quinta-feira, 11 de julho de 2024

Os livros têm seu próprio destino

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 11 DE JULHO DE 2024 – O brasão da Academia Amapaense de Letras (AAL) traz a frase latina “Habent sua fata libelli” – “os livros têm seu próprio destino” –, trecho do verso: “Pro captu lectoris habent sua fata libelli” – “os escritos têm seu destino de acordo com a capacidade do leitor” –, da obra De litteris syllabis pedibus et metris, do poeta e gramático latino Terenciano Mauro (III d.C.). 

Pode-se inferir do contexto do verso que “cada livro é predestinado a ter maior ou menor sorte, independentemente do seu mérito intrínseco”, ou “todo livro é, mais cedo ou mais tarde, fadado ao esquecimento”. 

Essa é uma lembrança dos fundadores da AAL de que a vida é dinâmica, acontece sempre agora. Livros foram escritos, alguns fizeram sucesso, outros são natimortos, e outros ainda estão nascendo e farão sucesso ou não, dependendo das suas circunstâncias. Independentemente disso, a AAL não para, e está sempre se renovando. 

Em um domingo, 21 de junho, data de nascimento de Machado de Assis, de 1953, na sala de estudos da Biblioteca Clemente Mariani, do Grêmio Literário e Cívico Rui Barbosa, entidade estudantil de alunos do Ginásio Amapaense, então instalado em dependências do Grupo Escolar Barão do Rio Branco, nasce a Academia Amapaense de Letras, integrada inicialmente por doze sócios efetivos e cinco sócios honorários. 

Os sócios efetivos eram: Benedito Alves Cardoso (professor de Português e Literatura),  Gabriel de Almeida Café (técnico da Educação e professor de História), João Elias Nazaré Cardoso (professor), Nelson Geraldo Sofiatti (químico e professor), Heitor de Azevedo Picanço (contabilista e professor de Contabilidade), Amilcar da Silva Pereira (médico e diretor do Ginásio Amapaense), Célio Rodrigues Cal (delegado de Polícia e professor), Uriel Sales de Araújo (juiz de Direito e professor), Oton Accioly Ramos (promotor público e professor), Mário Medeiros Barbosa (médico e professor), Lício Mariolino Solheiro (professor) e Jarbas Amorim Cavalcante (juiz de Direito e professor). 

Os sócios honorários: Janary Gentil Nunes (governador do Território Federal do Amapá), Coaracy Gentil Monteiro Nunes (deputado Federal), Hildemar Pimentel Maia (promotor público e suplente de deputado federal), Diniz Henrique Botelho (secretário do Ginásio Amapaense) e Altino Pimenta (diretor do Conservatório Amapaense de Música). 

A posse da primeira diretoria ocorreu no dia 5 de julho de 1953, no Cine Teatro Territorial, anexo ao Grupo Escolar Barão do Rio Branco, com a presença do governador, Janary Gentil Nunes. Depois disso, o silogeu ficou desativado por 35 anos, voltando a abrir as portas em agosto de 1988. 

A primeira diretoria foi assim composta: Presidente: Benedito Alves Cardoso (professor de Português e Literatura); Secretário: Gabriel de Almeida Café (professor de História e jornalista); Tesoureiro: Amilcar da Silva Pereira (médico e professor de Ciências); e Bibliotecário: Heitor de Azevedo Picanço (contador e professor de Contabilidade). 

A atual diretoria, biênio 2023/2024, está assim composta: 

Presidente: Fernando Canto

Vice-Presidente: Paulo Guerra

Secretário: Paulo Tarso

Tesoureiro: Benedito Rostan

Diretor de Biblioteca: Jadson Porto 

Membros vitalícios: Cadeira nº 1 – Gilberto Pinheiro; Cadeira nº 2 – Adaury Salles Farias; Cadeira nº 3 – Ricardo Augusto dos Santos Pontes; Cadeira nº 4 – Fernando Canto; Cadeira nº 5 – Maria Ângela da Costa Nunes; Cadeira nº 6 – Tiago Quingosta; Cadeira nº 7 – Rostan Martins; Cadeira nº 8 –Dom Luiz Soares Vieira; Cadeira nº 9 – Antônio Cabral de Castro; Cadeira nº 10 – Nilson Montoril de Araújo; Cadeira nº 11 – Gian Danton; Cadeira nº 12 – Georgenor de Souza Franco Filho; Cadeira nº 13 - Jackson Corrêa; Cadeira nº 14 – Piedade Lino Videira; Cadeira nº 15 – Fernando Rodrigues dos Santos; Cadeira nº 16 – Paulo Guerra; Cadeira nº 17 – Jadson Porto; Cadeira nº 18 – Wilson Carvalho; Cadeira nº 19 – Jô Araújo; Cadeira nº 20 – César Bernardo; Cadeira nº 21 – João Nascimento Barbosa; Cadeira nº 22 – Saulo Carneiro Ribeiro; Cadeira nº 23 – Luiz Alberto Costa Guedes; Cadeira nº 24 – Ruben Bemerguy; Cadeira nº 25 – Alcinéa Cavalcante; Cadeira nº 26 –Edgar de Paula Rodrigues; Cadeira nº 27 – Pastor Oton de Alencar; Cadeira nº 28 – Cléo Farias de Araújo; Cadeira nº 29 – Professor Maneca; Cadeira nº 30 – Padre Paulo; Cadeira nº 31 – Paulo Tarso; Cadeira nº 32 – Antônio Carlos da Silva Farias; Cadeira nº 33 – Osvaldo Simões; Cadeira nº 34 – Mauro Rabelo; Cadeira nº 35 – Cristóvão Tertuliano de A. Lins; Cadeira nº 36 – Manoel Bispo Corrêa; Cadeira nº 37 – Raquel Tourinho Braga; Cadeira nº 38 – José Queiroz Pastana; Cadeira nº 39 – Alberto Tostes; Cadeira nº 40 – Carlos Nilson da Costa. 

Primeiro sócio correspondente: Ray Cunha (Brasília)

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