Por que
escreves? – pergunta-me o jornalista
– Para viver
– respondo
Pois só com
as palavras desnudo a luz
E voo até o fim
do mundo
Por isso, escrevo
granadas intensas como buracos negros
E garimpo o
verbo como o primeiro beijo
Escrevo
porque escrever traz aos meus sentidos
Cheiro de
maresia
Dom
Pérignon, safra de 1954
O labirinto
do púbis no abismo do acme
Mulher nua
como rosa vermelha desabrochando
Brasília, 5
de junho de 2014
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