segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Belém do Pará vista da janela do sétimo andar de um hotel, no início da madrugada


A noite mais azul é quando
Assassinos me perseguem, derroto-os
E durmo com a princesa.
Isto só acontece nas noites tão azuis
Que um Boeing 777 ferem-nas
E sangue verte sobre as rosas,
Que o acme da princesa
Transforma em rosas colombianas.
A noite mais azul é tórrida e os jasmineiros choram,
O mundo recende a maresia
E a gordura do meu corpo
Volta a ser rija como os punhos de Muhammad Ali
Quando ele acabou com George Foreman, no Zaire.
Transformo-me em luz
Na noite excessivamente azul.

Brasília, 15 de agosto de 2011

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