Olivar Cunha e Santa Rita de Cássia, em Conduru, Cachoeiro de Itapemirim/ES |
RAY CUNHA
BRASÍLIA, 24 DE DEZEMBRO DE 2020 – Logo no início do ano, estive na praia, na Baixada Santista, com minha filha, Iasmim, e seu marido, Eduardo Akio, mais um casal de amigos deles, durante três dias. Em março, fui à Vitória fazer um curso de analgesia em acupuntura e passar alguns dias com meu irmão, Olivar Cunha. Rodamos todo o litoral do Espírito Santo e paramos em Cachoeiro de Itapemirim, cidade natal de Roberto Carlos e Rubem Braga, e onde Lili, como o chamamos na intimidade, e que é pintor, mantém também casa e ateliê no distrito de Conduru.
Todo ano, em maio,
acontece em Conduru a festa em homenagem à Santa Rita de Cássia. Lili, que é
também restaurador, já recuperou várias imagens em cidades do Espírito Santo,
inclusive a de Santa Rita de Cássia, bem como a pintou. No próximo ano, ele surpreenderá seus amigos de Cachoeiro com uma tela que vai maravilhar a todos,
principalmente um cara muito conhecido.
Lili tem duas gatas
lindas, gatas mesmo. Quando estive lá, uma delas, a Lindinha, a quem chamava
simplesmente de Linda, dormia comigo. A outra, Juli, a quem eu chamava de
Julieta, continuou dormindo com o Lili. Ele achou que Linda o abandonara, mas
quando retornei a Brasília, Linda voltou a dormir na cama dele.
No fim de março, o vírus
chinês já estava tocando o terror, de modo que retornei no início de abril a Brasília
e à minha rotina, levantando-me às 4 horas para escrever. A pandemia acabou me
inspirando uma história que vai abrir meu próximo livro de contos. E também
comecei novo romance. Fora isso, tenho lido bastante e ouvido muita música.
Desde o ano passado venho
aguardando o filme Sem Tempo para Morrer, dirigido por Cary Joji
Fukunaga. Trata-se de uma sequência de Spectre, dirigido por Sam Mendes,
vigésimo quinto filme e penúltimo da franquia 007.
Em Sem Tempo para Morrer, Daniel Craig encarna James Bond pela quinta e última vez. Para mim,
Craig é o melhor 007 de toda a franquia. E teremos novamente Léa Seydoux, uma
francesa lindíssima como Jessica Rabbit. O filme seria exibido nos cinemas este
ano, mas devido ao vírus chinês ficou para o próximo.
Outro filme que estou
aguardando é o quarto da franquia John Wick, com Keanu Reeves, que faz papel de
um assassino eficientíssimo, que tenta se aposentar mas não consegue, pois
dificilmente se sai de férias sem nenhum efeito colateral em uma profissão
dessas. É o máximo do filme de ação. Mas esse parece que só em 2022.
Agora em dezembro, fui,
com minha gata, Josiane, a um cinema de arte aqui de Brasília, ver a versão que
Francis Ford Coppola queria e o estúdio não deixou para o terceiro O
Poderoso Chefão. Extraordinário.
O Sudoeste, bairro de
Brasília onde moro, fica ao lado do Parque da Cidade, um dos mais esplêndidos
do mundo, e onde caminho quase todos os dias. Às vezes, entediado, pois mesmo
as coisas mais esplêndidas do mundo podem nos parecer mesmice, dependendo das
nossas circunstâncias, mudo de paisagem, e vou caminhar em outros pontos da
cidade. À noite, o Sudoeste já recuperou mais de 50 por cento do seu movimento;
é o mais movimentado da cidade, cheio de cafés, restaurantes, padarias e lojas,
e conta até com um shopping, o Terraço. Além disso, fica pertinho de tudo.
O trabalho voluntário que
realizo, juntamente com uma equipe maravilhosa, no Centro Espírita André Luiz,
está suspenso. Aliás, não apareço por lá desde que sofri um infarto, em novembro
do ano passado. Mas, agora, no fim de outubro ou início de novembro, voltei a
realizar o mesmo trabalho, como terapeuta em Medicina Tradicional Chinesa, no
Centro Comunitário da Candangolândia, atividade que foi suspensa sábado passado,
para as festas de fim de ano, com retorno marcado para janeiro.
Este ano, também, comecei
a escrever regularmente para um dos portais mais lidos de Belém, o Ver-O-Fato,
dirigido por um dos jornalistas mais competentes do Pará, Carlos Mendes, e
participei de uma antologia de contos, Literatura Amapaense – Contos Escolhidos,
organizada por Mauro Guilherme.
Assim que surgir uma
vacina eficaz para o vírus chinês e voltarmos a sair de casa sem máscara, quero
visitar meus irmãos, em Macapá, Belém e Vitória. Aliás, para 2021, já pensei
numa infinidade de coisas. Uma delas é publicar fisicamente meu último romance,
JAMBU. Outra, voltar a frequentar cinema e livrarias, as poucas que restam em
Brasília, e fazer um curso de analgesia em acupuntura, quem sabe no Rio. Preciso
ir ao Rio.
Em janeiro, tomarei posse
na diretoria da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo, seção do Distrito
Federal (Abrajet/DF), que será presidida pelo jornalista Luiz Solano. Já temos
uma pauta que exigirá toda a nossa atenção: a legalização do jogo de azar, incluindo
os cassinos.
Estudos do Instituto
Brasileiro Jogo Legal/BNLData indicam que o jogo clandestino no Brasil
movimente atualmente cerca de 5 bilhões de dólares, incluindo o jogo do bicho,
bingos, caça-níqueis, vídeo-jogos, apostas esportivas e jogos online, mas tem
potencial de arrecadar 15 bilhões de dólares por ano, deixando para o erário
4,2 bilhões de dólares, além de 1,7 bilhão de dólares em outorgas, licenças e
autorizações, isso, sem somar investimentos e geração de empregos na
implementação das casas de apostas. Além disso, seriam gerados mais de 658 mil
empregos diretos e mais de 619 mil empregos indiretos.
É um equívoco e uma
estupidez o Brasil continuar com o jogo de azar na clandestinidade. Todo o
Primeiro Mundo tem jogo de azar funcionando e arrecadando impostos. No senso
comum, acredita-se que o jogo financia o crime. É o crime que está enriquecendo
mais ainda com o jogo. Está tudo pronto para votarem no Senado a legalização do
jogo logo no início de 2021.
Neste 2020, pesquisei
muito sobre Medicina Vibracional, e já venho utilizando, em todos os meus
pacientes, conhecimentos que obtive nesse mergulho, despertando, cada vez mais,
o terceiro olho. Também li e ouvi muito o médium e astrofísico Laércio Fonseca,
sobre a vida após a morte.
Ontem, enquanto caminhávamos no Parque da Cidade e conversávamos, minha esposa, Josiane, que é preletora da Seicho-No-Ie e psicóloga, esclareceu algo que eu ainda não entendera completamente: que a matéria não existe. Sim, porque a matéria, tal como a conhecemos aqui no plano físico, só existe na mente. Quando morremos e passamos para o plano astral, o estado da matéria muda, e percebemos que o mundo físico é uma ilusão, não tem existência verdadeira; se tivesse, também no plano astral seria a mesma matéria, e não é.
Assim, tanto faz ser 2020 quanto 2021, o Tao, o caminho, é sempre agora, e o caminho pode ser florido, e nele ouvirmos risos de crianças.
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