RAY CUNHA
O equilíbrio está sempre à beira do abismo
Do fio da navalha
Da perda
Do berro
Do nada
É o cataclismo do primeiro beijo
Das rosas nuas o vermelho
Dos jasmineiros o acme
Do poema o abismo
Do mar, a loucura
A danação das tempestades
O voo alucinante dos astros
A velocidade da luz
Os delírios mais divinos de Beethoven
É a noite, quando assassinos me perseguem
Derroto-os e durmo com a princesa.
Equilibrar-se é estar sempre a um passo da harmonia
E do desespero
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