A trupe estava sorridente com a chegada do desenvolvimento no
Marajó, acossada por tráfico de crianças para escravidão sexual
RAY CUNHA
BRASÍLIA, 15 DE MARÇO DE 2024 – A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, foram a Curralinho, no Marajó, segunda-feira 11, após denúncias de escravidão sexual de crianças na ilha voltarem, insistentes, à internet. Os ministros levaram com a promessa de Lula de garantir desenvolvimento aos ilhéus.
Não se sabe quando nem com que dinheiro, pois Lula já raspou a burra para presentear os congressistas com bilhões em emendas parlamentares e o país enfrenta déficit fiscal.
Os marajoaras estão entregues à própria sorte há muito tempo e as crianças são abusadas o tempo todo. Basta Marina entrar em contato com pesquisadores da Universidade Federal do Pará, ou procurar o bispo emérito do Marajó, Dom José Luiz Azcona. Ou passar alguns dias andando por lá e acompanhando o vai-vem das crianças nas embarcações que passam por ali. Vai ver coisas de arrepiar os cabelos.
O nome dos programas são uma beleza: Cidadania Marajó, Sanear Amazônia e Assistência Técnica e Extensão Rural do Programa Bolsa Verde. Agora, a população local, especialmente crianças e adolescentes, não será mais explorada e terá água tratada e esgoto. Seis mil famílias serão beneficiadas no arquipélago, segundo os arautos de Lula.
“Política se faz junto com o povo. O Programa Cidadania Marajó é pensado com participação social. Nada aqui será feito sem o apoio e a participação de vocês, sem que vocês digam o que está e o que não está funcionando. Os marajoaras precisam de cidadania. É por isso que o programa se chama Cidadania Marajó. Para dar cidadania, para dar acesso à política pública, para fazer com que as pessoas do Marajó sejam parte do Brasil que a gente quer fazer” – garantiu Silvio Almeida, em nome de Lula.
Helder Barbalho, governador do Pará, foi junto com os expedicionários federais. Ele garantiu que a região do Marajó tem sido vítima de fake news relacionadas à exploração sexual infantil. “Hoje, temos a oportunidade de assinar um acordo que está dialogando diretamente com a qualidade de vida” – cantou, e todos dançaram carimbó.
Na Amazônia, ribeirinhos, quilombolas, índios, cabocos, vivem igual a
língua quando se come jambu, ou igual peixe sob o efeito de timbó: dormente. Os
políticos, atuais colonizadores, fazem deles o que quiserem. O calor, os
insetos, as mentiras, o tráfico, a escravidão, o estupro e a morte estão sempre
rondando, como hienas. O negócio é tomar cachaça e correr.
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