Ray Cunha e a capa de O CLUBE em edição do clubedeautores.com.br |
“Fidel Castro não demoraria a descobrir: acobertado pela celebridade internacional do seu nome, como o revolucionário que desafiou os Estados Unidos, fez um pacto com traficantes de cocaína da Colômbia para que Cuba se tornasse o principal entreposto comercial da droga rumo aos Estados Unidos. Mas foi desmascarado pela Drug Enforcement Administration (DEA, órgão do Departamento de Justiça dos Estados Unidos responsável pelo controle e combate das drogas); vários cubanos detidos confessaram como o esquema operava.
“As investigações da DEA conduziram ao Cartel de Medellín e ao governo cubano. John Jairo Velásquez, o Popeye, homem de confiança tanto de Fidel como de Pablo Escobar no Cartel de Medellín, fez um relato minucioso sobre o envolvimento dos irmãos Castro com a droga de Pablo Escobar à jornalista Astrid Legarda, que escreveu o livro El Verdadero Pablo. Popeye assegura que Raúl Castro, irmão do ditador de Cuba e que o sucederia na chefia da ditadura cubana, era quem recebia os carregamentos de drogas, pois era então o comandante das Forças Armadas. Eram embarcados de 10 a 15 toneladas de droga em cada operação.
“O historiador britânico Richard Gott, em seu livro Cuba – Uma Nova História, confirma a razão que levou Fidel e Raúl Castro a se envolveram no tráfico de cocaína com Pablo Escobar e o Cartel de Medellín. Segundo ele, Cuba estava em crise por causa do afastamento da União Soviética.
“Assim, para se livrarem da prisão nos Estados Unidos, os irmãos Castro acusaram o general Arnaldo Ochoa – herói da revolução cubana e um dos militares mais condecorados da história do país, além de ser um dos grandes líderes militares de Cuba, e que temiam ameaçar o controle total dos cubanos – de ser o comandante das operações de narcotráfico com Pablo Escobar e condenado por “alta traição à pátria e à revolução”.
“Desse modo, os irmãos Castro matavam dois coelhos com uma só cajadada: livravam Cuba de uma invasão americana e a prisão da dupla, e afastavam o general da sucessão de Fidel. Ochoa foi preso, em 1989, dois meses depois da visita de Gorbachev, sob a acusação de comandar as operações de tráfico de drogas do Cartel de Medellín, e foi fuzilado.
“Mario Riva, ex-tenente-coronel do Exército cubano e que hoje vive em Portugal, afirma que Arnaldo Ochoa foi usado como bode expiatório, que Fidel aproveitou para se livrar dele devido às críticas que vinha fazendo ao regime. Arcou com o narcotráfico autorizado pelo regime possivelmente para salvar a vida de seus familiares.
“Riva disse ao jornal Diário de Notícias, de Portugal, em sua edição de 13 de julho de 2009, que Tony La Guardia, também executado, estava envolvido no tráfico. Tony: “Eu tinha conhecimento dos aviões que aterravam em Cuba vindos da América Central, mas Ochoa não”.
“No livro El Magnífico — 20 Ans au Service Secret de Castro, Juan Vivés, ex-agente do serviço secreto cubano, afirma que Raúl Castro era o chefe do acordo com Pablo Escobar. Vivés revelou ainda que Raúl mantinha relações com narcotraficantes das Farc e que os sandinistas da Nicarágua também estavam envolvidos com o tráfico, por meio do capitão cubano Jorge Martínez, subalterno de Ochoa e contato entre Raúl Castro, o ex-presidente nicaraguense Daniel Ortega e Pablo Escobar.
“Fidel Castro, “um homem dominado pela febre do poder absoluto e pelo desprezo ao povo cubano”, segundo o cubano Juan Reinaldo Sánchez, guarda-costas de Fidel por 17 anos, precisava pensar em novo meio de manter sua boa vida. E que tal sua própria União Soviética? A solução: o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, também ególatra, narcisista e ávido por poder e fama, e que, se bem trabalhado, tinha potencial para se tornar presidente do Brasil, o celeiro do mundo e maior país da Ibero-América, um continente que poderia se tornar a União Soviética tropical, um grande puteiro das esquerdas.
“Era só criarem um organismo que, a exemplo do Comintern de Lênin, serviria para apoiar movimentos comunistas em todo o continente, para o que só precisariam criar uma base de apoio confiável e com gente confiável: o Brasil de Lula. E assim foi criado o ninho da serpente: o Foro de São Paulo.
“Disse Winston Churchill: “A diferença entre um estadista e um demagogo é que este decide pensando nas próximas eleições, enquanto aquele decide pensando nas próximas gerações”. O companheiro brasileiro de Fidel Castro, Lula, e seus principais assessores do PT, principalmente seu arquiteto político, José Dirceu de Oliveira e Silva, nem pensavam nas próximas eleições, muito menos nas próximas gerações, mas, sim, na perpetuação no poder.
“Quando Lula foi empossado presidente da República, em 2003, o chefe da Casa Civil, José Dirceu, deixou escapar que eles tinham um projeto de poder que iria ser desenvolvido por no mínimo 30 anos, quando o Brasil já seria, então, uma potência comunista. Fidel não perdeu tempo e começou a financiar a besta cefalópode de 13 tentáculos e nove ventosas, um molusco, lula ou calamar, venenoso. Mestre do mimetismo, muda de cor camuflando-se e fazendo-se passar por cordeiro. Sua missão: servir para a instalação do comunismo na Pátria do Cristo.
“A missão de Grigori Yefimovich Raspútin – o lobo que se escondia na pele de cordeiro –, lançar as bases para a instalação do comunismo, foi um sucesso. Raspútin incorporaria no Brasil encostando em uma criatura sem caráter.”
O trecho acima, extraído do livro O CLUBE DOS ONIPOTENTES, aborda os antecedentes da criação, em 1990, do famigerado Foro de São Paulo, organização planejada por Fidel Castro, Lula, Fernando Henrique Cardoso, José Dirceu e a então cúpula do PT, com a missão de criar uma espécie de união das repúblicas socialistas da Ibero-América, reunindo comunistas financiados por narcotraficantes.
O CLUBE DOS ONIPOTENTES é do gênero de Agosto, de Rubem Fonseca, e A Festa do Bode, de Mario Vargas Llosa, em que os autores misturam ficção com história real, personagens de ficção com pessoas reais, vivas e mortas. Ray Cunha ambienta O CLUBE na história política recente do país, tendo como gancho a permanente tentativa de destruírem o presidente Jair Messias Bolsonaro e trazer de volta o maior ladrão do planeta: a besta de nove cabeças supremas e nove tentáculos.
Ray
Cunha é jornalista e ficcionista, natural de Macapá, Amapá, estado que se
tornou rota de narcotraficantes do Caribe e Américas Central e do Sul. Com
passagem nos maiores jornais da Amazônia, Ray Cunha é autor de vários artigos
sobre o Trópico Úmido, além de romances e contos ambientados no Inferno Verde. É
autor dos romances: JAMBU, HIENA, FOGO NO CORAÇÃO, A CONFRARIA CABANAGEM e ACASA AMARELA.
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