Jornalista Walmir Botelho D'Oliveira e filhos |
BRASÍLIA, 5 DE JULHO
DE 2015 – Recebemos na confraria um jornalista brilhante: Walmir Botelho D’Oliveira,
irmão querido, e mestre. Gabriel García Márquez está batendo altos papos com
ele. Walmir foi para o mundo espiritual, ontem, aos 67 anos. Ele foi meu grande
mestre no jornalismo, orientou-me na literatura, leitor voraz que era, e deu-me
água em momentos de desesperança. Protegeu-me, estendeu-me as mãos nos meus
voos cegos na caminhada. Conheci-o em Macapá, minha cidade natal; eu tinha 17
anos e ele já era um gênio, e se casou com uma ninfeta linda, minha amiga para
sempre, Deury Farias. Depois, em Belém, trabalhei junto com ele e Octávio
Ribeiro, o Pena Branca, em O Estado do
Pará, e depois, em Brasília, no Correio do Brasil e no BSB
Brasil, do Oliveira Bastos; e de volta a Belém, em O Liberal, em 1996/1997. Seu texto era impecável, e será sempre um
farol nas minhas incursões jornalísticas. Cansamos de beber a noite toda, até o
sol surgir, e de bater papo durante horas. Falávamos sobre literatura, mulheres,
bebida, jornalismo, sobre tudo, e não cansávamos de voltar a conversar sobre
todas essas coisas. Walmir amava a intensidade, a luz, o azul, não tinha apego
a nada, nem ambicionava nada. Belém perdeu um pouco da sua graça sem Walmir. Em
compensação, o Quartinho da Casa Amarela, que é na verdade o portal da
confraria, está em ebulição, numa festa que não acaba nunca.
Lamento muito a morte do Valmir. Também trabalhei com ele no CB e no BsB Brasil. Realmente, um craque. Ser humano incrível e jornalista completo. Há muitos anos não o via. A última vez que nos encontramos foi em Belém, em 1992. Que Deus o tenha.
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