RAY CUNHA
raycunha@gmail.com
Desde criança, H descobriu que amava música, tinha voz belíssima
e aprendeu a tocar violão sozinho. Filho de um advogado riquíssimo e de uma
dona de casa, viveu feliz até os 18 anos, quando seu pai lhe disse que era hora
de quebrar o violão e seguir a carreira que na família passava de pai para
filho: a advocacia. H argumentou que queria se tornar músico profissional, que
só precisava de mais um tempo até firmar-se como artista e poder pagar suas próprias
contas. Ele mesmo, seu pai, não comprara um quadro de Di Cavalcanti por um milhão
de reais? Então, Di fora um vagabundo? Mas seu pai não quis saber de nenhum
argumento, exigiu-lhe que largasse o violão e fizesse o curso de Direito;
depois disso até poderia rever o caso. Filho criado debaixo da saia da mãe e de
pais controladores, H guardou o violão e começou a fazer o curso de Direito, ao
fim do qual se matou.

A melhor maneira de desenvolvermos a intuição é por meio da
meditação. Meditar é procurar ficar sozinho, acalmar-se, serenar a mente, até
conseguir equilíbrio suficiente para começar a disciplinar o cipoal de
pensamentos que nos acorre a todo instante, principalmente nos ansiosos, e
atingir um estado de foco, de mergulho no agora. A oração é a melhor meditação
que eu conheço, pois além do equilíbrio, nos põe em contato com o divino, com a
intuição. Assim, quanto mais intuição nós desenvolvemos mais eternidade sentimos
agora.


Podemos chamar a intuição que Hemingway sentiu de
oportunidade, que é aquele momento em que, se quisermos mudar nosso destino,
precisamos segurar a oportunidade com unhas e dentes, sem importar-se que o
futuro acene com a fome. Determinada a trilha a seguir, agora é oxigenar o
talento, livrá-lo das garras que poderão sufoca-lo e desenvolvê-lo. Acontece
muito de pais controladores sufocarem os filhos, determinando como eles devem
viver e que curso fazer, pois desconhecem que ninguém, nunca, jamais, pode
viver a vida alheia. Somente cada um de nós é que pode viver a própria vida, as
próprias circunstâncias. O máximo que os pais podem fazer pelos filhos é amá-los;
não devem, nunca, escravizá-los. Às vezes, os pais imaginam que controlando
todos os passos dos filhos poderão evitar a tragédia; só que não. Cada qual
constrói sua própria vida. Esse é o Tao, o Caminho, a evolução.

Há as pessoas que estão em um estado de consciência ainda longe
de alcançar a intuição, o que é normal na escala evolutiva, porém as que já
conseguem ouvir a voz interior, sigam-na, pois a intuição vem sempre da Grande Harmonia.
E é assim que o talento se revela, por meio da intuição. E se o veio do talento
estiver numa região de acesso aparentemente impossível, não se intimide, siga
adiante, pelo simples fato de que aquela trilha é a única que o levará ao
degrau seguinte na espiral do Caminho.

A intuição é a voz de Deus, ou do Universo, ou do amor, e o
talento é a capacidade que cada um de nós possui para realizar determinadas
tarefas, como Van Gogh deteve a luz nas suas pinceladas e Mozart escreveu as
partituras do som da Terra girando na galáxia. E quando o talento é realmente
utilizado, há curas, o azul sangra de tão azul, o riso das crianças sobrepõe-se
à música de Mozart, as rosas se desnudam e a luz triunfa.
Biliografia
DUKAN,
Pierre. A escada Nutricional: Uma alternativa ao método Dukan clássico. Rio de
Janeiro: BestSeller, 2015.
GERBER,
Richard. Medicina vibracional: Uma medicina para o futuro. São Paulo: Cultrix,
2007.
KARDEC,
Allan. O livro dos espíritos – 23ª Edição. São Paulo: Instituto de Difusão
Espírita, 1984.
MACIOCIA,
Giovanni. Os fundamentos da Medicina Chinesa. São Paulo: Roca, 2007.
MIYAURA,
Junji. Os 5 corpos do ser humano. São Paulo: Seicho-No-Ie do Brasil, 2016.
PINHEIRO,
Robson: pelo espírito de Joseph Gleber. Medicina da alma – 2ª Edição. São
Paulo: Casa dos Espíritos, 2007.
TANIGUCHI,
Masaharu. A verdade da vida – 1º Volume. 8ª Edição. São Paulo: Seicho-No-Ie do
Brasil, 1992.
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