Seus risos,
ouço-os azuis, a pingar diamantes.
E sinto rosas
desabrochando, como vertigem do primeiro beijo,
No ar prenhe
de Chanel número 5.
Meu coração
respira o sabor da mulher amada,
Cheiro de
mar numa tarde de julho.
Meu coração
pulsa movido a risos de crianças
A rosas
desabrochando
Ao choro de
jasmineiros em tórrido anoitecer na Estação das Docas
A madrugadas
A acme que
escapa dos lábios da mulher amada,
Secos de
gozo, e que ela umidifica com a língua,
Tirando os
cabelos do rosto, num gesto intenso.
Meu coração
está prenhe do sabor indescritível
Do corpo da mulher
amada, que eu ergo, como leão
Abismo de
labirintos em que sou conduzido pela luz de uma estrela de outra galáxia,
Inalcançável,
mas que cintila nos meus próprios olhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário