terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Papai Noel chegou, com seu topete laranja

Tudo o que eu quero é ouvir de madrugada gemidos com cheiro de mar

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 17 DE DEZEMBRO DE 2024 – Papai Noel já está trabalhando. Bate à porta, deixa correspondências nas portarias dos prédios, dá recados e entra nos lares via mídia. Neste Natal, só entregará o grande presente em janeiro, dia 20, quando porá no peito de Donald Trump a estrela de xerife. Dirão: “Esse cara está louco; Trump só manda nos Estados Unidos”. Ledo engano. Ele manda no mundo todo. É claro que não vai ficar fazendo ameaças com bomba atômica. Não! Todo mundo quer ganhar dinheiro. 

Quero acreditar que Papai Noel tenha alguma coisa a dizer aos injustiçados, principalmente os que são torturados em Cuba e na Venezuela. Que lhes incuta esperança. Seus algozes podem ser exterminados a qualquer momento, trucidados, como costuma acontecer com os ditadores. 

Que os russos possam se livrar de Putin, em 2025, Israel ponha ordem no Oriente Médio e Taiwan siga com sua economia de mercado. A China e A Coreia do Norte deverão continuar seu totalitarismo, pois urdiram um regime que só cairá sob uma guerra nuclear, com bombas atômicas dessas carregadas em maletas. 

Acho que o caso da China é o mesmo da Amazônia. No caso da Amazônia, ela é devorada pela própria bancada no Congresso Nacional. Uma farra. A Amazônia só não enviou o pior congressista porque há Minas Gerais. Os presidentes de ambas as casas podem fazer a pose que fizerem, mas não passam de dois agentes do regime. 

2025 não será fácil para algumas pessoas. Pessoas, não, hienas. O problema delas é que já foram mordidas por encostos sedentos de vingança. São poços de doenças e loucura. Podem cair sozinhas, no seco, bater a cabeça e morrer, ou sentir mal súbito. 

O thriller político O CLUBE DOS ONIPOTENTES abarca a maior máfia do mundo, o comunismo, do seu nascedouro, na Revolução Francesa (1789), passando pelo seu apóstolo, Karl Marx, o Anticristo, e o mago negro da Rússia, Grigóri Iefímovitch Raspútin, até Fidel Castro e Lula da Silva, e o Foro de São Paulo, o ninho da serpente. 

Em 2025, será lançado o segundo volume de O CLUBE DOS ONIPOTENTES, que abarca um intervalo de 2022 a 20 de janeiro de 2025. A trama do terceiro volume se desenrola a partir daí. 

2025 apresenta uma excelente perspectiva. Será um ano de definições. Jorrará muito sangue e paira a ameaça de uma guerra nuclear. Se não explodirem a Terra, quem sabe, autografarei, no Rio de Janeiro, A IDENTIDADE CARIOCA. 

Fernando Canto não mora mais em Macapá. Vive, agora, em outro plano. O que fazer em Macapá sem Fernando? Em Macapá, os donos da cultura são comunistas, a academia, não a de Letras, mas a universidade, está cheia de comunista, a mídia está abarrotada de comunista, e eu sou conservador. Quando o Fernando Canto ainda estava em Macapá e eu ia lá, não queríamos nem saber de política, pegávamos o carrão James Bond do Fernando e saíamos pelo mundo, bebendo e comendo. 

Estou para o que der e vier. Ainda me sinto bem, apesar de meio século de álcool. Em 2025, pretendo continuar meu trabalho voluntário como terapeuta em Medicina Tradicional Chinesa, atendendo, nos fins de semana, no Ambulatório Fernando Hessen, no Centro Comunitário da Candangolândia, e no Centro Espírita André Luiz (Ceal), no Guará I, além dos meus pacientes particulares. 

Papai Noel também trouxe a expectativa, em 2025, de, finalmente, criarmos a seccional DF da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet). 

Uma das coisas maravilhosas que Papai Noel trouxe são os livros. Vou começar 2025 lendo o terceiro volume de Escravidão, de Laurentino Gomes; o quadragésimo volume de A Verdade da Vida, de Masaharu Taniguchi; Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda, mais algumas dezenas de livros que comprei em 2024. 

Mas o melhor, mesmo, é levantar-me em torno das 4 horas para me encontrar com personagens de ficção, a perspectiva de ouvir os sussurros da mulher amada, banhar-me no mar, bater papo com novos amigos, ver os filmes que estou esperando estrear, quem sabe, ir à Espanha, ouvir ainda Frank Sinatra, e Mozart, claro, e ler os contos de Ernest Hemingway. 

Agora, que Fernando Canto foi para o Azul, onde o poeta Isnard Brandão Lima Filho está, preciso encontrar novos amigos que saibam pilotar nave quântica. 

Já não posso mais fazer o desjejum com Cerpinha e ostra, e ouvir gemidos com cheiro de rosas vermelhas esmigalhadas toda uma noite, mas posso reler os seis volumes da série Millennium e todos os romances de Luiz Alfredo Garcia-Roza. Posso também visitar meu amigo senador Plínio Valério e trocar umas ideias com José Aparecido Ribeiro, do Conexão Minas. E, quem sabe, Isaías Oliveira, autor do soberbo romance a Dimensão dos Encantados, dê notícias. 

E há o Arthur Herdy, para quem posso enviar WhatsApp, e meu amigo carioca, Marcos Machado, do portal Do Plenário, com quem posso tomar um espresso na Pães & Vinhos do Sudoeste. 

Cada vez mais mergulho no meu próprio mundo, o meu eu, minha consciência, e cada vez mais minha sensibilidade aumenta e percebo quase tudo à minha volta. Em vez de bebidas alcoólicas, degusto castanha-do-pará, rica em selênio, e leio sobre os cromossomos e genes, que é por onde o mundo espiritual manobra o corpo. 

Mas o grande presente que todos os anos Papai Noel me oferta é uma sensação, cada vez mais intensa, de sentir perfume de jasmineiros chorando e ouvir de madrugada gemidos com cheiro de mar.

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