Um dos últimos trabalhos do pintor e restaurador Olivar Cunha, Cenários I (o que pressupõe que será uma série de quadros), confirma seu expressionismo único: a mistura de elementos da Amazônia com a de outras regiões, como o Rio de Janeiro, por exemplo, onde o artista estudou na Escola de Artes Plásticas do Parque Lage. Nascido em Macapá, na margem esquerda do rio Amazonas, Olivar Cunha, é um estudioso da cultura amazônica, transpondo esse universo para seu trabalho pictórico.
Cenários I, concluído ano passado em Vitória do Espírito Santo, onde o artista vive, é um quadro de 60 centímetros de altura por 76,5 centímetros de largura, tinta acrílica sobre tela, com a utilização de espátula e pincel.
O tema central do trabalho é o Congresso Nacional, em Brasília, aqui mesclado com detalhes do Palácio da Alvorada, os dois Candangos e a Catedral de Brasília. A concha da Câmara dos Deputados e as torres estão decoradas com trabalhos indígenas (Apalai, Waianã e Tiriós), num resgate da cultura material e iconográfica amazônica. A concha da Câmara dos Deputados está decorada com motivo Kaokokoxi – Lagarto Pequeno (desenho para Maruanã); as torres, com Atáta/Lagarto e Aikaka/Caranguejo; e a concha do Senado Federal foi transformada em um ouriço de castanha-do-pará.
Também está presente no quadro o monumento do Marco Zero do Equador, em Macapá, e o batuque, uma das manifestações folclóricas mais expressivas no estado do Amapá. No batuque são utilizados três tambores, denominados de macacos, e três pandeiros de tamanhos diferentes, específicos para esse ritmo. A grama do Congresso Nacional está representada pela pele de onça pintada, maior felino do continente americano, e também o mais belo habitante da Amazônia.
Olivar Cunha estará expondo este ano em Brasília.
Conheça o trabalho de Olivar Cunha pelo blog: olivarcunhaarte.blogspot.com
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