RAY CUNHA
Sou empreendedor. Empreendo por meio do verbo
Crio o azul, o mar, a eternidade, e os ponho em equilíbrio
Construo maravilhas, como a dimensão em que, apesar da queda
E do abismo, o cair é para cima
Sou escritor, dou à luz personagens e sei construir versos
E assim, como Deus, empreendo o Yang e o Yin
Ao criar, nos mundos em construção, os alicerces
Faço explodir, de um buraco negro, um Big Bang infinito
Mas minha maior criação, meu voo mais alto, não surgiu por
meio do verbo
É fruto da conjunção de um amor que nunca teve começo nem
terá fim
Quando a mulher amada e eu demos início ao nosso
empreendimento
Foi assim, nos sentindo um só, que surgiu uma nova era
O nascimento da mais perfumada das flores, com o doce nome
de Iasmim
E, desde então, o mundo se tornou a sagração da primavera
Brasília, 22 de fevereiro de 2018
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