Marina Silva e Greta Thunberg: a Amazônia é brasileira?
RAY CUNHA
BRASÍLIA, 17 DE OUTUBRO DE 2024 – Em 2002, cobri, pelo semanário DF Notícias, um evento de campanha de Lula da Silva, que disputava a Presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Com apoio até do presidente que deixava o poder, Fernando Henrique Cardoso, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Lula era imbatível, até porque seu discurso era o das clássicas mentiras da propaganda comunista, e o povo brasileiro era absolutamente crédulo, completamente cego.
Lembro-me que me misturei à multidão que aclamava Lula. Em dado momento, ele se voltou diretamente para mim, em meio à multidão, e é como se eu entrasse nos olhos dele, e senti que ele estava completamente perdido. Mas perdido porque Lula jamais conseguiu avistar a luz. Sua vida é toda de escuridão. Contudo, ele enxerga muito bem na escuridão, perpetrando todo tipo de desgraça.
Anos mais tarde, analisando outro caso, o de Marina Silva, classifiquei Lula com o que chamo de síndrome do ET de Spielberg. ET O Extraterrestre é um filme de 1982, do célebre cineasta americano Steven Spielberg. O personagem central da história é um ET, que, em uma visita que seus pais fazem à Terra acaba ficando para trás, e se empenha, o filme todo, em voltar ao seu planeta.
Lula não é deste planeta, ou desta realidade, ou desta civilização, a humana. É um diabo que vive para atanazar os outros. E continuará fazendo isso, até partir para seu elemento, as trevas.
Em outra ocasião, quando eu trabalhei como assessor de imprensa da Comissão de Meio-Ambiente da Câmara e Dilma Rousseff era ministra de Minas e Energia (2003- 2005), ela foi convidada a falar, na comissão, sobre o que vinha fazendo. Ou seja, nada. Ouvindo-a, descobri o que o jornalista Augusto Nunes chama de um neurônio. Ela só tem um neurônio. Nenhum outro para concretizar uma sinapse. Assim, ela divaga no absurdo.
Mas quando se trata de banco ela é bam-bam-bam. Não é à toa que foi colocada na presidência do Banco dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), uma associação de países que visam à uma nova ordem mundial, pondo os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico-Norte (Otan) de joelhos.
A China, que manda no Brics, está investindo trilhões de dólares na América do Sul. Como se trata de um regime totalitário, toda a economia da China pertence ao Estado. Essa é a estratégia do Partido Comunista chinês, a América do Sul é o que poderá restar de habitável após uma guerra nuclear.
Outro olhar perdido que flagrei foi o de Marina Silva, quando foi ministra do Meio Ambiente, de 2003 a 2008. Eu trabalhava, então, como repórter do antigo portal ABC Politiko e cobria o Congresso Nacional e ministérios. Certa vez, estive, com outros jornalistas, no gabinete da ministra, um salão bastante confortável. Ela estava sentada em uma poltrona cercada por repórteres da velha mídia lhe fazendo mesuras, quase beijando seus pés.
Naquele momento tive mais um desses transes que venho experimentando ao longo da minha vida, um insight. Vi-a ali, no meio daquele batalhão de sabujos, lambendo-a, perdida como o ET de Spielberg. Seu planeta nunca foram os salões do poder em Brasília, mas o seringal.
Para permanecer no poder, Marina Silva decorou, de cor e salteado, a baboseira de que as potências hegemônicas acusam o Brasil, de destruir o meio-ambiente, ameaçando invadir a Amazônia, a cereja do bolo. Pregam que os brasileiros não devem tirar uma folha sequer na Hileia, que a Amazônia deve fazer sua independência como uma nação tupi soberana, sob a proteção das nações hegemônicas, porque a região é o pulmão do mundo, que pertence ao mundo e outras merdas.
É o mesmo discurso alienado da ativista ambiental Greta Thunberg, da qual Marina Silva é fã de carteirinha. Incensada pela mídia comunista, Greta prega o fim da raça humana, para que a natureza não seja conspurcada no planeta, como se a raça humana não fizesse parte da natureza. E depois ela não entende que a Terra é um planeta cármico. Mas isso é outra história.
Mas há um lado prático nessa história. Todo mundo leva o seu. As potências hegemônicas, e Brasília, enchem a burra de ONGs, que explicam aos cabocos que estão lá para os protegerem, quando, na verdade, estão lá para enfiar a mandioca na indiarada, até o toco.
Os colonos portugueses compreendiam bastante de geopolítica e assim legaram a nós, brasileiros, o país potencialmente mais rico do planeta, tendo, como a cereja do bolo, a Amazônia. Não foi fácil garantir o território brasileiro. Mas desde 1985, até hoje, com exceção do governo Bolsonaro (2019-2022), os governos abandonaram a Amazônia e as Forças Armadas, sempre presente na Amazônia. O grande investimento do atual governo na região é a verborragia adestrada de Marina Silva.
O submarino nuclear brasileiro começou a ser projetado em 1976 e estimam que fique pronto em 2033. Hoje, os foguetes de Elon Musk já dão até ré. Não temos bomba atômica, nem força de dissuasão. O Brasil viveu durante muito tempo em berço esplêndido, pois os países da América do Sul não têm capacidade de invadir o território brasileiro. Mas, agora, a China já pôs as garras do dragão na Ibero-América. Pior, o terror internacional, abrigado no Irã, também está se assanhando.
E nós
estamos cada vez mais amordaçados, manietados, batendo palmas para China, Venezuela
e Cuba, e rosnando para Israel e Estados Unidos. Do jeito que as coisas vão a
Amazônia acabará voltando a ser um seringal, mas não nosso, e, sim, da China.
Isso se a ONU não se antecipar e declarar a Hileia uma colônia das nações hegemônicas,
e dividirem-na irmãmente, como fazem, até agora, com a Antarctica.
Todos que queiram saber o que a Amazônia realmente é, leiam, deste jornalista e escritor, natural de Macapá, no estado do Amapá e na Amazônia Atlântica, o romance ensaístico JAMBU, à venda no Clube de Autores, na amazon.com.br e na amazon.com
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