Sinto, agora,
mais intenso ainda, perfume de jasmineiros
Chorando nas
tórridas madrugadas de Macapá
Chanel 5, o
mar, azul sangrando.
A eternidade
se aproxima
Vertiginosa
como a Terra girando
Profunda
como o mistério de mulher nua
Como galgar
o Pico da Neblina
Morar no
Hilton Internacional Belém
Viver em Copacabana.
Agora
compreendo, claramente,
Só há éter, energia,
vibração, sintonia,
Nem matéria,
nem tempo, existe
A vida é abismo
interminável, e ascendente,
É como cair
para cima
Cheiro de
púbis de virgem ruiva, sabor de gozo,
Como se eu
engravidasse de rosas vermelhas.
É
permanente, agora, a sensação de autografar livros
De bater
papo com Fernando Canto
Sobre telas
de Olivar Cunha
Flutuando
numa garrafa de Dom Pérignon, safra de 1954,
Neste 7 de
agosto, como em todos os anos
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