segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Soldado de Israel foge do Brasil para não ser preso por ter lutado contra terroristas do Hamas

Holocausto. Tão brutal só o tráfico negreiro no Atlântico

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 6 DE JANEIRO DE 2025 – A juíza federal Raquel Soares Chiarelli, da Seção Judiciária do Distrito Federal, determinou, dia 30 de dezembro de 2024, que a Polícia Federal (PF) prendesse um soldado de Israel, Yuval Vagdani, que estava passando férias no Brasil, sob acusação de crimes de guerra, atendendo à Fundação Hind Rajab (HRF), sediada na Bélgica, fundada e liderada por Dyab Abou Jahjah, do grupo terorista Hezbollah. 

A ação, protocolada pelos advogados Maira Machado Frota Pinheiro e Caio Patrício de Almeida, aponta que o soldado participou, “supostamente”, da demolição de casas utilizadas pelo grupo terrorista Hamas, que estaria abrigando civis palestinos deslocados pela guerra, em novembro de 2024, como parte de uma campanha de repressão contra a população palestina. Maira Pinheiro sustenta que a ação se fundamenta no Estatuto de Roma, ao qual o Brasil é signatário. 

O soldado se escafedeu do Brasil em um voo de Salvador/BA para Buenos Aires, na noite de sábado 4. O Ministério das Relações Exteriores de Israel informou que a embaixada israelense no Brasil prestou o necessário apoio ao soldado e sua família durante todo o evento e garantiu sua saída “rápida e segura” do país. 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) havia, em 2010, 148.329 judeus no Brasil, a segunda maior comunidade judaica da Ibero-América, atrás somente da Argentina. Porém estima-se que cerca de 400 mil pessoas professem o judaísmo no Brasil, para onde os judeus começaram a vir desde 22 de abril de 1500. Estavam com Pedro Álvares Cabral o médico particular da Coroa Portuguesa e astrônomo Mestre João e o intérprete e comandante da nau que trazia mantimentos, Gaspar da Gama, ambos judeus. 

Quando os portugueses começaram a extrair pau-brasil, o judeu Fernão de Noronha foi pioneiro, tanto que o pau-brasil era, então, chamado também de “madeira judaica”. A intolerância da Igreja contra os judeus em Portugal era insuportável, de modo que os judeus viram, no Novo Mundo, a oportunidade de praticar seu culto sem o risco de serem presos e assassinados. Mas, em 1591, o inferno baixou no Brasil: a Inquisição. 

Contudo, em 1630, com a invasão holandesa e domínio do Nordeste por 24 anos, os judeus prosperaram e fundaram a Sinagoga Kahal Zur Israel, a primeira das Américas. Até que os portugueses conseguiram expulsar os holandeses. Então, a maioria dos judeus estabelecidos no Nordeste fugiu para os Países Baixos, as Antilhas e Nova Amsterdã, a futura Nova York, onde fundaram a primeira comunidade judaica dos Estados Unidos e ajudaram a construir a hoje mais cosmopolita cidade do planeta. E muitos desses judeus nordestinos fugiram para a região das Minas Gerais. 

Em 1810, por meio de tratado comercial, a Inglaterra forçou Portugal a aceitar a liberdade de culto religioso aos judeus, o que foi confirmado na Constituição do Império. Em 1824, os judeus fundaram, em Belém do Pará, a mais antiga sinagoga ainda em funcionamento no Brasil. 

Entre 1872 e 1972, entraram no Brasil mais de 90 mil imigrantes judeus. Somente em duas décadas, entre 1920 e 1939, entraram no Brasil 50 mil judeus, a maioria proveniente do Império Russo, dos Bálcãs e da Europa Central, principalmente da Polônia. 

Na Europa, os judeus continuavam sendo massacrados, de modo que para eles a saída era o Novo Mundo, principalmente os Estados Unidos. Com a ascensão do nazismo na Alemanha e do fascismo na Itália, nos anos 1930, os judeus fugiram em massa da Europa, mas, no Brasil, em 1935, depararam-se com o governo de Getúlio Vargas, que, a partir de 1937, começou a negar vistos de imigração, impondo barreiras à entrada de judeus, com ameaça de deportação em massa. Essas restrições só foram abolidas definitivamente em 1950.

Antes disso, em 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas implementa o Plano de Partilha da Palestina em substituição do Mandato Britânico, e, em 14 de maio de 1948, David Ben-Gurion, chefe-executivo da Organização Sionista Mundial e presidente da Agência Judaica para a Palestina, declara a fundação de Israel. 

No dia seguinte, Egito, Síria, Jordânia, Líbano, Iraque, Marrocos, Sudão, Iêmen e Arábia Saudita cercam e invadem Israel. Foi aí que começou a atual guerra sem fim, no decurso da qual Israel vem ampliando seu território, anexando a Cisjordânia, a península do Sinai, a Faixa de Gaza, as colinas de Golã e Jerusalém Oriental. 

Ao longo da história vários impérios tentaram subjugar os judeus. Roma os varreu da Palestina. A Alemanha de Hitler assassinou 6 milhões de judeus, parte deles em câmaras de gás e fornos crematórios, mas eles sempre voltaram e hoje são um dos povos cientificamente mais adiantados e mais ricos financeiramente do mundo. Israel é uma potência nuclear e detém um dos exércitos mais treinados, equipados e determinados do planeta. 

Na madrugada do dia 7 de outubro de 2023, tropas de terroristas do Hamas, da Jihad Islâmica e da Frente Popular para a Libertação da Palestina, com apoio do Irã, lançaram milhares de mísseis contra Israel e invadiram o país na fronteira da Faixa de Gaza, estuprando centenas de mulheres e assassinando pessoas, incluindo velhos e crianças, degolando dezenas de bebês na frente dos pais e estuprando mulheres na frente dos maridos. 

A resposta de Israel foi uma verdadeira explosão atômica. O exército israelense entrou em Gaza e não deixou pedra sobre pedra. A Faixa de Gaza, onde o Hamas se escondia, é um território com 41 quilômetros de comprimento e 10 quilômetros de largura, entre Israel, Egito e o Mar Mediterrâneo, com cerca de 2,3 milhões de habitantes. 

Tropas israelenses estão eliminando todos os chefões do Hamas, onde quer que estejam, no Líbano, na Síria, no Irã.

O governo de Lula da Silva apoia ditaduras e o Hamas, e hostiliza os judeus. Juntamente com a China e a Rússia, Lula quer derrubar o dólar e, por extensão, os Estados Unidos, e apoia a ditadura sanguinolenta de Nicolás Maduro, na Venezuela. Juntamente com Fidel Castro, Lula foi o artífice do Foro de São Paulo.

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