As mulheres são um santuário abissal de rosas tão azuis que sangram rubis. Sigmund Freud viajou no meio desse cataclismo e retornou atordoado, à razão. As mulheres nos carregam no útero durante nove meses, ao cabo dos quais nos dão à luz, por isso, por mais que não pareça, nos dominam para sempre, pois, para elas, somos sempre crianças, a quem deram os seios prenhes de vida. Nós, homens, jamais as subjugaremos, por uma razão simples: ninguém pode acorrentar a poesia, e elas são livres como a flor, luminosas como o riso das crianças, mais lindas do que um grande jato pousando.
Para que eu me sinta seguro basta a presença de mulheres, pois são elas que nos conduzem a Deus, às vezes, por labirintos em trevas aos olhos masculinos, mas onde elas enxergam com a clareza das manhãs de primavera. De nós, homens, elas só exigem que as amemos, pois só assim desabrocham como rosa colombiana, vermelha, e espargem perfume aonde quer que passem. Todos os dias hão de ser dedicados às mulheres, nas preces, à passagem delas, na sua liberdade azul como o voo do vento.
Sou o homem mais rico entre todos, porque, além de voar nos sonhos, minha vida é povoada de mulheres. Duas tem nome de flores: Josiane, que me purifica no seu santuário, e Iasmim, minhas asas. Sou o homem mais rico porque elas me mostraram a dimensão do éter, que é onde voo na luz.
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