BRASÍLIA, 1 DE OUTUBRO DE 2019 – O que significa data-limite, mencionada por
Chico Xavier? Quem são os ETs? O que querem na Terra? De ondem vêm? São seres
materiais? Como fazem viagens intergalácticas? Por que os ETs se interessam
tanto pela Amazônia? O que foi a Operação Prato? A Amazônia é mesmo do Brasil?
Afinal, o que é a Amazônia? As respostas a essas perguntas estão em JAMBU (Clube de Autores, Brasília/DF, 190 páginas, 2019), novo
romance de Ray Cunha, que se passa durante o Festival de Gastronomia do Pará
e Amapá, no Hotel Caranã, em Macapá, a cidade mais emblemática da Hileia.
Enquanto o Festival Gastronômico do Pará e Amapá revela ao
mundo a cozinha mais saborosa do planeta, o oceanógrafo, arqueólogo,
taxidermista e jornalista João do Bailique, editor da revista Trópico Úmido, e sua esposa, a chefe de
cozinha e oceanógrafa Danielle Silvestre Castro, dona do Hotel Caranã, estão à
caça do traficante de crianças e de grude de gurijuba Jules Adolphe Lunier. Neste
romance, a Bacia Amazônia se espraia em vários planos, um dos quais o
espiritual.
Personagens vivas, como o filósofo japonês Masaharu
Taniguchi; o escritor, astrofísico e médium Laércio Fonseca; o escritor,
psicanalista e acupunturista Jorge Bessa; o pintor Olivar Cunha, se misturam a
personagens de ficção nas ruas da cidade mais emblemática da Amazônia. Assim, a
Fortaleza de São José de Macapá, maior ícone dos macapaenses, é a tradução
perfeita da cidade que se debruça sobre o maior rio do mundo, o Amazonas, na
confluência da Linha Imaginária do Equador.
Construída por escravos, negros e índios, sob o obsessivo domínio
português, para resistir à marinha inglesa, embora só tenha sido atacada por
malária, a Fortaleza de São José de Macapá foi o cadinho no qual se forjou a
etnia macapaense. Os portugueses cruzaram com os africanos e geraram mulatos, e
fornicaram com os índios, formando uma população de mamelucos; os africanos
misturaram-se com os índios e legaram cafuzos; e mulatos, cafuzos e mamelucos
misturaram-se, fechando o círculo, numa diversidade étnica viva nas ruas de
Macapá, nas nuances de peles que vão do alabastro ao ébano, passando pelo
bronze e jambo maduro, unidos pelo sotaque caboco: a fusão do português falado
em Lisboa, doces palavras tupis, línguas africanas, patoá das Guianas, tudo
triturado em corruptela.
RAYCUNHA nasceu em Macapá e trabalhou por mais de uma década como
repórter na Amazônia, baseado em Belém, Manaus, Santarém e Rio Branco. Em
Brasília, onde mora desde 1987, embora trabalhando na imprensa local, continuou
escrevendo sobre a Amazônia.
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