Só, mas há muita luz e mulheres tão lindas que só as vemos em grandes aeroportos internacionais.
Estou só, mas o rio Amazonas, o maior do mundo, ruge como o mar em Copacabana, na maré cheia, e salpica meu rosto, escanhoado para esta noite.
Ouço merengue.
Estou aparentemente só, pois meu Pai enviou uma legião que me acompanha por todo o sempre, meus amigos logo chegarão e sinto o perfume das virgens ruivas.
Estou só com meu coração, relicário de pedras preciosas como acme da mulher amada e o choro dos jasmineiros nas noites tórridas da Linha Imaginária do Equador.
Estou só, mas estão comigo Belém, Manaus e Rio de Janeiro.
Minha solidão é como a dos pugilistas e dos escritores: quando começa o assalto, ninguém os pode socorrer e eles só contam com o talento, por isso nunca estão sós.
Nunca estou só, porque meu carisma é feito de pura luz
E minha lucidez é o Concerto para Piano e Orquestra, em ré Menor, de Mozart.
Estou só, mas o céu é tão azul que chove rosas colombianas vermelhas
E o ar é prenhe do cheiro de mulher nua.
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