RAY CUNHA
BRASÍLIA, 18 DE MAIO DE 2023 – Pesquisa do Instituto Brasmarket para a Prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de 2024, realizada nos dias 17, 18 e 19 de abril, com 1.100 eleitores, dá o atual prefeito, Eduardo Paes (PSD), como favorito, com 25,4% das intenções de voto, seguido pelo senador Flávio Bolsonaro (PL), com 16,9%. Os demais concorrentes, todos deputados federais, ficam longe disso: Tarcisio Mota (PSOL), 6,2%; Otoni de Paula (MDB), 4,6%; e Doutor Luizinho (PP), 2,1%. O Rio é a resplandecente vitrine do país.
Mas 25,6% dos entrevistados não sabem ainda em quem votarão e 19,3% anularão o voto. Esses votos tanto poderão ir para Paes quanto para Flávio Bolsonaro, que empata com Eduardo Paes quando apresentado com apoio do seu pai, Jair Bolsonaro (PL). Paes, quando apresentado com apoio do presidente Lula (PT), cai para o segundo lugar.
Na pesquisa espontânea, 61,6% não sabem em quem votar e os votos brancos ou nulos são 12,3%, mas Eduardo Paes é o mais lembrado, com 12,3%, e Flávio Bolsonaro (PL) cai para 5%.
Entre os dias 23 e 26 de fevereiro, o Instituto Paraná ouviu 1.012 pessoas para saber se estavam satisfeitas ou insatisfeitas com Eduardo Paes, que foi aprovado por 55,8% dos eleitores e desaprovado por 38,1%; 6,1% não souberam avaliar.
Seja lá quem for, o próximo prefeito do Rio terá que convencer o eleitor de que resolverá alguns problemas básicos, que fazem o carioca sofrer. O primeiro deles é a violência e impunidade, problema que perpassa todo o país, mas que o prefeito, se tiver vontade e miolo, poderá amenizar, e muito, criando um departamento de inteligência bem pago e com tecnologia de ponta, trabalhando estreitamente com as forças do Estado e federais. Para isso, não pode ter rabo preso.
Outro nó que precisa começar a ser desatado é o do transporte público. É hora da construção do túnel ligando o Rio a Niterói por debaixo da Baía de Guanabara, a Linha 3 do Metrô. Falar da baía, ela precisa, com urgência urgentíssima, passar por um processo de despoluição total. O terceiro problema básico é o do fornecimento de água tratada. O Rio precisa resolver isso, agora.
Paralelamente ao que precisa ser feito com urgência, caso o jogo de azar ainda não tenha sido legalizado, o futuro prefeito precisa influenciar sua legalização, pois os impostos que virão dos cassinos poderão financiar Segurança, Transportes e Água.
É claro que os rumos políticos que o país atravessa, uma democracia manca, com ameaça inclusive de guerra civil, é que influenciarão, e muito, o que agora indica se Paes continuará como prefeito ou se Flávio Bolsonaro assumirá. Mas se a democracia prevalecer, Paes já teve sua oportunidade de mostrar do que é capaz, e não passará disso, enquanto Flávio Bolsonaro é uma aposta nova. Se for eleito prefeito e for da cepa do pai, o Rio passará por um renascimento.
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