domingo, 6 de março de 2011

O Cerrado explode na paleta de André Cerino


Brasília, 5 de março de 2011 - O artista plástico André Cerino (http://www.cerino.com.br/) eterniza o Cerrado em exposição na galeria da LBV (Legião da Boa Vontade), na 916 Sul, até 28 de março, com 76 acrílicos sobre tela, com o tema Cores do Cerrado. Você pode ver a exposição também pelo blog: andrecerino.blogspot.com

O Cerrado explode em cores nos 76 acrílicos sobre tela que o artista plástico André Cerino expõe na galeria da LBV (Legião da Boa Vontade), na 916 Sul, até 28 de março, sob o tema Cores do Cerrado. Cerino surpreende novamente os apreciadores da sua arte. Depois de mostrar labirintos urbanos, em 2009, ele, agora, vivifica a floresta goiana. Maduro, André Cerino trabalha há 25 anos como artista plástico. Um dos mais produtivos artistas brasilienses, além de pintor, é também escultor, cartunista, chargista, ilustrador, artista gráfico e web designer. Nascido no Recife, a fovista capital de Pernambuco, em 10 de setembro de 1964, em 1983, aos 19 anos, mudou-se para Brasília.

Nos últimos 25 anos, além de se dedicar à pintura, tem ainda ilustrado livros, jornais e revistas. É autor, por exemplo, das capas de três livros de Ray Cunha: O Lugar Errado (Editora Cejup, Belém, 1996, romance), Trópico Úmido (edição do autor, Brasília, 2000, contos) e O Casulo Exposto (LGE Editora, Brasília, 2008, contos), este à venda nas lojas e sites das redes de livrarias Saraiva, Cultura e Leitura. Em Brasília, O Casulo Exposto é encontrado nas lojas da livraria Leitura do Conjunto Nacional e do Pátio Brasil.

O artista já participou de várias exposições individuais e coletivas, e de salões de arte e de humor no Brasil e no exterior. Nos anos de 1980, foi destaque nas 90 horas de pintura contemporânea, a maior maratona de artes plásticas realizada no país. Entre os prêmios que já ganhou como cartunista, destacam-se: Menção Honrosa no III Salão de Humor de Minas Gerais, segundo lugar no IV Salão de Humor de Minas Gerais, Menção Honrosa no II Salão de Humor sobre a Fiscalização dos Gastos Públicos (Unacon), terceiro e primeiro lugarares do júri popular no III Salão de Humor sobre a Fiscalização dos Gastos Públicos e primeiro lugar no V Salão de Humor sobre a Fiscalização dos Gastos Públicos.

Cerino também tem trabalhos publicados no Catalogue from III International Satirical Contest - Karpik 2005/Niemodlin-Polônia. Como artista plástico, entre vários prêmios e menções honrosas que ganhou, destaca-se o primeiro lugar no III Salão Nacional de Artes Plásticas do Iate Clube, Brasília-DF. Também é premiado em concursos de logomarcas e campanhas publicitárias.

CERINO POR ELE MESMO - "Quando estou diante de uma tela em branco fico imaginando que ela é a cortina de um teatro e que será aberta a qualquer momento, e eu, como artista e espectador, espero ser surpreendido pelo que vou ver. Minha ansiedade é tanta que fecho os olhos para imaginar o que virá por trás daquela lona. Como espectador, fico torcendo para que seja uma coisa maravilhosa e que possa transformar o meu estado de humor e trazer algo de bom para a minha vida. Como artista, procuro desorganizar o pensamento e improvisar os movimentos, que fogem ao meu controle. Não sei exatamente o que vou fazer, simplesmente busco o novo, intuitivo. Isso porque, quando há um planejamento, perde-se a surpresa. E necessito da surpresa para produzir a minha arte. A cortina se abre; começa, então, o diálogo. Muitas vezes, o espectador se encontra diante da obra com um olhar intrigante, questionando e tentando encontrar comparações com as imagens do mundo real. À medida que olha para o quadro mais de uma vez não existe mais aquela surpresa, mas a cumplicidade, pois as imagens captadas pelos olhos começam a fazer parte do universo da pessoa. Da mesma forma, quando outro espectador olhar o trabalho pela primeira vez também será surpreendido" - expressa o pintor.

E arremata: "Tento causar esse estranhamento com a minha arte, mantendo um constante diálogo com o público. Não conduzo a arte, deixo que ela me conduza. Nesse processo, eu me considero tão espectador quanto criador. O que não é mais novo para mim será novo para quem nunca viu aquela obra. Fiquei surpreso com Guernica, de Pablo Picasso, mesmo sabendo que milhões de pessoas já a tinham visto. A guerra é uma horrível criação humana, mas o que vi naquela obra não era guerra: Picasso pintou a dor. Mesmo o que conhecemos pode ser novo, dependendo da nossa imaginação. O olhar sobre as coisas é o que nos diferencia uns dos outros. Criar é a mais sublime das capacidades humanas. Quando criamos, damos a nós mesmos a medida da nossa existência. Diante de uma criação, o homem não vê o criador, mas a si mesmo. Todo homem é capaz de criar e dar à sua criação a importância que merece, desde que canalize suas idéias para um bem comum e que deixe de lado seus preconceitos sobre as coisas que existem. Minhas obras não me pertencem. Pertencem a todos os que buscam, através do olhar, a liberdade de ver o mundo com olhos de criança".

ARTEFIX - André Cerino inaugurou em dezembro passado sua própria galeria, Artefix (http://www.artefix.com.br/), no Centro Empresarial Barão do Rio Branco, Setor de Indústrias Gráficas (SIG), Quadra I, Lote 495, Sala 309, telefones 3344-0330 e 8437-8315. A galeria, que mede 120 metros quadrados e conta com dois banheiros e copa, funciona das 9 té as 18 horas. Quando houver eventos, eles começarão às 19 horas, até em torno de meia-noite.

O espaço foi inaugurado com exposição de Cerino, de suas duas últimas fases, em acrílico, Cidades e Cores do Cerrado. Cerino deverá expor, este ano, uma série de caricaturas em terracota, além de dar início à edição de histórias em quadrinhos com roteiros de escritores brasilienses, começando com dois contos do livro O casulo exposto (LGE Editora, Brasília, 153 páginas, R$ 28), de Ray Cunha: Pode dar o cano quem quiser porque não vou mais correr atrás de ninguém e Confraria dos Mensalistas.

OLIVAR CUNHA - A galeria Artefix pretende expor este ano trabalhos de Olivar Cunha, um mestre da Amazônia. Nas suas telas, em acrílico, a Hileia explode em cores fovistas e expressionistas, como de um Van Gogh do Trópico Úmido. (olivarcunhaarte.blogspot.com)

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