sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Romance de Ray Cunha retrata o Golpe Militar de 1964, em Macapá/AP, Amazônia Caribenha

Capa da edição da Amazom.com
Lançado em 2004, pela Editora Cejup, de Belém/PA, as tiragens que a editora colocou no mercado estão esgotadas. Agora, A CASA AMARELA volta a ser publicado, agora pela Amazon.com e pelo Clube de Autores.

A história – que tem início com o golpe militar de 31 de março de 1964, início da Ditadura dos Generais, que durou até 1985 – é ambientada na Macapá dos anos 1960. A Fortaleza de São José de Macapá, o maior ícone dos amapaenses, é palco da tragédia que fornece o argumento do romance: a tortura e morte do presidente do Grêmio Literário Rui Barbosa, acusado de ser comunista.

Os Picanço Cardoso vivem na Casa Amarela, em torno da qual há um jardim prenhe de rosas e zínias, e onde predominam uma seringueira, uma mangueira e um cajueiro, cercados pelo muro do Colégio Amapaense. A casa e as árvores têm sentimentos humanos e o Quartinho é frequentado também por mortos, como Ernest Hemingway, ou Antoine de Saint-Exupéry.
Os bailes reunindo a juventude dourada macapaense, no clube conhecido como Piscina Territorial, a bela esposa infiel de um milionário, lutas de boxe, o aterrorizante Velho Rocha, o apolínio Alexandre Cardoso e o trágico Alexandre filho, o prostíbulo Suerda, o campeão onanista Pentelho de Vaca, o Colégio Amapaense, são personagens que compõe uma espécie de concerto com três movimentos, no qual se destaca A Casa Amarela.

Ao fundo, a cidade ribeirinha, seccionada pela Linha Imaginária do Equador, afoga-se na margem esquerda do estuário do rio Amazonas, quando o gigante se avoluma para lançar no Atlântico 180 mil metros cúbicos de água por segundo, 16% da água doce despejada nos oceanos do mundo; em maio, sobe para 260 mil metros cúbicos por segundo, e, em novembro, cai para 100 mil metros cúbicos por segundo.

“Para quem acredita na máxima de que os livros nos fazem viajar, nada como aproveitar a literatura para conhecer o país. O UOL selecionou 27 livros que mostram características locais dos diferentes Estados brasileiros e do Distrito Federal” – recomenda o site UOL, citando A CASA AMARELA como o livro de ficção que melhor retrata o Amapá.

RAY CUNHA nasceu em Macapá, em 7 de agosto de 1954. Aos 17 anos, publica seu primeiro livro, XARDA MISTURADA, juntamente com os poetas José Edson dos Santos e José Montoril. Aos 21 anos, começa a carreira de jornalista, em Manaus. A partir daí, trabalha em vários jornais da Amazônia, viajando amplamente pela região. Atualmente, o autor vive em Brasília, onde, além do ofício de escritor, continua trabalhando como jornalista e também como terapeuta em Medicina Tradicional Chinesa, formado pela Escola Nacional de Acupuntura (ENAc).

RAY CUNHA é também autor dos romances:


E dos livros de contos:


Nenhum comentário:

Postar um comentário