RAY CUNHA
BRASÍLIA, 27 DE NOVEMBRO DE 2024 – No meu romance A IDENTIDADE CARIOCA, thriller histórico ambientado no Rio de Janeiro de hoje, faço uma revisão da história do Brasil, acenando para o que seria a identidade brasileira, sem o ranço da visão marxista, que tanto deturpa a realidade, esta, já é por si só pantanosa, fluida, sutil. A história da nossa pátria é a história de quem está no poder, como agora, quando o crime organizado toma de assalto o Estado brasileiro.
Mas, para o bem do Brasil, temos jornalistas sérios, os que garimpam a verdade em meio à carniça da mentira. Como Laurentino Gomes, que se tornou também escritor, repórter na história do Brasil.
Acabei de ler 1889, de Laurentino Gomes. Trata-se do 15 de Novembro de 1889, dia em que foi derrubada a Monarquia e instituída a República.
– Uma sociedade que não estuda história não consegue entender a si própria porque desconhece suas raízes e as razões que a trouxeram até aqui – diz Laurentino Gomes. –O estudo da história é, hoje, talvez até mais do que qualquer outra disciplina, uma ferramenta fundamental na construção do Brasil dos nossos sonhos, em um novo ambiente de democracia.
A Proclamação da República Brasileira, ou Golpe Republicano, ou Golpe de 1889, foi um golpe de Estado político-militar, ocorrido em 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro, então capital do país, instaurando a forma republicana presidencialista de governo no Brasil e pondo termo à monarquia constitucional parlamentarista do Império, destituindo o então chefe de Estado, o imperador Pedro II.
Em 1889, Laurentino Gomes dá pistas de que as elites brasileiras estavam fartas dos portugueses mandando e queriam, mesmo aos trambolhões, transformar os Brasil em um país de e para brasileiros. Assim, foi urdido o golpe, que não foi o primeiro; um golpe de verdade e não um “gópi”.
Os anos seguintes do 15 de Novembro não foram a tranquilidade que os professores costumam passar em sala de aula, mas correram rios de sangue em todo o Brasil, que é um subcontinente.
O imperador Pedro II não gerou filhos, apenas filhas. Após sua morte, e ele já andava trôpego, em 1889, o trono seria ocupado por sua filha mais velha, a princesa Isabel, que fazia tudo o que os arautos da Igreja Católica Apostólica Romana mandavam e era também manobrada pelo seu marido, o francês Gastão de Orléans, Conde d'Eu, arrogante, meio surdo, ruim de português, dono de cortiços pelos quais cobrava aluguéis exorbitantes.
Para completar, ela libertou os escravos, que eram o sustentáculo da economia brasileira, mas não proporcionou a menor chance de os ex-escravos se sustentarem, nem uma alternativa para substituir a economia escravocrata.
Na véspera da Proclamação da República, o marechal Deodoro da Fonseca, um dos líderes da Proclamação da República, era monarquista e estava acamado, esperando pela morte. Mas urdiram uma intriga, envolvendo mulher, que fizeram o velho marechal se levantar do leito, puto da vida e republicano, dar o golpe final em Pedro II, seu amigo. Pedro II, por sua vez, não estava nem aí para mais nada.
Quanto ao povo, os cariocas eram os mesmos de hoje. O que mudou, de lá para cá, é que, hoje, há o crime organizado, com representação nos três poderes e estado paralelo nas favelas, onde a polícia não entra, nem as Forças Armadas.
Atualmente, o grande projeto da República é amordaçar as
redes sociais. Já estamos argolados com a China até o pescoço. Como todo mundo
sabe, a China é uma das mais diabólicas ditaduras do planeta. Mas há uma data
esotérica bastante aguardada, que traz esperança à República: 20 de janeiro de
2025.
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