BRASÍLIA, 16 DE SETEMBRO
DE 2013 - Tenho notado algumas pessoas desejando uma ditadura militar para
fazer frente ao atual momento no Brasil, em que já não se distingue político de
ladrão, narcotraficante ou mafioso, e em que corremos o risco de ver o Estado
brasileiro desmoralizado, nesta quarta-feira, com o voto de Celso de Mello em
favor de uma das quadrilhas mais ousadas que já se flagrou neztepaiz.
Mesmo assim, a situação permanece em uma ditadura nas sombras
e Lula ainda não conseguiu dar o bote certo; vem tentando, por meio do
aparelhamento do Estado, paternalismo e corrupção generalizada, mas o Brasil
não é Cuba, nem, muito menos, Venezuela, ou Bolívia, ou as ditaduras purulentas
da mamãe África. Isso significa dizer que ainda podemos reagir. Quando o povo
quer, nem bombardeio pesado o segura.
Com ditadura militar, ou qualquer outra ditadura, que são
todas a mesma coisa, não podemos pensar em voz alta, nem protestar pela
internet, muito menos nas ruas, porque, então, as balas são de chumbo quente. Durante
a Ditadura dos Generais (1954-1985), trabalhei como repórter policial do jornal
A Notícia, em Manaus, por volta de
1976.
Todos os dias, da tarde para a noite, um casal (de fato e de
direito) de policiais federais ia para a redação e lia tudo. Cheguei a ser
chamado ao Comando Militar da Amazônia para dar explicação sobre uma nota que
escrevera afirmando que os waimiris-atroaris estavam atacando na BR-364. No
Casarão, a velha central de polícia, a tortura comia solta, inclusive contra jovens
estudantes, bastando para isso que houvesse uma acusação, por mais absurda que
fosse.
No Brasil, estamos num momento efervescente da democracia,
numa luta da banda boa contra a banda podre, dos cidadãos contra os corruptos.
O negócio é fortalecer as instituições. Uma hora dessas pegaremos de jeito o
Chefão. E depois há uma coisa certa: pela sua incompetência, o PT está caindo
de podre, e levará para o fundo pútrido do pantanal, quando o casco da sua embarcação
fender, todos os ratos que participam da bacanal.
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