sexta-feira, 13 de maio de 2022

Adeus, amigos!

Ray Cunha e O CLUBE DOS ONIPOTENTES: a ditadura da
toga e a tentativa de assassinarem Jair Messias Bolsonaro

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 13 DE MAIO DE 2022 – Amigos são as criaturas que amamos e que nos amam. Geralmente, os grandes amigos são nossos pais. Lembro-me de quando eu era criança, nos momentos de dor, doença ou tristeza nada era mais redentor do que a presença da minha mãe ou do meu pai. Nossos irmãos também são grandes amigos. Todos os meus irmãos são muito importantes para mim, vivos e mortos. E nossos companheiros e filhos são anjos que nos acompanham. 

Daí que quando um amigo deixa de nos amar e se ausenta é como se arrancassem um pedaço da gente. Tive um amigo com quem eu batia papo durante horas e nunca esgotávamos nossa conversa. Um dia, escrevi que Lula fora enjaulado e meu amigo rompeu comigo formalmente, por e-mail. Senti sua falta, mas minha vida é intensa demais; não produz espaço para vazios. 

Sou muito rico, pois tenho amigos que nunca me deixam, principalmente no plano espiritual. Aqui na Terra, conto com grandes amigos, especialmente meus irmãos. E há os velhos amigos, como o escritor Fernando Canto. Não sei, e nem me interessa saber, a ideologia do Fernando Canto; o que é bom na nossa velha amizade são os papos, não de horas, mas de dias, que eu mantenho com ele, regados a muita comida e bebida. Ele é uma das pessoas mais cultas de Macapá e isso é muito, muito bacana. 

Também tenho amigos como Ernest Hemingway, Gabriel García Márquez, Luiz Alfredo Garcia-Roza, Antoine de Saint-Exupéry, Machado de Assis, e tantos outros, com quem me reúno no plano astral. Há, ainda, na minha estante, tantos amigos, como Stieg Larsson, Mario Vargas Llosa, são muitos. E há as personagens que eu criei, que são vivas, e com quem converso de vez em quando. 

Tenho as madrugas e rosas ofertadas pelo poeta Isnard Brandão Lima Filho, manhãs azuis como poemas da Alcinéa Maria Cavalcante, o fluir da tarde, que corre como um rio para a noite prenhe do perfume dos jasmineiros chorando. Tenho Mozart, Beethoven, Pérez Prado, Nino Rota. E o Sudoeste, meu bairro.

Os amigos que se afastam de mim fazem muito bem, pois, assim, não se violentarão nem me magoarão, pois a liberdade é sempre o melhor caminho.

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