sexta-feira, 30 de agosto de 2024

RAY CUNHA fala sobre seu trabalho

A Starlink será abatida nos céus do Brasil?

Amigo do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, Elon Musk faz
uma ponta no romance-reportagem O CLUBE DOS ONIPOTENTES

RAY CUNHA
 

BRASÍLIA, 30 DE AGOSTO DE 2024 – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, intimou, quarta-feira 28, o empresário norte-americano Elon Musk, um dos acionistas da rede social X (antigo Twitter), ameaçando-o de “pena de imediata suspensão” do X, além de exigir o pagamento de multas pelo descumprimento de ordens judiciais anteriores. A intimação foi feita pela própria rede social X. 

Moraes acusa Musk de obstrução à Justiça, organização criminosa e incitação ao crime, porque Musk recusou-se a bloquear contas de parlamentares e jornalistas que utilizam os serviços de telecomunicações das empresas do empresário. 

Musk ignorou a intimação, por verificar, com seus advogados, que ela não tem base legal, e chamou Moraes de “ditador brutal”, afirmando que ele tem o presidente Lula “na coleira”. 

Moraes revidou: pretende bloquear no Brasil a Starlink, da qual Musk é também acionista, para quitar dívidas do X. Musk riu. A Starlink, braço da Space Exploration Technologies, a SpaceX, empresa de exploração espacial, mantém milhares de satélites em órbita da Terra enviando sinal de internet a áreas remotas. A Amazônia só conta com internet firme graças à Starlink. O agronegócio brasileiro depende bastante da Starlink. Em tragédias como a do Rio Grande do Sul a Starlink tem sido importantíssima. 

Caso Moraes mande a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) cortar o sinal da Starlink, a empresa deverá continuar prestando o mesmo serviço, utilizando antenas. Musk é tratado pela velha mídia brasileira como “o bilionário”, em um tom como se ser bilionário fosse uma doença. Porém, além de bilionário, Musk é um gênio da tecnologia, especialmente da corrida espacial, e faz parte de um pequeno clube da segurança e inteligência não só dos Estados Unidos, mas global. 

Além disso, Musk tudo vê e ouve, por meio das câmeras espalhadas pelo mundo e de telefones celulares. 

Elon Reeve Musk virou herói no Brasil. Nascido em Pretória, África do Sul, em 28 de junho de 1971, naturalizado estadunidense, Musk é o homem mais rico do mundo, fundador da SpaceX, CEO da Tesla, vice-presidente da OpenAI, fundador e CEO da Neuralink, presidente da SolarCity e proprietário do X (Twitter). De acordo com o Bloomberg Billionaires Index, seu patrimônio líquido é estimado em 225 bilhões de dólares; segundo a revista Forbes, é de 234 bilhões de dólares. 

Musk foi uma criança que lia tudo. Aos 10 anos começou a estudar programação de computadores e aos 12 anos vendeu o código de um jogo de vídeo baseado em Basic que ele criou e chamou de Blastar, para a revista PC and Office Technology, por 500 dólares. Em junho de 1989, aos 17 anos, mudou-se para o Canadá, terra da sua mãe, a modelo e nutricionista Maye Musk. Em 1992, mudou-se para os Estados Unidos, onde se graduou em física e em economia. Em 2002, tornou-se cidadão americano. 

A SpaceX desenvolve e fabrica foguetes. Em setembro de 2008, o Falcon 1 se tornou o primeiro foguete com financiamento privado a colocar um satélite na órbita da Terra, e em 25 de maio de 2012, a espaçonave Dragon, da SpaceX, foi a primeira nave de uma empresa comercial a ancorar na Estação Espacial Internacional. 

A cereja do bolo da SpaceX é o Starlink, um projeto de desenvolvimento de satélites, milhares deles. Em 2022, o então presidente Jair Bolsonaro firmou um acordo com Musk para levar internet firme para 90% dos municípios da Amazônia, beneficiando 19 mil escolas em áreas rurais. Os Yanomami já contam com uma antena Starlink que permite comunicação em alta velocidade entre postos de saúde e comunidades isoladas. 

– Nossa internet está funcionando perfeitamente – afirmou à BBC News, Brasil Júnior Yanomami, presidente da associação Yanomami Urihi. – Tem ajudado de forma excepcional, tanto para a equipe de saúde, que diariamente repassa informações e solicitações de resgate, como para os Yanomami, que nos comunicam sobre tudo o que acontece na região em que está instalada a internet. 

Na Amazônia, incluindo as regiões mais remotas, já é rotina o uso de cartões de débito ou crédito e pagamentos via Pix, com segurança e rapidez, graças à Starlink. 

O PIB francês é ampliado por três foguetes lançados na base espacial em Kourou, no meio da selva, no Departamento Ultramarino francês, a Guiana Francesa: Ariane, Soyuz e Vega. O maior deles, o Ariane 5, foi criado em 1996, levando para o espaço alguns dos maiores satélites de telecomunicações e meteorologia do planeta. 

O projeto do Ariane 6, foguete de 62 metros de altura, desenvolvido para lançar espaçonaves ainda maiores do que as transportadas pelo Ariane 5, tem orçamento de 2,4 bilhões de euros, dinheiro dos países da Agência Espacial Europeia (ESA); mais barato e eficiente do que o Ariane 5. Cada lançamento do Ariane custa em torno de 100 milhões de dólares. 

Mas uma nova geração de foguetes reduziu os custos. A SpaceX, , do bilionário Elon Musk, pode fazer a mesma coisa que o Ariane 5 dezenas de milhões de dólares mais barato. Os dois primeiros foguetes da empresa são os Falcon 1 e Falcon 9, homenagem à Millennium Falcon, de Star Wars, e sua primeira nave espacial é a Dragon, em homenagem ao filme Puff the Magic Dragon, tudo isso concretizado em apenas sete anos. 

Em setembro de 2008, o Falcon 1 fez história: tornou-se o primeiro foguete privado a colocar um satélite na órbita terrestre, e, em 25 de maio de 2012, a Dragon ancorou na Estação Espacial Internacional, tornando-se a primeira empresa privada a fazer isso.

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

A Linha 3 do Metrô ligará o Rio de Janeiro a Niterói por debaixo da Baía de Guanabara

O Cristo Redentor e o Pão de Açúcar vigiam a boca da Baía
de Guanabara, onde resplandecem Rio de Janeiro e Niterói

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 28 DE AGOSTO DE 2024 – Após nove anos de trabalho, o Metrô do Rio de Janeiro, MetrôRio, foi inaugurado em 5 de março de 1979, com extensão de 4,3 quilômetros, ligando as estações Praça Onze, Central, Presidente Vargas, Cinelândia e Glória. Hoje, são 41 estações e 57 quilômetros de extensão, em três linhas (1, 2 e 4), transportando 660 mil passageiros/dia. 

Em 2011, o governo estadual anunciou a construção da Linha 3, ligando Rio, Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, mas a obra nunca saiu do papel. A Linha 3 partiria da Praça XV, centro histórico do Rio, até a Praça Arariboia, também centro histórico de Niterói, por debaixo da Baía de Guanabara. 

A ideia de se ligar o Rio a Niterói sob a baía é antiga. Data do fim do século XIX, no reinado de dom Pedro II, quando foi desenvolvido o projeto Rio de Janeiro & Nitheroy Tubular Railway, para a construção de um túnel ferroviário de seis metros de diâmetro por cinco de altura, de ferro ou aço, em peças importadas da Inglaterra, revestido por tijolos ligados por asfalto, sob a Baía de Guanabara, ligando o Rio a Niterói. 

Isso está documentado por duas plantas, um texto com especificações da obra e uma carta de Peter William Barlow, que hoje integram o acervo da Coleção Teresa Cristina Maria. O projeto foi apresentado, em 1876, pelo engenheiro irlandês Hamilton Lindsay-Bucknall, com aval técnico de dois engenheiros ingleses, os irmãos Peter William Barlow e William Henry Barlow, ao cafeicultor e empreendedor fluminense Bernardo Clemente Pinto Sobrinho, o Conde de Nova Friburgo, que o levou ao imperador dom Pedro II, entusiasta da ideia. 

Mas o túnel, por onde passageiros transitariam entre Rio e Niterói em uma viagem de quatro minutos, esbarrou em um problema: não havia dinheiro para financiá-lo. 

Vinte anos depois, em 7 de junho de 1896, o jornalista Machado de Assis escreveu na Gazeta de Notícias: “Tudo pode acontecer. Um dia, quem sabe? Lançaremos uma ponte entre esta cidade e Niterói. Uma ponte política, entenda-se, nada impedindo que se faça uma ponte de ferro”. Em 1974, foi inaugurada a Ponte Rio-Niterói, a Presidente Costa e Silva. 

Quanto ao túnel, cinejornal da Herbert Richers, em preto e branco, e em película de 16 mm, de 13 minutos, documenta, em 1956, uma cerimônia de início dos estudos para a construção do túnel submarino Rio-Niterói. O curta mostra o momento em que o então governador do Rio de Janeiro, Miguel Couto, lança, no meio da Baía de Guanabara, a ata que acabara de assinar, juntamente com o então prefeito do Distrito Federal, Negrão de Lima, determinando o início dos estudos para a realização das obras. 

No fim do cinejornal, o narrador questiona: “Quando ficaremos livres das lanchas?” As imagens foram registradas pelo cinegrafista Esdras Baptista e fazem parte do acervo cinematográfico do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual da Universidade Federal Fluminense (Lupa-UFF). 

Em 1968, foi traçado o percurso da Linha 3 do Metrô. Em 2011, o custo da obra foi estimado em 1,2 bilhão de reais, e, dois anos depois, dobrou. A Linha 3 beneficiaria mais de 1,5 milhão de usuários por dia. 

A ideia de túneis submarinos surgiu devido ao engarrafamento na superfície e também ao perigo de marés altas, tempestades e tufões em alguns estreitos. O primeiro túnel subaquático do planeta foi construído sob o rio Tâmisa, em Londres. No início do século XVIII, os portos de Londres estavam congestionados e as estradas que levavam a eles, engarrafadas de carroças e carruagens. Foi aí que uma nata de engenheiros começou a pensar em algo revolucionário: vias por debaixo de rios e do mar. 

Em 1818, um dos engenheiros mais brilhantes da Inglaterra, Marc Brunel, desenvolveu a técnica de escavar o leito do mar impedindo a infiltração de água ou lama utilizando parede de aço, tijolos e concreto com um metro de espessura. Assim, o Thames Tunnel, entre Wapping e Rotherhithe, foi escavado e vedado por operários. O projeto original previa três anos de obra, mas levou 18 anos para sua conclusão e utilização por carroças e depois trens, integrando a rede ferroviária Overground de Londres. À época, a obra ficou conhecida como a oitava maravilha do mundo. 

Hoje, esses túneis são pré-fabricados. Mas o método mais seguro é por furadeira gigantesca, Tunnel Boring Machines (TBM), a toupeira, uma máquina com a capacidade de escavar rochas. Atualmente, há cerca de 200 túneis submarinos em todo o planeta, a maioria deles com estradas ou ferrovias. 

Na construção do mais famoso túnel do mundo, o da Mancha, que liga a ilha do Reino Unido ao norte da França, foram utilizadas 11 Tunnel Boring Machines. O Eurotúnel, Channel Tunnel, ou Tunnel sous la Manche, com 50,45 quilômetros de extensão, com o trecho submerso de 37,9 quilômetros, a até 60 metros de profundidade abaixo do solo do mar, liga Folkestone, Kent, no Reino Unido, a Coquelles, em Pas-de-Calais, próximo a Calais, no norte da França, por debaixo do Estreito de Dover, no Canal da Mancha. 

As primeiras ideias de construção do Eurotúnel surgiram em 1802, quando o engenheiro francês Albert Mathieu Favier apresentou seu projeto ligando a França à Inglaterra por debaixo do mar. Os passageiros utilizariam carruagens puxadas por cavalos, o túnel seria iluminado por lanternas de óleo e uma ilha a meio caminho forneceria ar fresco. Custo: um milhão de libras. Sessenta e quatro anos depois, em 1866, o engenheiro inglês Henry Marc Brunel estudou o fundo do estreito de Dover e chegou à conclusão de que havia viabilidade para a construção de um túnel subterrâneo. 

Em 1876 são realizados vários estudos geológicos do leito do canal e, em 1880, a companhia South Eastern Railway faz perfurações experimentais no lado inglês, onde, em 1881, uma máquina de perfurações Beaumont escava um túnel de 820 metros. Em 1922, os ingleses constroem mais 128 metros de túnel. 

Somente após a Segunda guerra Mundial, em 1957, é que os trabalhos recomeçaram para valer. Foi formado o Grupo de Estudo para o Túnel do Canal. Após três anos de estudos, em 1960, chegaram à conclusão de que deveriam ser construídos dois túneis ferroviários principais e um de serviço, e, em 1973, o projeto foi iniciado, mas foi interrompido, em 1975, após a construção de 250 metros de um túnel de teste, por falta de dinheiro. 

Em 1987, foi ratificado um consórcio entre os governos britânico e francês e a inciativa privada para a construção do túnel, concluído após sete anos, empregando 15 mil trabalhadores de 15 empresas e com financiamento envolvendo cinco bancos de ambos os países. 

O complexo de três túneis paralelos ligados por passagens transversais em intervalos regulares foi inaugurado em maio de 1994, pela rainha britânica Elisabeth II e pelo presidente francês François Mitterrand, ao custo de 4,650 bilhões de libras esterlinas, 80% a mais do que o orçamento inicial. 

Hoje, 7 milhões de passageiros fazem a travessia, que dura apenas 35 minutos, todo ano. O Eurostar, um trem de passageiros de alta velocidade, conecta a estação londrina de Saint-Pancras à Gare du Nord, em Paris, em duas horas, e desta à estação Midi/Zuid, em Bruxelas, com paradas em Ashford, Calais e Lille. Entre Calais (França) e Folkestone (Inglaterra) são transportados carros, ônibus e vans. 

Os frequentadores das famosas barcas Rio-Niterói ainda vão esperar bastante aparecer um prefeito do Rio que tenha visão para realizar quatro obras que os cariocas precisam, com urgência: a construção da linha do Metrô, Praça XV-Praça Arariboia, sob a Baía de Guanabara; despoluição da Baía de Guanabara; água tratada para toda a população do Rio; e um centro de inteligência capaz de orientar as forças policiais da Cidade Maravilhosa.

Isso só será possível sem corrupção. Então, aguardem sentados; caso a barca não esteja superlotada.

terça-feira, 27 de agosto de 2024

Dr. Furlan pode tornar Macapá/AP o entreposto comercial entre o Brasil, americanos e europeus

O Dr. Furlan só não será reconduzido à Prefeitura de
Macapá se um raio cair em cima dele (foto divulgação)

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 27 DE AGOSTO DE 2024 – Pesquisa do Quaest divulgada segunda-feira 26 dá o prefeito de Macapá, Dr. Furlan (MDB), com 91% das intenções de voto na corrida pela capital do Amapá. Estão empatados em 2%: Aline Gurgel (Republicanos); Gilvam Borges (Avante); e Patrícia Ferraz (PSDB). Paulo Lemos (PSOL) aparece com 1% e Gianfranco (PSTU) com zero. 

Antônio de Oliveira Furlan, 51 anos, cirurgião cardiovascular, foi deputado estadual em três mandatos. Em 2020, foi eleito prefeito de Macapá com 55,67% dos votos válidos, 101.091 votos, vencendo Josiel Alcolumbre, irmão do senador Davi Alcolumbre e primeiro suplente de seu irmão.  

– Meu pai é paulista, engenheiro agrônomo. E minha mãe é de Belém. E ele, logo que se formou, muito novo, foi pra Costa Rica fazer um mestrado. E acabou que eu nasci na Costa Rica, mas com 10 meses eu já estava no Brasil. Minha nacionalidade é brasileira porque filhos de pais brasileiros que estudam ou trabalham em outro país são brasileiros – explicou Furlan, que é, de fato, belenense.   

Os macapaenses gostam de Furlan principalmente porque ele vem dando um banho de loja na cidade, mas se neste segundo mandato, que só não será dele se um raio cair na sua cabeça, ele realizar algumas obras, poderá alçar a capital amapaense à porta de entrada de americanos e europeus. 

Antes de qualquer coisa, quero dizer que para tudo o que vou enumerar há financiamento. O prefeito tem apenas que ter visão política, técnica, estratégica e geopolítica para fazer o que sugiro. 

Em primeiro lugar, ele precisa, juntamente com o governador do estado e com a bancada federal, se impor e conseguir, para ontem, energia firme para o Amapá. Em segundo, garantir água tratada para todo o município de Macapá. Em terceiro, rasgar a cidade para a instalação, finalmente, de rede de esgoto e de águas pluviais. 

Em quinto e sexto lugares, as que poderão tornar Macapá o portal entre os hemisférios Sul e Norte. Furlan deve mostrar o quanto tem jogo de cintura para tornar o Aeroporto de Macapá um complexo aeroportuário capaz de ligar o Brasil à América do Norte e à Europa, pois é a cidade brasileira mais próxima, simultaneamente, de ambos os continentes. Além disso, Macapá está ligada por estrada à Caiena, capital da Guiana Francesa. 

Também Furlan terá que, juntamente com o governador do Amapá e a bancada federal, se empenhar para federalizar o Porto de Santana, na grande Macapá. Esse porto, com calado para qualquer tipo de navio, poderá ser o entreposto entre a Amazônia; o Centro-Oeste, por meio do Rio Tocantins; e o Sudeste e o Sul, por meio de rodovias, com os Estados Unidos e Europa, via Atlântico, e Ásia, via Canal de Panamá. 

Mais, Furlan pode dar o pontapé inicial para a construção de um hospital de doenças tropicais de referência e sugerir, nas escolas municipais, as disciplinas História do Amapá e Literatura Amapaense, pois é isso que forma a identidade de um povo. 

Feito isso, Furlan pode continuar enfeitando a orla de Macapá, que, por ser banhada pelo maior rio do planeta, o Amazonas, e ser seccionada pela Linha Imaginária do Equador, já está no imaginário de todo o mundo.

Aí, é só partir para o abraço! E se tornar governador do estado, pois o Amapá precisa de gente trabalhadora, sem a conversa fiada da máfia comunista.

sábado, 24 de agosto de 2024

Tirando de Letra: Na Boca do Jacaré-Açu - Bloco 1 de 2

Tirando de Letra: Na Boca do Jacaré-Açu - Bloco 2 de 2

Ray Cunha fala sobre Acupuntura