Macapá

Passei o Natal em Macapá, na companhia da minha família, os Pereira Cunha, e da família da minha esposa, os Souza Moreira. Permaneci na cidade durante uma semana. Na foto, feita pelo querido amigo Fernando Canto, estou diante do Marco Zero do Equador. Na casa do Fernando conheci seu acervo pictórico, revendo vários óleos e grafites sobre tela do genial pintor macapaense Olivar Cunha, que mora no balneário de Jacaraípe, município de Serra, zona metropolitana de Vitória, Espírito Santo.

Macapá é muito bonita. Se tivesse luz elétrica firme, água encanada permanentemente, rede de esgoto e galerias de águas pluviais, aeroporto decente, e a BR-156 fosse toda pavimentada, a cidade seria uma jóia, e os franceses da Guiana deixariam um rio de euros na sua rede hoteleira, restaurantes, bares e zona franca.

Contudo, o prefeito de Macapá, Roberto Góes (PDT), está preocupado com outra coisa. Ele foi preso recentemente, na Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal. É primo do ex-governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), aliado do senador José Sarney (PMDB/AP), e que também foi preso na primeira fase da Operação Mãos Limpas.

Mas os macapaenses têm esperança de que o atual governador, Camilo Capiberibe (PSB), realize um trabalho de inteligência para acabar com o crime organizado na terra dos tucujus. Camilo tem ficha limpa e é bem-preparado, sabe o caminho das pedras. Como deputado estadual, realizou um trabalho de inteligência que o ajudará, agora, a combater a corrupção.

O Amapá, juntamente com o estado do Pará, forma o que eu chamo de Amazônia Caribenha, devido à proximidade do Caribe, a curtição de música caribenha e a riqueza de peixes e frutos do mar. A Amazônia Oriental é uma das região mais belas do planeta, a mais rica em pescado e açaí, e entre o Amapá e o Pará há um paraíso dentro do paraíso: Marajó. Mas isso já é outro papo.

Brasília, 4 de janeiro de 2011