiões do corpo de forma isolada, enquanto que a Medicina Chinesa considera o corpo de forma holística, além de ter consciência de que tudo no Universo é energia, vibração.

Trabalhamos para que o corpo e o espírito dos nossos pacientes sigam o caminho do equilíbrio, o caminho do meio, de modo que nada possa atingi-los, nem os micróbios da ditadura.

Como não posso aplicar acupuntura no Presidente, vou tratá-lo por fitoterapia, alimentação energética e meditação. Vamos lá. O Mito precisa, com urgência, tomar três cápsulas de 500 miligramas de açafrão, também conhecido como cúrcuma, diariamente, após as refeições. Tem que ser em cápsula. Após um mês, fazer pausa de uma semana e voltar a tomar as cápsulas, durante o resto da vida. Mandar manipular na Farmacotécnica; é o melhor açafrão de Brasília e o mais em conta.

Açafrão é o mais potente anti-inflamatório que existe em a natureza. Desinflama todas as células e tonifica o baço, que, energeticamente, é o órgão que nos eleva emocionalmente, produz e tonifica o sangue, e governa o estômago e os músculos.

Bolsonaro deve também tomar chá de gergelim preto, da seguinte maneira: meia colher das de sopa de gergelim preto em um copo americano e meio de água, ferver durante 10 minutos, esfriar, coar e beber antes de se deitar, todos os dias. Ao fim de um mês, pausa de uma semana. Tomar por toda a vida. A pausa é para não viciar o organismo.

Gergelim preto tonifica os rins, que, energeticamente, contém nossa bateria energética natural. Os rins governam todo o sistema reprodutor e entorno, além de injetar mais energia ao paciente.

Quanto à alimentação, entre 18 horas e 6 horas não ingerir os seguintes alimentos: frutas e sucos, saladas e legumes crus, leite e derivados, doces e água ou alimentos gelados. Nesse horário, só comer alimentos que vão ao fogo, especialmente abóbora da casca dura e raízes (mandioca, cará, inhame e batata). Os alimentos que vão ao fogo são inúmeros. Fazer a última refeição pelo menos três horas antes de se deitar.

Evitar sempre refrigerante, fritura, sorvete, leite, embutidos e superprocessados.

Atenção: todos os dias, uma pessoa adulta perde cerca de dois litros de água. Essa água precisa ser reposta, pois é vital para o funcionamento do corpo. A maioria dos meus pacientes, e já atendi pelo menos mil pessoas, porta todo tipo de doença por não fazer a reposição de água.

Importante: todas as doenças e acidentes são causados por emoções ruins. Somos seres mentais. O mundo só existe na mente. Sem a mente, nosso corpo é cadáver. A mente é composta por diversos corpos vibracionais, ao que chamamos de aura. O corpo físico é energia condensada, decodificada pelos nossos sentidos.

O corpo das emoções é o corpo astral. As emoções são transmitidas ao corpo físico pelo corpo etérico, ou fio de prata, que é o protótipo do corpo físico, que reflete as emoções em forma de doença. Assim, é necessário desenvolvermos uma defesa contra as emoções ruins. Como? Meditando. Meditar é conversar com a gente mesmo, pensar, verbalizar.

Devemos procurar compreender quem somos, e pensar e utilizar palavras de gratidão, pois a gratidão soluciona tudo. Devemos ser gratos sobretudo aos nossos antepassados, que nos orientam de outro plano da vida, e nossos antepassados mais importantes são os pais. Também sejamos gratos ao nosso cônjuge e filhos.

O sentimento de gratidão nos protege dos magos negros, dos ditadores, dos assassinos, para que possamos cumprir a missão que somente nós podemos cumprir.

Falar em ditador, Hugo Chávez Nicolás Maduro, o carniceiro da Venezuela, caía, enquanto eu escrevia este texto. Quem será o próximo?

Quanto a Bolsonaro, caro Presidente, cuide-se, alimente-se corretamente, pois esofagite, gastrite, refluxo, surge com a alimentação inadequada. Hipertensão é preocupação, ansiedade, viver no futuro, medo; como o futuro não existe, logo, medo não existe. Devemos viver o agora, o momento mesmo da vida. Assim, ficamos livres de adrenalina no sangue 24 horas por dia. E a infecção pulmonar é causada por baixa imunidade, que pode ser revolvida por açafrão e meditação.

O Brasil precisa muito do senhor, caro Presidente, assim como sua família. Que Deus e Donald Trump o protejam!

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Trópico

RAY CUNHA 

Segue o conto que dá título ao livro TRÓPICO.

LUCAS Miguel Benítez Loyola. Lucas, em homenagem ao pai; Miguel, ao avô paterno; Benítez, sobrenome paterno da sua mãe; e Loyola, sobrenome paterno do seu pai, paraense de Belém, e que desde que fora fazer faculdade no Rio sempre morou em Copacabana, Rio de Janeiro. Lucas pai era neurocirurgião. Conheceu sua esposa, a bela psicóloga catalã Andreza Isabel Navarro Benítez, durante encontro internacional de psiquiatria e psicologia no Copacabana Palace. Casaram-se e viajaram imediatamente para a cidade natal de Isabel, Barcelona, a imperatriz do Mediterrâneo, onde sua família descendia de uma linhagem de mestres em Medicina Tradicional Chinesa. Não deu outra, Lucas pai conheceu o Instituto Superior de Medicinas Tradicionais (Ismet), onde se especializou em medicina chinesa. Brilhante, aprendeu mandarim com facilidade espantosa e mergulhou nos clássicos da milenar ciência, bem como no taoísmo e no zen-budismo, e procurou transmitir ao filho a essência de tudo o que aprendera.

Lucas nasceu em 20 de julho de 1969, ao lado do Copacabana Palace Hotel, no apartamento da família, no sétimo andar do Edifício Chopin. Nasceu no mesmo momento em que os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin alunissavam o módulo lunar Eagle. Dezessete anos depois, em 1986, o médium Chico Xavier conversava com o escritor e editor Geraldo Lemos Neto e a médica Marlene Nobre quando falou a respeito do que Geraldo Lemos chamou de Data-Limite, moratória de 50 anos (20 de julho de 1969 a 20 de julho de 2019) que o Comando Planetário do Sol dava para a Humanidade. Se nesse intervalo não fosse deflagrada a Terceira Guerra Mundial, a Humanidade entraria em uma era de amor, paz, luz e prosperidade. Em caso de uma guerra atômica, poucas regiões do planeta escapariam do armagedom, uma série de cataclismos que se sucederiam a explosões nucleares. O Brasil seria uma região abençoada, onde se abrigaria a maior parte da Humanidade, especialmente os habitantes do Hemisfério Norte, que seria arrasado. Assim, pensou Lucas, considerando-se que a ameaça de uma guerra nuclear no intervalo da Data Limite já é passado, a era da luz já começou, e os avatares que trarão a boa-nova, seres de civilizações muito mais avançadas do que a terráquea, começaram, aos poucos, a se apresentar para a raça humana.

Lucas tinha dois grandes amigos de infância: Luiz Cabral Maia Júnior e Octávio de Oliveira Noblat. Ingressaram juntos na Universidade Federal do Rio de Janeiro; Luiz Cabral Júnior no curso de Direito, Octávio de Oliveira Noblat no de Jornalismo e Lucas no de Medicina, o qual abandonou um ano depois, fez novo vestibular e entrou no curso de Jornalismo, formando-se um ano depois de Noblat, como Octávio era conhecido. A mudança se deu pelo seguinte: ainda no primeiro ano de Medicina, mas conversando com alunos do último ano e com residentes, Lucas observou, consternado, que o aprendizado da ciência médica requeria experiências e treinamento com cobaias, e Lucas percebeu que as cobaias sofriam com os protocolos a que eram submetidas. Observou também que, embora supervisionados pelos professores, alunos sem o menor talento para procedimentos médicos submetiam pacientes carentes a sofrimento e a perigo inclusive de vir a óbito. Ao fazer essa investigação, que surgira de conversas com colegas seus, a coisa, para ele, ficou insustentável. Então se dedicou, durante um mês, a coletar dados e provas sobre o que chamou de corredor da morte, após o que escreveu longo artigo sobre o assunto e o enviou para o jornal O Globo, que o publicou. Foi aí que descobriu que se não tinha talento para a Medicina, tinha-o para o Jornalismo.

Noblat vinha de uma família que praticava tai-chi chuan, rompeu com essa tradição e, ainda rapazola, começou a treinar kendo, e convenceu Lucas e Luiz Cabral a treinarem também. Um mês depois, Luiz Cabral desistiu; quanto a Lucas, sentiu que tinha habilidades insuspeitas com a katana. Noblat se dedicava de corpo e alma ao kendo, mas Lucas descobriu que ele cometia um pecado capital: a vaidade. Noblat treinava muito, e Lucas descobriu que Noblat treinava inclusive secretamente apenas para exibir suas habilidades nos embates com Lucas.

Foi nessa época, aos 18 anos, que houve uma reviravolta na vida de Lucas. Ele soube que havia um mosteiro Shaolin em Limeira/SP, e, nas férias de fim de ano, viajou para lá.

O famoso Templo Shaolin foi construído em 495, pelo imperador Xiaowen, da dinastia Wei do Norte (386-557), para abrigar o mestre indiano Batuo Buddhabhadra, primeiro abade do mosteiro. Em 520, o mosteiro abrigou o monge indiano Bodhidharma, também conhecido como Ta Mo, em chinês, e Daruma Taishi, em japonês, vigésimo oitavo patriarca budista e primeiro patriarca zen-budista, que criou o estilo chan (zen) do budismo e o estilo shaolin de kung fu. Para fortalecer os monges, fisicamente debilitados com tanta meditação, Bodidarma impôs um exaustivo treinamento físico, o que se tornaria a arte marcial do kung fu shaolin, além de exercícios de paciência e humildade, e técnicas de meditação, que os levariam a desenvolver o verdadeiro poder: o da mente. Em 1733, os Manchus, que haviam invadido a China, destruíram o templo. Mas sobreviveram cinco mestres e quinze discípulos, que se espalharam e começaram a treinar secretamente alguns eleitos. Nesse meio tempo, o mosteiro foi destruído e reconstruído várias vezes, mas funciona até hoje, embora se constitua em uma pálida lembrança do que foi. Em 2000, o abade Shi Yongxin autorizou a abertura de filiais do mosteiro fora da China.

Durante dois meses, todos os dias, Lucas se dedicou a um treinamento até o desmaio para desenvolver sua resistência e habilidade, a ponto de ser capaz de atingir com a espada uma abelha em pleno voo. De volta à Copacabana, viu, logo no primeiro encontro com Noblat, que ele se tornava cada vez mais fanfarrão, gabando-se da sua evolução no kendo e no tiro ao alvo, no qual, realmente, demonstrava rapidez e pontaria inacreditáveis.

Durante a década de 1990, Lucas e Noblat estagiaram em O Globo e foram contratados pelo jornal, e depois pela revista Veja Rio. Quanto a Luiz Cabral Júnior, foi efetivado em uma banca especializada na defesa de políticos. Seu pai, o clínico geral Luiz Cabral Maia, velho amigo de Lucas pai, se elegeu senador, em 1998; no ano seguinte, Luiz Cabral Júnior seguiu para Brasília, para assumir a chefia de gabinete do pai, e Noblat, a assessoria de imprensa do senador. Lucas, que tinha então 29 anos, foi apresentado, durante première no Copacabana Palace, à deslumbrante atriz acriana de origem holandesa Brigitte Van Dijk Nassau. Estrela dos filmes Filhinha do papai e O que fazer para prender minha esposa?, do cineasta carioca Arlindo Ipanema, ela agora brilhava no seu novo filme: A garotinha cresce, da cineasta também carioca Luciana Magalhães. Dormiram juntos, naquela noite, no próprio Copacabana, e, dois dias depois, embarcaram para Belém, onde tomaram um navio para Manaus, e, de lá, foram de avião para Rio Branco. Passaram dois meses na Amazônia, ao fim do que retornaram para o Rio de Janeiro e se casaram. Um ano depois, nasceu Andreza Isabel Nassau Loyola. E foi aí que a coisa desandou. Brigitte teve um caso com Arlindo Ipanema e engravidou dele. Lucas pediu divórcio e se separaram, e ficou com a guarda de Andreza. No início de 2000, Brigitte entrou em trabalho de parto para ter o bebê de Arlindo Ipanema quando a tragédia aconteceu: ela e a criança morreram por complicações durante o parto. O bebê morreu estrangulado pelo próprio cordão umbilical e ela, de hemorragia. Assim, a pequena Andreza foi criada, desde bebê, pela avó. Mas Lucas se tornou amicíssimo de um tio de Brigitte, Maurício Nassau, especializado em informática nos Estados Unidos, com experiência no Vale do Silício e no setor de inteligência do governo federal brasileiro.

Foi também nessa época que Isabel Navarro Benítez descobriu que seu marido tinha uma amante e resolveu retornar de vez para Barcelona, levando a neta. Assim que partiu, a amante de Lucas pai morreu atropelada. Foi quando o senador Luiz Cabral Maia o convidou para assumir a direção do Hospital Juscelino Kubitscheck, que adquirira após um ano de mandato, e, a Lucas filho, ofereceu o cargo de assessor de imprensa, trabalhando com seus dois amigos de infância: Luiz Cabral filho e Noblat.

Em 2006, Luiz Cabral pai se reelegeu, mas Lucas caiu fora do seu gabinete; o senador estava atolado no Mensalão, monumental esquema de compra de votos de parlamentares no Congresso Nacional. Nesse meio tempo, Lucas começou a trabalhar no Correio Braziliense e, depois, na Trópico – Revista Geopolítica, editada por uma das jornalistas mais brilhantes de Brasília: Natacha Fabre Tahan, que fazia mestrado em política internacional nos Estados Unidos. Quando terminou a pós-graduação, retornou para Brasília. Era filha do pioneiro e magnata da construção civil, o judeu-russo Vladimir Tahan, e da francesa Catherine Fabre, que vieram para Brasília a convite de Juscelino Kubitscheck e fizeram fortuna. Ao retornar à cidade, em 2004, casou-se com o pintor gaúcho radicado em Brasília, André Bellinazo, e logo depois fundou a Trópico – Revista Geopolítica. Lucas a conhecera no gabinete do senador Luiz Cabral Maia. Ela ia lá atrás de informações e costumavam almoçar juntos. Logo que Lucas saiu da assessoria de imprensa e foi para o jornal Correio Braziliense, como redator, escreveu uma série de artigos geopolíticos sobre o Brasil, especialmente sobre a Amazônia, por quem era apaixonado, desde que fora conhecer a família do seu pai, espalhada em Belém e Manaus, e a de Brigitte, em Rio Branco. Em 2011, aconteceram duas coisas importantes na vida de Lucas: seu pai faleceu e Lucas se sentiu miseravelmente só, pensando em passar um tempo em Barcelona, mas, poucos dias depois da morte de Lucas pai, Natacha Tahan o convidou para assumir a subeditoria da revista. Ele aceitou. Um dia, naquele ano, ficaram enrolando até tarde na revista, até que ela resolveu tomar a iniciativa. Foram para o apartamento de Lucas e passaram o restante da noite trabalhando, mas em outra ordem de atividade. Entre Natacha e seu marido, André Bellinazo, não havia segredos, nem tabus. Assim, Natacha comunicou a Lucas que André Bellinazo achou natural que ela tivesse um amante, que achava Lucas um cara bacana e até deu a entender que se Natacha quisesse ela poderia ir para a cama com os dois, o que Lucas descartou imediatamente.

Quanto ao senador Luiz Cabral Maia, tornou-se, em 2019, presidente da Mobilização Nacional (Mona), partido ao qual Lucas chamava de Magos Negros.

Assim, o apartamento em Copacabana fora vendido e comprado outro no Sudoeste, bairro no Plano Piloto de Brasília, na Quadra 102, Bloco H, Edifício Le Triumph, onde Lucas morava desde março de 2000, quando o prédio foi inaugurado, e para o qual se mudara juntamente com seu pai. Gostava do bairro, Setor de Habitações Coletivas Sudoeste (SHCSW), ou, simplesmente, Sudoeste, criado em 10 de julho de 1989, quando o urbanista Lúcio Costa assinou o Projeto Brasília Revisitada. Em 1993, começaram a surgir os primeiros prédios residenciais e comerciais e os primeiros moradores se mudaram para lá. Logo no início, o bairro era conhecido como Sudalama, pois quando chovia um rio de lama escorria do Sudoeste para o Parque da Cidade Sarah Kubitschek, ao sul, cobrindo a Estrada-Parque Indústrias Gráficas (Epig), que separa o Sudoeste do Parque da Cidade, mas, pouco tempo depois, o Sudoeste se tornou um dos metros quadrados mais caros do país.

O Le Triumph se localiza quase de frente ao centro hípico do Parque da Cidade, cruzando-se a Epig. No outro lado do prédio há uma pracinha. Lucas desceu e tomou a calçada entre a pracinha e o Bloco J, Edifício Fênix, e se dirigiu a Pães e Vinhos. Era outono, início de maio, e a ordem era só sair de casa quando absolutamente necessário, e de máscara, por causa da pandemia de coronavírus.

Logo no início de 2019, o senador Luiz Cabral Maia começou a bater ponto no Palácio do Planalto, levando consigo, sempre que ia lá, uma saca de confete.

De volta ao apartamento, enquanto degustava pão com manteiga e café com leite, Lucas repassava a conversa que tivera com Natacha, à noite, na revista, situada no estratégico Brasil 21, no Setor Hoteleiro Sul (SHS). A Trópico ocupava um conjunto de salas na Business Center Tower, com vista para a Torre de TV, no Eixo Monumental.

– Observei que você vem conversando muito com a Clarice; tem alguma coisa a ver com essa investigação?

Clarice Melo trabalhava há um ano e meio na revista. Tinha 27 anos. Lucas instruiu-a a colar no senador e em Noblat.

– Sim! Ela também está perto de encontrar provas irrefutáveis do plano do senador.

Em torno das 10 horas, Lucas foi até a cozinha e pegou uma goiaba. Depois, ligou para seu velho amigo Maurício Nassau, tio de Brigitte, da Total Segurança. Maurício era um gênio, um hacker talentoso. Trabalhou na Agência Brasileira de Informações (Abin), de 1969 até dezembro de 2003, ao fim do que se desligou da instituição. Percebera, ao longo de 2003, que mudanças profundas começaram a ocorrer no país, e que seria mais útil, como patriota, trabalhar para a banda boa das instituições brasileiras. Maurício tratava Lucas como a um filho.

– Maurício, você tem que descobrir onde fica o supercomputador do senador, ainda hoje! – disse Lucas, em um tom meio desesperado.

– Vou descobrir.

Assim que Lucas desligou o celular o aparelho tocou novamente. Atendeu. Ficou pálido. Desligou o aparelho. Trocou de roupa às pressas e desceu do apartamento, tomou pelo caminho, ao lado do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, entre as Quadras 103 e 104, e saiu na Epig, cruzou-a e entrou no Parque da Cidade, tomou a calçada atrás do restaurante Gibão Carne de Sol rumo ao Bosque dos Pinheiros, entre o Gibão e o Alpinus Choperia e Galeteria. A certa altura viu, ainda longe, o movimento dos policiais. Quando se aproximou, o delegado Baruch, titular da Terceira DP, do Cruzeiro Velho, se aproximou dele. Lucas viu que também o delegado Larroyed, da Coordenação de Repressão a Homicídios e de Proteção à Pessoa (CHPP), estava lá, esperando-o. Conhecia os dois, pois acompanhara o sequestro e assassinato de uma menor no Sudoeste, crime solucionado pelos dois delegados.    O local fora isolado por fitas, onde algumas pessoas trabalhavam em torno de um corpo e de uma cabeça, a cerca de três metros do corpo. Os olhos estavam arregalados e pareciam olhar para todos. Era a cabeça da repórter da Trópico: Clarice Melo.

– Ela foi degolada com uma katana – Lucas balbuciou.

– Katana? – perguntaram, simultaneamente, os dois delegados.

– É uma espada japonesa – Lucas respondeu.

Naquele mesmo dia, devia ser pouco mais de 16 horas, a temperatura no gabinete do delegado Larroyed estava por volta dos 21 graus. A Coordenação de Repressão a Homicídios e de Proteção à Pessoa fica na sede da Polícia Civil do Distrito Federal, localizada distante cerca de 500 metros do local onde foi encontrado o corpo de Clarice, no Parque da Cidade.

– Noblat tem um álibi perfeito: passou a noite no gabinete do senador Cabral, e a câmera do corredor mostra que a Clarice deixou o gabinete às 21 horas – disse o delegado.

– O senhor precisa olhar de novo a fita, para ver quem saiu do gabinete depois de Clarice, e, a partir daí, quem entrou. Precisamos ver se a mesma pessoa saiu e entrou das 21 horas até às 10 horas de hoje – Lucas observou. – E também precisamos ver as fitas do prédio onde Noblat mora, na 302 do Sudoeste. Essa, eu sei como conseguir. Trata-se da empresa de um grande amigo meu.

– Sim, vamos fazer isso! – Larroyed exclamou, sem discutir os métodos de Lucas. – Ainda hoje terei uma cópia da fita. O chefe da segurança do Senado é meu amigo de infância e fizemos faculdade juntos.

Lucas deixou a Coordenação de Repressão a Homicídios e de Proteção à Pessoa em torno das 18 horas. Havia ido para lá de pés. Cruzou a Epig na altura da Quadra 105 do Sudoeste e se dirigiu para a Pães e Vinhos, na 103. Comprou pães, queijo e salgadinhos. Ao sair, deu a volta por trás do bloco e pegou a calçada que liga as quadras. Quando já estava atravessando a rua que separa as Quadras 103 da 102 olhou rapidamente para trás e viu um vulto parado atrás da Pães e Vinhos. Chegou ao calçadão da 103 e tomou por uma entrada paralela à calçada de pedestre, acocorou-se atrás de uma caçamba de entulho e aguardou. Ficou ali durante mais ou menos dois minutos, mas nada aconteceu. Saiu dali e esquadrinhou a paisagem, mas não viu nada suspeito. Então retornou, vagarosamente, para casa. Clarice, a pobre Clarice, descobrira alguma coisa. Os comunistas, brasileiros e internacionais, os bolivarianos, o pessoal do clube do Foro de São Paulo, as máfias, os corruptos, dos mais graduados à raia miúda, tinham recebido um tiro na artéria femoral; por enquanto, estavam estancando o sangue com torniquete, mas cedo ou tarde teriam que dar um jeito definitivo nisso. Estavam perdendo bilhões de reais por dia, por conta da eleição de Jair Messias Bolsonaro à Presidência da República. Ele foi radical: cortou pela raiz qualquer fisiologismo, demitiu, e continuava a demitir, cabides inteiros de emprego, cortou as verbas bilionárias desviadas para a imprensa amestrada e respondia aos repórteres de plantão e aos entrevistadores com a franqueza de um santo. Quando viram que ele ganharia as eleições, mesmo fazendo sua campanha com pouco dinheiro e sem o menor apoio da grande mídia, despacharam um assassino para acabar definitivamente com aquilo, mas Bolsonaro sobreviveu, e ficou ainda mais forte, pois soube, então, que estava jogando com assassinos. Desde que Bolsonaro assumiu o comando do Executivo que a guerra de terra arrasada começou. Os comunistas se armaram até os dentes, e continuariam se armando, e só parariam de atirar quando vissem o capitão exangue, e o explodiriam, ou fariam picadinho dele, ou o incinerariam, ou o jogariam no mar, amarrado e com uma bigorna atada aos pés, ou dariam um jeito de prendê-lo, humilhá-lo e matá-lo aos poucos, fazendo-o comer os próprios bagos. Os comunistas eram capazes de tudo por dinheiro, Lucas sabia disso; eram capazes de matar uma repórter da banda boa da imprensa como quem chuta um cachorro vira-lata que estivesse olhando muito de perto o prato de comida de um sujeito que odeia cães. E o próximo vira-lata poderia ser ele mesmo. Clarice teria feito uma descoberta muito importante. Em algum lugar, um computador armazenaria um planejamento completo de como desestabilizar o governo Bolsonaro, sua defenestração, seu ostracismo, sua humilhação, sua pulverização, mantendo-o vivo só para atirá-lo às hienas. Um jogo totalmente bruto.

A pandemia começou na cidade de Wuhan, no laboratório de pesquisa de vírus mais avançado da China, vinculado ao programa secreto chinês de armas biológicas. Aliás, tudo na China é secreto. Com 9,6 milhões de quilômetros quadrados e mais de 1,5 bilhão de habitantes, seu PIB é de 14 trilhões de dólares, atrás somente do PIB dos Estados Unidos, de 21 trilhões de dólares. E é uma potência nuclear. Um de janeiro de 1912 estabelece o fim da China imperial e o início da República da China. Em 1949, Mao Tsé-Tung funda a República Popular da China, em guerra civil que ceifou dezenas de milhões de chineses, e, já instalada a república popular, matou de fome mais de meia centena de milhões de civis. Em 1978, o então líder da China, Deng Xiaoping, abre uma brecha para a economia de mercado, mas o estado continua totalitário. Jornalistas e pesquisadores dão conta de que a poluição na China mata milhões de pessoas por ano, inclusive nos corredores da morte, onde a roleta russa entre dissidentes do Partido Comunista ou reles criminosos funciona em escala industrial. Esses condenados seriam desmantelados e seus órgãos vendidos no mercado negro. A internet é vigiada, a imprensa é castrada, e fazer filhos e professar uma religião ocidental não é tão simples assim. Os chineses comem basicamente arroz, e qualquer animal, incluindo peçonhentos, ratos e morcegos, cães e gatos. Uma feira chinesa é aterrorizante para um ocidental. É comum encontrar-se nelas o principal pet europeu-americano, o cachorro, aguardando, com olhar triste, em uma jaula, ser abatido ali mesmo. Grandes pandemias começaram na China, como a pior delas, no século 14, a peste bubônica, causada não por vírus, mas por uma bactéria, transmitida ao ser humano por pulga de rato e outros roedores. Em 1343, a peste chegou à Europa pela rota da seda. Estima-se que matou, então, 15% da população mundial, pelo menos 75 milhões de pessoas.

Teriam, os comunistas, criado um vírus capaz de instalar a Nova Ordem Mundial, totalitária? O coronavírus estava matando no mundo inteiro e derrubando a economia mundial, principalmente a dos Estados Unidos. Estaria, então, esse vírus, sendo usado como arma biológica? Se assim fosse, seria uma terceira guerra mundial? Os comunistas, e outras máfias, partindo para o confronte final contra o capitalismo. Supondo-se que os comunistas vencessem, então só a elite teria privilégios; a maioria dos humanos serviria como escrava, inclusive sexual, e para a retirada de órgãos. Mas não seria isso apenas uma dessas teorias delirantes da conspiração?

Contudo, Lucas nunca descartava a questão espiritualista. Partindo do pressuposto de que os débitos de carmas coletivos costumam ser resgatados em tragédias, as pandemias podem ser incluídas nesses resgates, promovendo desencarnes em massa, reunindo grupos de espíritos comprometidos com débitos semelhantes em reencarnações pregressas. Essas calamidades despertam solidariedade e amor. Conforme O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Alan Kardek: “As grandes provas são quase sempre um indício de um fim de sofrimento e de aperfeiçoamento do espírito”. E, no Livro dos Espíritos, também de Allan Kardec, lê-se: “Se um povo não avança bastante rápido, Deus lhe provoca, de tempo em tempos, um abalo físico ou moral que o transforma”. O espírito reencarna onde tem vínculos de amor e de ódio, ou seja, junto aqueles com quem tem fortes laços de amor ou de ódio, de forma que os explorados e exploradores do Brasil colonial para cá estão entre nós, reencarnados ou não, incluindo assassinos, ladrões, aventureiros, exploradores, malandros e vagabundos. Sempre foi assim; a Terra é uma escola. Só o cenário muda. Os que viviam à custa do trabalho escravo, inclusive nos dias de hoje, reencarnarão como um político honesto? Não! Só mudamos quando aprendemos.

Eram 23 horas quando Lucas desligou o computador. Foi à cozinha, preparou um chá e se refestelou no grande sofá da sala. “As pandemias apavoram a Humanidade desde sempre” – pensou. Ele já sabia que pesquisadores apontam 2020 como um divisor de águas para a Humanidade. Em 2016, os astrólogos Boris Cristoff (1925-2017) previu uma pandemia para 2020; também a brasileira Celisa Beranger e Henri-Joseph Gouchon (1898-1978) e Andre Barbault (1921-2019) declararam que 2020 seria crítico, com mudanças políticas e econômicas radicais em todo o planeta. Mas, a partir de 2023, começaria um período de grande crescimento para a Humanidade.

Seu celular tocou; era Maurício.

– Descobri o supercomputador. Sabe onde? No gabinete do senador. E encontrei o plano, com tudo lá, todas as informações. Copiei tudo e já te enviei.

– Vou trabalhar na matéria, hoje, a noite toda, e imprimir a revista amanhã, e, claro, despachar também, ainda hoje, todo o material para meu contato na Polícia Federal.

– Ok!

Desligou. Logo a seguir Lucas recebeu outro telefonema. Desta vez de Noblat.

Vestiu-se todo de preto, pegou a Glock e a katana, pôs a máscara e desceu, dirigindo-se para o Parque da Cidade. Entrou pelo portão próximo ao seu prédio e foi diretamente para o local onde o corpo de Clarice foi encontrado. Noblat o aguardava.

– Você sabe que seu fim chegou, não é?

– Sim, pode ser. Mas pode ser o seu também.

– Você passou para o lugar errado e tem que morrer, assim como a sua amiguinha, degolado também. Eu bem que tentei ensiná-lo a manejar a katana, mas você é burro mesmo, e não aprendeu, pelo menos o necessário para esticar um pouco mais a sua vida de traíra!

– Traíra?

– Sim, traíra! Você traiu algo que a vida lhe deu: a boa vida da elite comunista. Fernando Henrique Cardoso mostrou o caminho das pedras, criando o Foro de São Paulo e Lula, e o senador abriu a porta para você, mas você jogou tudo isso fora, seu traidor!

Lucas tirou sua katana do estojo, que parecia uma caixa.

– Ia sugerir que você começasse a rezar, mas você não aprendeu a rezar; aprendeu a usar a katana, mas de forma errada, degolando uma pobre moça, que tudo o que desejava era fazer seu trabalho honestamente.

– Honestamente? Ela descobriu o Estado paralelo que está governando o país, além do que há por trás do vírus chinês, e que o senador é peça importante na nova ordem, idiota! Você não vê que o mundo mudou? – disse Noblat, sacando sua katana. Ele entrara no parque de novo de automóvel, provavelmente passando em um ponto sem vigilância e fechado apenas com cones, devido à quarentena.

– Prefiro pensar como os budistas, que a matéria não existe. Assim, não tenho medo da morte; não sinto medo algum. Estou esperando.

Noblat havia se aproximado um pouco de Lucas, posicionado para atacar. Lucas estava também posicionado, mas inteiramente parado, pois nada se movia nele, e de olhos fechados.

“Esse imbecil está de olhos fechados; não acredito! Não aprendeu nada do que lhe ensinei” – Noblat pensou.

A coisa teve um desfecho muito rápido, nada cinematográfico. Lucas estava ali, concentrado; sentia como se estivesse em um espaço sem tempo, todo o Universo vibrando como um som sem som, e, de repente, explodiu, inesperado como um raio, e uma cabeça foi expelida do pescoço, subiu e caiu no chão, como um coco vazio de água, e rolou para uns cinco metros de distância do corpo, que ainda ficou dois ou três segundos em pé e depois desmoronou. Lucas limpou a katana na roupa de Noblat, guardou-a na caixa e voltou para casa. A quarentena estava rendendo. A noite seria curta para o que tinha a fazer.

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