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O ditador Nicolás Maduro e seu amicíssimo Lula da Silva |
RAY CUNHA
BRASÍLIA, 4 DE
JANEIRO DE 2025 – O líder da Direita da Venezuela, Edmundo Gonzalez, tomará
posse como presidente do país nesta sexta-feira 10, nem que seja
simbolicamente. Mas é provável que até lá o ditador Nicolás Maduro tenha
fugido, ou sido preso, ou morto. A ditadura na Venezuela começou com Hugo Chávez,
em 1999, e se perpetuou com Maduro, que vem fraudando as eleições para
presidente. Desta vez foi algo tão descarado que até seu amicíssimo, o
presidente do Brasil, Lula da Silva, ficou com vergonha.
O melhor de tudo é que o líder mundial da Direita, o
republicano Donald Trump, toma posse dia 20 na presidência dos Estados Unidos,
e já disse que não quer ver mais a fuça de Maduro. O atual presidente dos
Estados Unidos, Joe Biden, comunista, vem alisando todas as ditaduras da Ibero-América
e acolhendo, no seu próprio país, toda a bandidagem do Novo Mundo. Mas já se
tornou um pato manco. Não manda mais nem na casa dele, pois está completamente gagá.
Maduro vem se fiando em Putin e no Irã. Putin está escondido
para não ser assassinado pelos próprios russos, pois meteu a Rússia em um
atoleiro. Quanto ao Irã, o inferno desabou sobre o país, que banca os
terroristas que querem destruir Israel. Os judeus estão mostrando que, junto
com os Estados Unidos, têm as forças armadas mais poderosas do mundo, capaz de
varrer da face da Terra qualquer um que se meta a valente. Se isso acabará com
a vida na Terra é outra história.
Donald Trump não quer ver a cara do pé-inchado em
Washington. Convidou, sim, o líder da Direita brasileira, Jair Messias
Bolsonaro, mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de
Moraes, retém o passaporte de Bolsonaro, acusando-o de tentar um golpe de
Estado em 8 de janeiro do ano passado, juntamente com algumas famílias,
incluindo velhinhas.
Após ganhar as eleições, Edmundo González se refugiou na Espanha,
pois se continuasse na Venezuela seria preso e morto. Esta semana, viajou para
a Argentina, onde foi recebido pelo presidente Javier Milei, também conservador
e que virtualmente já declarou guerra a Maduro.
Este ano, Hugo Armando Carvajal Barrios, El Pollo, O Frango,
abrirá o bico na Justiça dos Estados Unidos. Ele sabe, e tem provas, da ligação
de ditadores ibero-americanos com o narcotráfico e com políticos. Major-general
do Exército Bolivariano da Venezuela e deputado na Assembleia Nacional pelo
estado de Monagas, foi diretor geral da Contra-Espionagem Militar (DGCIM) da
Venezuela, entre julho de 2004 e dezembro de 2011, e entre abril de 2013 e
janeiro de 2014. Criou e dirigiu o Gabinete Nacional Contra o Crime Organizado
e o Financiamento do Terrorismo.
Em 2019, foge para a Espanha, após ter reconhecido Juan
Guaidó como presidente da Venezuela. O ditador, Nicolás Maduro, fraudara as
eleições. Maduro acusou Pollo de “atos de traição contra o país”. Frango viajou
por mar para a República Dominicana e de lá para a Espanha, via aérea, sob o
nome falso de José Mourinho. Em 2021, é preso na Espanha e a Venezuela pede
sua extradição.
Os Estados Unidos também pedem sua extradição, por crime de
lavagem de dinheiro, fornecimento de armas e documentos de identidade a membros
da guerrilha colombiana, as Farcs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia),
e narcotráfico, acusado de traficar cocaína para os Estados Unidos, incluindo
um carregamento de 5,6 toneladas, transportado em abril de 2006, da Venezuela
para o México e de lá para os Estados Unidos. Em 19 de julho de 2023, é
extraditado para os Estados Unidos.
Frango afirma que dinheiro do narcotráfico financiou políticos
de esquerda na América do Sul, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva; Néstor
Kirchner, da Argentina; Evo Morales, da Bolívia; Fernando Lugo, do Paraguai;
Gustavo Petro, da Colômbia; Ollanta Humala, do Peru; e Manuel Zelaya, de
Honduras.
Quanto ao Foro de São Paulo, o ovo da serpente eclodiu em 10
de fevereiro de 1980, no Colégio Sion, em São Paulo, quando um grupo de
comunistas, sindicalistas, guerrilheiros, intelectualoides – como grafou o
ex-espião e escritor Jorge Bessa –, artistas e militantes da Teologia da
Libertação, fundou o Partido dos Trabalhadores (PT), surgindo, daí, Lula da
Silva, a hiena de nove garras, engenheiro do Foro de São Paulo, seguindo orientação
do arquiteto dessa organização: Fidel Castro.
Fim de 1988. Fidel Castro, ditador de Cuba, se
reúne, pela manhã, no seu gabinete de trabalho, no Palacio de la Revolucion, em
Havana, com seu ministro do Interior, o general José Abrantes, um de seus
homens de confiança. O tema da reunião: tráfico de cocaína do Cartel de
Medellín, de Pablo Escobar, para os Estados Unidos, segundo testemunho de Juan
Reinaldo Sánchez, guarda-costas do ditador durante 17 anos, no seu livro de
memórias A Vida Secreta de Fidel.
Três anos antes, em março de 1985, Mikhail Gorbachev assumira
o comando da União Soviética e tentara salvar o império, cortando gastos e
guinando para o capitalismo. Em 2 de abril de 1989, o líder soviético desembarca
em Havana e comunica a Fidel Castro que a União Soviética não poderia mais arcar
com as despesas de Cuba, em troca de manter o enclave soviético nas costas dos
Estados Unidos. Que Fidel se virasse; a União Soviética estava agonizando,
vítima do próprio comunismo. Fidel empalideceu, pois se acostumara a mamar na
generosa teta soviética, tornando-se, graças ao comunismo, um dos maiores
playboys do mundo. Naquelas alturas, a União Soviética já tinha reduzido
substancialmente a ajuda a Cuba, daí porque Fidel se tornara um dos barões do
narcotráfico, de modo que a Disneylândia das esquerdas na América Latina só
contava, agora, com os dólares do Cartel de Medellín. Acobertado pela
celebridade internacional do seu nome, como o revolucionário que desafiou os
Estados Unidos, Fidel fizera um pacto com traficantes da Colômbia para que Cuba
se tornasse o principal entreposto comercial da droga rumo aos Estados Unidos.
Mas, ainda naquele ano, 1989, Fidel sofreu novo golpe. A poderosa
Drug Enforcement Administration (DEA), órgão do Departamento de Justiça dos
Estados Unidos responsável pelo controle e combate às drogas, descobriu o
esquema de Fidel, por meio de cubanos detidos nos Estados Unidos, que confessaram
como a coisa funcionava. As investigações da DEA conduziram ao Cartel de
Medellín e ao coração do governo cubano.
John Jairo Velásquez, o Popeye, homem de confiança tanto de
Fidel como de Pablo Escobar, chefe do Cartel de Medellín, fez um relato
minucioso sobre o envolvimento dos irmãos Castro com a droga de Pablo Escobar à
jornalista Astrid Legarda, que escreveu o livro El Verdadero Pablo. Popeye
assegura que Raúl Castro, irmão do ditador de Cuba e que o sucederia na chefia
da ditadura cubana, era quem recebia os carregamentos da droga, acobertado pelo
seu posto de comandante das Forças Armadas. Eram embarcadas de 10 a 15
toneladas de droga em cada operação.
Quando Fidel soube que a DEA tinha descoberto tudo, ficou
apavorado, pensou rápido e descobriu um jeito de se safar, matando dois coelhos
com uma só cajadada. Bolou um plano diabólico. Segundo o historiador britânico
Richard Gott, em seu livro Cuba – Uma Nova História, visando se livrarem
da prisão nos Estados Unidos, os irmãos Castro acusaram o general Arnaldo Ochoa.
Herói da revolução cubana, histórico e popular, um dos
militares mais condecorados da história do país, além de ser um dos grandes
líderes militares de Cuba, Ochoa tinha potencial para se tornar o Fidel Castro
da Perestroika. Razão pela qual Fidel decidiu acabar com Ochoa, acusando-o de
ser o comandante das operações de narcotráfico com Pablo Escobar, “alta traição
à pátria e à revolução”.
Fidel usou o jornal oficial de Cuba, o Granma, para anunciar que uma investigação fora iniciada em abril
de 1989, mandando prender, a partir de 12 de junho, seus próprios companheiros
que faziam o trabalho do narcotráfico: cinco generais, entre os quais o
ministro José Abrantes, 15 oficiais superiores e vários funcionários do
Ministério do Interior, realmente envolvidos com o tráfico de drogas, porém sob
o comando de Fidel. Traição suprema do líder cubano: prendeu, entre os
generais, o herói Arnaldo Ochoa, recém-chegado de Angola, onde comandava uma
guerra.
Ochoa foi preso dois meses depois da visita de Gorbachev,
sob a acusação de comandar as operações de tráfico de drogas do Cartel de Medellín.
Em 25 de junho, começou a encenação de um processo, durante quatro dias. Fidel
presidiu a encenação no anonimato, dirigindo secretamente as sessões, instalado
confortavelmente em uma sala do prédio onde se desenrolou a encenação.
Mario Riva, ex-tenente-coronel do Exército cubano e que migrou
para Portugal, afirma que Arnaldo Ochoa foi usado como bode expiatório, que
Fidel aproveitou para se livrar dele devido às críticas que Ochoa vinha fazendo
ao regime, e que Ochoa assumiu a liderança do narcotráfico para salvar a vida
de seus familiares, que seriam massacrados se ele não colaborasse.
– Eu tinha conhecimento dos aviões que aterrissavam
em Cuba vindos da América Central, mas Ochoa, não – afirmou Tony de La Guardia,
também executado, e que estava realmente envolvido no tráfico, segundo Mario Riva,
em declaração ao jornal Diário de Notícias, de Portugal, edição de 13 de
julho de 2009.
No livro El Magnífico — 20 Ans au Service Secret de Castro,
Juan Vivés, ex-agente do serviço secreto cubano, afirma que Raúl Castro era o chefe
do acordo com Pablo Escobar. Vivés revelou que Raúl mantinha ainda relações com
narcotraficantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e que os
sandinistas da Nicarágua estavam também envolvidos com o narcotráfico, por meio
do capitão cubano Jorge Martínez, subalterno de Ochoa, e contato entre Raúl
Castro, o ex-presidente nicaraguense Daniel Ortega e Pablo Escobar.
Um lote dos acusados foi assassinado ante o pelotão de
fuzilamento e outro lote morreu na prisão. As prisões de Cuba são matadouros.
Ochoa, juntamente com mais três condenados à morte, foi assassinado pelo
pelotão de fuzilamento no dia 13 de julho de 1989, uma quinta-feira, por volta
das 2 horas, no aeroporto de Baracoa, em Havana.
Assim, os irmãos Castro se livravam de uma invasão americana
e prisão perpétua nos Estados Unidos, e ainda afastaram Arnaldo Ochoa da
sucessão de Fidel.
– Um homem dominado pela febre do poder absoluto e pelo
desprezo ao povo cubano – declarou o guarda-costas de Fidel, Juan Reinaldo
Sánchez.
Fidel precisava, desesperadamente, pensar em novo meio de
manter sua boa vida. Sem a União Soviética e o Cartel de Medellín, tirar
dinheiro de onde? E que tal sua própria União Soviética? A solução: o
sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, também ególatra, narcisista e ávido por
poder e fama, se bem trabalhado tinha potencial para se tornar presidente do
Brasil, o celeiro do mundo e maior país da Ibero-América, um continente que
poderia se tornar a União Soviética tropical, um grande puteiro das esquerdas.
Era só criarem um organismo que, a exemplo do Comintern de Lênin, serviria para
apoiar movimentos comunistas em todo o continente, para o que só precisariam criar
uma base de apoio confiável e com gente confiável.
Foi aí que Fidel teve a ideia de pôr as garras no Brasil,
associando-se a Lula. E assim eclodiu mais um ovo da serpente: o Foro de São Paulo.
Sob a inspiração de Fidel Castro, Lula realizou um encontro,
de 1 a 4 de julho de 1990, no extinto Hotel Danúbio, em São Paulo, reunindo 48
partidos políticos e organizações de esquerda, guerrilheiros e
narcotraficantes, de 14 países latino-americanos e caribenhos, visando debater
o mundo pós-queda do Muro de Berlim, que foi pulverizado em 1989. O mote
central era: como fazer frente aos Estados Unidos? O Encontro de Partidos e
Organizações de Esquerda da América Latina e do Caribe ficou conhecido como
Foro de São Paulo.