sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Do manganês mais puro do mundo ao turismo em Serra do Navio. A Margem Equatorial é a redenção do pobre e violento Estado do Amapá

Em JAMBU jornalista investiga traficante de crianças e de grude
de gurijuba durante o Festival de Gastronomia do Pará e Amapá

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 28 DE FEVEREIRO DE 2025 – Leitora pergunta que fim levou o manganês de Serra do Navio, município do Amapá, e o que é a Margem Equatorial. Vamos lá! A mineradora americana New Steel levou de Serra do Navio, distante 208 quilômetros de Macapá, no Amapá, 40 milhões de toneladas do manganês mais puro do mundo, deixando um buraco gigantesco, que se transformou na Lagoa Azul. 

A escavação para extração de manganês alcançou o lençol freático e a mina foi inundada com água cristalina e própria para banho, cor de anil devido à presença de carbonato de manganês. Essa é a Lagoa Azul, com até 80 metros de profundidade. 

Em 1943, o interventor do então Território Federal do Amapá, capitão Janary Gentil Nunes, já sabia que na região dos rios Amapari e Araguari havia manganês, que entra na composição de várias ligas de aço, na fabricação de fertilizantes, no clareamento de vidros, no fabrico de pilhas secas e na produção de tintas e vernizes. Janary fora avisado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Em 1945, ofereceu um prêmio em dinheiro para quem identificasse exatamente onde o minério estava. 

Um comerciante ribeirinho, chamado Mário Cruz, levou pessoalmente ao interventor algumas pedras que usara como lastro para seu barco, escuras e pesadas. O material foi analisado no DNPM, no Rio de Janeiro, pelo engenheiro Glycon de Paiva, que bateu o martelo: tratava-se de manganês de alto teor. 

Glycon foi então à região analisar os depósitos. Ele viu uma profusão de morros cobertos de floresta; um deles era um gigantesco bloco de manganês que lembrava a proa de uma embarcação. Então Janary convenceu o presidente Gaspar Dutra a criar uma reserva nacional englobando a mina de manganês e conferindo ao Território Federal do Amapá a competência para prospectá-la e explorá-la por meio de concessão. 

Três empresas responderam ao convite para explorar a mina: a subsidiária brasileira da United States Steel, Companhia Meridional de Mineração; a Hanna Coal & Ore Corporation; e a Sociedade Brasileira de Indústria e Comércio de Minérios de Ferro e Manganês (Icomi), fundada em 1942, com sede em Belo Horizonte e atuação em Minas Gerais, que venceu a concorrência. 

Só que depois de ganhar a concorrência, a Icomi se associou à americana Bethlehem Steel, maior consumidora mundial de manganês, formando a holding Caemi Mineração, criada por Augusto Trajano de Azevedo Antunes, paulistano nascido em 1906 e falecido na Cidade Maravilhosa, em 1996, formado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica de São Paulo, em 1930. 

Com a guerra fria, a União Soviética deixou de suprir de manganês o mercado norte-americano, aumentando, assim, a cotação internacional do produto. Augusto Nunes, que já explorava o minério de ferro no pico do Itabirito, em Minas Gerais, criou então a Icomi, em 1947, e, em 1948, começou as atividades de mineração no Amapá. 

O contrato de exploração, assinado em 1947, previa que a Icomi teria de investir no Amapá pelo menos 20% de seu lucro líquido; a exploração de um perímetro máximo de 2.500 hectares, o equivalente a 0,17% do território amapaense, e o pagamento de 4% a 5% da receita total em royalties ao governo do Amapá. 

Previa, ainda, uma área adicional de 2.300 hectares para a construção de instalações industriais, complexo ferroviário e duas vilas, que dariam origem às cidades de Santana e Serra do Navio, as quais começaram a ser construídas em janeiro de 1957 e ficaram prontas em 1959. 

A Estrada de Ferro Amapá, inaugurada em 1957, tem 194 quilômetros, ligando Serra do Navio ao Porto de Santana. Em 1980, com o manganês de Serra do Navio, comprado a preço de banana, estocado nos Estados Unidos, a Bethlehem vendeu sua participação para a Caemi, que encerrou a exploração de manganês em 1997, embora, em 1953, no governo de Getúlio Vargas, a concessão para explorar o minério previa o prazo de 50 anos. 

Desde 2003, a Caemi  pertence à Companhia Vale do Rio Doce. Em março de 2006, a MMX Mineração e Metálicos, do empresário Eike Batista, assumiu o controle da Estrada de Ferro Amapá, por vinte anos. Em 2008, a MMX foi vendida para a Anglo American. Em 2013, o controle foi repassado para a mineradora inglesa Zamin, e, em 2015, para a Secretaria de Estado de Transportes, quando a linha ferroviária foi também paralisada. 

Hoje, o governo do Amapá acusa a Icomi de contaminar com arsênio o Porto de Santana e a Vila Elesbão. O morro que lembrava a proa de um navio desapareceu e se transformou numa cratera, até acabar o manganês de boa qualidade. “Não se previa que a exploração seria tão intensiva a ponto de esgotar totalmente a reserva” – comentou Aziz Ab’Sáber, titular do Departamento de Geografia e professor emérito do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP). 

As escavações eram feitas 24 horas por dia. Algumas crateras formaram lagos, alimentados pelo lençol freático. O Morro do Navio foi transformado no Lago Azul. O fato é que a Icomi cumpriu o contrato, mas o poder público deixou que Santana e Serra do Navio sucumbissem. Os governos que passaram pelo Amapá, durante o reinado da Icomi, nunca aplicaram os royalties com sustentabilidade. 

Restou também o porto mais estratégico da Amazônia, Santana, de onde se pode exportar matéria-prima e produtos manufaturados e industrializados para todo o planeta. A rodovia Perimetral Norte, que deveria ligar Macapá a São Gabriel da Cachoeira, é hoje a única alternativa de transporte para Serra do Navio. A Anglo American comprou uma área da Icomi para a pesquisa de ouro no município vizinho de Serra do Navio, Pedra Branca do Mapari, e descobriu uma mina gigantesca. 

Após a retirada da Icomi, o poder público abandonou Serra do Navio, hoje, um município do Estado do Amapá, na Amazônia Oriental, com 7.713 quilômetros quadrados e mais de 5,5 mil habitantes, criado em 1 de maio de 1992. A Vila de Serra do Navio foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2010. 

Serra do Navio virou uma cidade fantasma. O que fazer nela? Um empresário descobriu: turismo. O empreendedor Wirley Almeida, natural de Serra do Navio, se especializou como mateiro, guiando amigos e pesquisadores por trilhas que poucos conheciam na floresta que circunda a cidade. 

– Houve uma grande fuga das pessoas daqui indo pra cidade grande procurar emprego. Então, a gente sempre escutou isso: Serra do Navio é uma cidade fantasma. Isso deixava a gente bastante triste, porque não é para quem vive aqui, nasceu aqui, tem sua família aqui. A gente fica até chateado de ouvir um negócio desses – comentou Wirley Almeida. 

Nessa época, ele descobriu a fotografia, com foco na paisagem e nos animais. 

– Comecei a ver que eu tinha um dom, comecei a fotografar e aprendi tudo na internet. Abri a minha primeira rede social e ali eu já comecei a jogar algumas fotografias que eu já tinha e vi que muita gente se interessou – disse. 

As fotos começaram a fazer sucesso nas redes sociais. 

– Quando a minha rede social bateu os 5 mil seguidores, percebi que existiam turistas na minha página, que falavam: Eu quero ir aí, com quem eu falo? Comecei a analisar os dados das fotografias, as pessoas estavam gostando muito do pôr do sol e nascer do sol, da neblina e da nossa Lagoa Azul – e começou a montar um roteiro turístico. 

Wirley Almeida criou uma agência de turismo ecológico e investiu 20 mil reais no negócio, em barracas, mochilas e artigos que aluga e são utilizados nos passeios. Resultado: vem atendendo cerca de mil turistas por ano, nos quatro anos da agência. 

Agora, vamos à Margem Equatorial. Trata-se de um lençol de petróleo em alto mar, entre a foz do Rio Oiapoque, no Amapá, e o Rio Grande do Norte, uma continuação da jazida de petróleo e gás da costa da Guiana, abrangendo cinco bacias: Foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar, em uma extensão de 2.200 quilômetros. 

Guiana, Suriname, Guiana Francesa e a Margem Equatorial Brasileira formam a Margem Atlântica Equatorial Sul-Americana (Maesa). A primeira descoberta na Maesa ocorreu em 2011, no campo Zaedyus, com reserva estimada em 11 bilhões de barris, na Guiana Francesa, onde trabalham, atualmente, 24 empresas. Até 2027, instalarão seis plataformas, com produção de 1,2 milhão de barris por dia, superior ao campo de Tupi, maior produtor brasileiro. 

A Guiana, ex-colônia da Espanha, Holanda e do Império Britânico, era um dos países mais pobres do mundo, até 2015, quando descobriram petróleo na sua costa e a ExxonMobil e a Hess, dos Estados Unidos, e a CNOOC, da China, começaram a explorar o óleo, 11 bilhões de barris, a 200 quilômetros do litoral e a uma profundidade de 1.690 metros. Agora, a Guiana cresce 45% ao ano, o maior índice de expansão econômico do planeta, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). 

No lado brasileiro se discute os riscos ambientais na exploração da Margem Equatorial, estimada em 10 bilhões de barris de petróleo. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) disse não à Petrobras para exploração de petróleo a 175 quilômetros da costa do município de Oiapoque/AP e a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas. 

O Amapá é um dos Estados mais pobres e violentos e o mais isolado do Brasil, carente de energia elétrica, saneamento básico e infraestrutura tecnológica, em país assolado pela corrupção e narcotráfico. A Margem Equatorial seria sua redenção. 

O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil) é do Amapá, mas ele está mais preocupado em blindar de um possível impeachment o ditador Alexandre de Moraes. 

O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (PT), também foi eleito pelo Amapá, mas seu foco, no momento, é defender o presidente Lula da Silva, de quem é conterrâneo, garanhuense/PE.

Condenado por corrupção em três instância e preso, Lula foi descondenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e eleito presidente da República pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em dois anos de desgoverno, o país está afundando em gastança desenfreada, corrupção, inflação e avanço do crime organizado.

Como se não bastasse, Lula vem destruindo a história de parceria entre os Estados Unidos e o Brasil, chamando o presidente americano, o republicano Donald Trump, líder mundial da Direita, de fanfarrão fascista e se aliando a ditadores e terroristas.

Se você quiser saber mais sobre o Amapá, e a Amazônia em geral, leia o romance-reportagem JAMBU, à venda no Clube de Autores e na Amazon.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Lula está destruindo o Brasil. Davi Alcolumbre e Hugo Motta assistem de camarote a desgraceira

Lula da Silva ladeado pelos seus súditos Hugo Motta e Davi
Alcolumbre (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 27 DE FEVEREIRO DE 2025 – Quando o Foro de São Paulo elegeu Lula da Silva presidente do Brasil, empossado em 1 de janeiro de 2003, o plano era os comunistas permanecerem no poder pelo menos duas décadas. Já lá se vão duas décadas e meia e eles continuam saqueando a burra, agora com um reforço: Janja, a cuidadora de Lula, que gasta desesperadamente e manda a conta para o contribuinte. 

O Foro de São Paulo, instalado em 1990, por Fidel Castro e Lula, reúne comunistas, guerrilheiros, narcotraficantes, ditadores e toda espécie de assassino da Ibero-América, com o único objetivo de destruir os Estados Unidos, mergulhando artistas e a juventude americanas em drogas, enviando para lá o máximo de bandidos e se infiltrando na política americana. 

O resultado é que o Partido Democrata está infiltrado de comunistas, que aparelharam a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (United States Agency for International Development – Usaid), de onde já desviaram trilhões de dólares e enviaram esse dinheiro para ONGs e instituições que atuam gerando caos em Estados democráticos para instalar o comunismo. 

Em 20 de janeiro de 2025, Donald Trump, do Partido Republicano, reassumiu a presidência dos Estados Unidos e empossou o gênio das telecomunicações Elon Musk no recém-criado Departamento de Eficiência Governamental, com jurisdição sobre a Usaid. 

Elon Musk, que é o homem mais bem informado do planeta, sabia o que estava acontecendo, inclusive que o último presidente democrata dos Estados Unidos, Joe Biden, colocou até a CIA para garantir que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nomeasse Lula presidente, embora as projeções eleitorais não fechassem, pois como pode alguém se eleger e não poder aparecer em público senão leva ovo de pata na cara de pau? 

Mas isso não bastava. Era preciso montar uma farsa e acusar o líder da Direita, Jair Bolsonaro, de golpe de Estado, embora ele nem estivesse no país. 

O fato é que o povo já não aguenta mais. Este é o terceiro mandado de Lula e em dois anos ele não fez porra nenhuma. A única coisa que ele faz é gastar, beber e falar merda. Ele e a mulher dele. 

Enquanto isso, seu parceiro, o ministro supremo Alexandre de Moraes, amordaça o país e mantém centenas de pessoas como presos políticos, nas quais aplica penas de 17 anos de cadeia, sem provas e sem processo legal. O mais indecente é que tem deputado preso porque emitiu opinião e a Câmara dos Deputados não faz porríssima nenhuma! 

Só nos restam duas coisas: que o bravo povo da Direita paraibana persiga Hugo Motta (Republicanos/PB), presidente da Câmara, dia e noite, na privada, na cama, no inferno, até ele pôr em votação a abertura do impeachment de Lula, antes que Lula foda com todo mundo, pois a hiena velha está alucinada. 

A outra coisa é que os tucujus, o bravo povo da Direita do Amapá, vá atrás de Davi Alcolumbre (União Brasil/AP), presidente do Senado, mesmo que ele esteja em reunião com satanás, para apearem Alexandre de Moraes, antes que o ditador da toga comece a acreditar que é o próprio Hitler tupiniquim. 

De qualquer modo, temos Donald Trump e Elon Musk. Alexandre de Moraes já não pode mais visitar seu amigo Pateta na Disneylandia, mas continua acusando, julgando, condenando e censurando meio mundo, sem nem sequer cuspir na mandioca.

Mas os 11 supremos não estão nem aí para Trump, muito menos para Musk. O orçamento do Supremo Tribunal Federal (STF) é maior do que o da família real britânica. Em 2024, o orçamento do Supremo foi de 897,6 milhões de reais, 39% superior aos gastos da Família Real britânica, que custou 645,1 milhões de reais ao Reino Unido, segundo levantamento do portal Poder 360.

Enquanto os supremos passam a lagosta, o povo come ovo de galinha, já que ovo de pata e de ema, receitados por Lula, estão o olho da cara.

domingo, 23 de fevereiro de 2025

Janja dará o empurrão final em Lula da Silva. Leia no thriller político O OLHO DO TOURO, sequência de O CLUBE DOS ONIPOTENTES

Janja dá corda para Lula pular sem paraquedas do Aerolula

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 23 DE FEVEREIRO DE 2025 – Trecho do thriller político O OLHO DO TOURO é profético. Leia-o: “Lula voltou ao poder, mas não o recuperou, pois retornou a ele juntamente com seu passado pantanoso, com o agravante de que, agora, portava um vírus mortal: Rosângela Lula da Silva, a Janja. 

“Nascida em União da Vitória/PR, em 27 de agosto de 1966, socióloga, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) desde 1983, divorciada de Marco Aurélio Monteiro Pereira, é a terceira esposa de Lula. Em 1 de janeiro de 2005, aos 38 anos, Janja recebeu uma sinecura na Itaipu Binacional. Entre 2012 e 2016, Lula a guindou a assessora de comunicação e relações institucionais da Eletrobrás, no Rio de Janeiro. Voltou a Itaipu em 2016, até 1 de janeiro de 2020, quando foi apeada da mamata. 

“Lula conhecia Janja desde a década de 1990, mas se engataram durante uma partida de futebol na inauguração do campo Dr. Sócrates Brasileiro, na Escola Nacional Florestan Fernandes do Movimento Sem-Terra (MST), em Guararema/SP, em 2017. Lula já era viúvo de Marisa Letícia Lula da Silva, sua segunda esposa, que falecera em fevereiro daquele ano. Lula integrou o time Amigos de Chico Buarque, que jogou contra o Veteranos do MST. Houve empate de 5x5. 

“No Dia dos Namorados de 2018, Lula estava enjaulado na sede da Polícia Federal, em Curitiba, e Janja o visitou. A partir daí ela quase se muda para lá e passou a fazer triagem e monitoramento de quem tinha contato com seu precioso namorado. No dia 18 de maio de 2022, Lula e Janja se casaram em São Paulo e foram morar em um sobrado de 700 metros quadrados, alugado, no bairro Alto de Pinheiros, na capital paulista. 

“Em 1 de janeiro de 2023, Janja se tornou a mais deslumbrada primeira-dama do Brasil. Desde então, o país se tornou a república do carnaval permanente e da gastança desenfreada. O casal começou, ainda antes da posse, uma peregrinação internacional bilionária e absolutamente inútil. Quanto a Lula, velho e doente, ganhou uma cuidadora para encaixar sua fralda geriátrica. Janja deixou claro: quer suceder Lula na sonhada ditadura comunista da União das Repúblicas Comunistas da Ibero-América”. 

O OLHO DO TOURO faz parte de uma trilogia que começou com O CLUBE DOS ONIPOTENTES e será encerrada com um volume em gestação, previsto para ser publicado em 2026. 

O fio da meada da trilogia é a tentativa da Esquerda, usando trilhões de dólares desviados da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (United States Agency for International Development – Usaid), assassinarem os dois maiores líderes mundiais da Direita: Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente do Brasil. 

A trilogia desmitifica o comunismo, que não passa de uma máfia internacional, a pior delas; conta minuciosamente como foi criado o Foro de São Paulo, que pretende tornar a Ibero-América a União Soviética tropical, com o Brasil como a cereja do bolo e o próprio bolo; traça o perfil psicológico de Lula da Silva, psicopata; e revela o porão da ditadura da toga. 

Ambos os volumes publicados têm como pano de fundo o ambiente diabólico dos comunistas brasileiros. Em primeiro plano, personagens de ficção se misturam a pessoas reais, vivas ou mortas. O resultado final é um Brasil que todos devem conhecer nas páginas desses livros, para não serem vítimas, novamente, do que está ocorrendo: a tentativa de desarmarem e empobrecerem a população para destruir as famílias e as instituições sociais, a fim de que o Estado canceroso possa melhor se alimentar.

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Iasmim, 35 anos


RAY CUNHA


Nasceu como centelha divina e se tornou jasmim

Na sua caminhada, aonde quer que vá,

Jardins se iluminam ao sol, intermináveis,

E todos sentem, nessas bênçãos, paz infinita

 

Ao percorrer o que nunca termina

Jasmim leva sua luz a toda parte

Espalhando harmonia, alegria, risos

Muito além da Terra, da galáxia, do espaço

 

Ela nasceu para amar, para fazer feliz tudo

Garantir esperança, a certeza de melhores dias.

Agora, mulher, flor que a tudo perfuma

 

Em uma nave grande como uma cidade azul

Sua jornada quântica se eterniza

No mar de éter, que não acaba nunca

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Trilogia mistura ficção com realidade para contar a saga do líder da Direita, Jair Messias Bolsonaro, ameaçado de ser preso e assassinado

BRASÍLIA, 21 DE FEVEREIRO DE 2025 – Os thrillers O CLUBE DOS ONIPOTENTES e O OLHO DO TOURO, de Ray Cunha, têm como trama a tentativa da Esquerda brasileira, financiada pelos comunistas infiltrados no Partido Democrata dos Estados Unidos, de tentar assassinar o líder da Direita, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, além do presidente republicano dos Estados Unidos, Donald Trump. Quase conseguem matar os dois. 

Unindo uma trama de ficção com jornalismo investigativo, por meio de personagens fictícias e reais, vivos e mortos, os dois romances-reportagem mergulham na tentativa de se instalar uma nova ordem mundial, comandada pelos comunistas, o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Foro de São Paulo, e os dois principais artífices das ditaduras na Ibero-América: Fidel Castro e Lula da Silva. 

Condenado nas três instâncias, Lula da Silva foi tirado da cadeia pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e eleito presidente da República pelo Superior Tribunal Eleitoral (TSE), com apoio do ex-presidente democrata dos Estados Unidos, Joe Biden. Logo depois da posse de Lula, em 1 de janeiro de 2023, o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, acusou Bolsonaro de golpe de Estado, sem a mais miserável prova. 

Atualmente, segundo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL/SP), continuam tentando prender seu pai, com a acusação fajuta de golpe de Estado, para o assassinarem na cadeia. 

É disso que trata a trilogia, que terá o último volume lançado em 2026. 

Ray Cunha mergulhou no labirinto da nova ordem mundial

Ray Cunha nasceu em Macapá/AP, na Amazônia Oriental, em 1954. Começou sua carreira jornalística em 1975, como repórter policial no Jornal do Commercio de Manaus. A partir daí, trabalhou, como repórter, redator e editor em todos os grandes jornais impressos da Amazônia, até 1987, quando se mudou para Brasília/DF, onde também trabalhou em todos os grandes jornais da capital. No Correio Braziliense, foi redator da Capa e subeditor de Cidades e de Cultura. 

Em Brasília, foi repórter do extinto portal ABC Politiko e correspondente do Portal do Holanda, de Manaus, cobrindo o Congresso Nacional. 

É autor dos romances: A IDENTIDADE CARIOCA, JAMBU, FOGO NO CORAÇÃO, HIENA, A CONFRARIA CABANAGEM e A CASA AMARELA, além de O CLUBE DOS ONIPOTENTES e O OLHO DO TOURO; dos livros de contos AMAZÔNIA e TRÓPICO; e do livro de poemas DE TÃO AZUL SANGRA, todos à venda no Clube de Autores e na Amazon.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Governo Lula acabou. Agora, tentam prender Bolsonaro sob a acusação de golpe de Estado, quando atentado é a própria peça de acusação

O CLUBE DOS ONIPOTENTES e O OLHO DO TOURO (Clube de Autores)

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 19 DE FEVEREIRO DE 2025 – O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), terça-feira 18, sob a acusação de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e deterioração de patrimônio tombado. O processo correrá na Primeira Turma do Superior Tribunal Federal (STF), formada pelos ministros Alexandre de Moraes (relator do caso), Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino. O quinteto tem sangue nos olhos. 

Outras 33 pessoas foram denunciadas juntamente com Bolsonaro, incluindo o general de quatro estrelas Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e vice na chapa de Bolsonaro, em 2022. 

A PGR sustenta que Bolsonaro liderou um plano de golpe de Estado após ter perdido a eleição de 2022 para o atual presidente Lula da Silva. O plano teria desaguado no ataque à Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023. 

O problema é a peça acusatória, baseada na delação premiada do coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro e preso desde maio de 2022, torturado psicologicamente durante meses. Porém, segundo Mauro Cid declarou publicamente, não houve golpe algum. Até porque não há a mais remota prova disso. 

A julgar pelas penas absurdas que Alexandre de Moraes está aplicando a donas-de-casa, também acusadas de golpe de Estado, apenas porque estavam na Praça dos Três Poderes durante a manifestação contra Lula, em 8 de janeiro de 2023, se Bolsonaro for condenado sairá nonagenário da prisão, se sair. 

Segundo declarou publicamente seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL/SP), o ex-presidente seria assassinado na prisão. O verbo está no condicional pelo seguinte: Bolsonaro será preso? Seu maior parceiro na luta contra a quadrilha comunista global, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, deixará barato? Para juristas, jornalistas e câmeras instaladas nas sedes dos três poderes, o golpe de Estado foi apenas uma baderna, e ainda assim infiltrada por esquerdistas. 

A denúncia contra Bolsonaro é vista como uma cortina de fumaça. Veio logo depois que o governo Lula da Silva (PT) foi liquidado. Segundo o Datafolha, a aprovação do governo Lula desabou para 24%, a pior nos três mandatos. Foi verificada uma queda de 11% em apenas dois meses. O Datafolha ouviu 2.007 brasileiros em 113 municípios, entre 10 e 11 de fevereiro. 

Quanto a Alexandre de Moraes, que persegue Bolsonaro incansavelmente, foi alcançado por uma empresa de Donald Trump, a Trump Media & Technology Group (TMTG), que entrou, hoje, com processo contra o ministro em um tribunal federal em Tampa, no Estado da Flórida, acusando-o de infringir a Primeira Emenda da Constituição americana, que trata da liberdade de expressão, por ter ordenado a rede social Rumble a retirar as contas de alguns comentaristas de Direita brasileiros baseados em território americano, como o ex-colunista da Jovem Pan, Paulo Figueiredo. 

“Desde 2022, o ministro Moraes teria ordenado a suspensão de quase 150 contas, visando críticos do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, incluindo legisladores conservadores, jornalistas, juristas e até músicos” – argumentam os advogados da TMTG, que citam também a queda de braço do bilionário Elon Musk, dono da rede X, com Moraes e o STF. 

Os advogados argumentam que a empresa de Trump usa tecnologias da Rumble e que poderia ser afetada pelas decisões de Moraes. O Rumble chegou a interromper suas operações no Brasil, em 2023, após ordens do ministro de remoção de conteúdo. 

Por que Bolsonaro incomoda tanto? Em 6 de setembro de 2018, o então deputado federal Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL/RJ), participou de um comício em Juiz de Fora (MG), em campanha eleitoral para a presidência da República. Como vinha acontecendo nas suas aparições públicas, o capitão reformado do Exército atraía centenas de milhares de apoiadores, pois representava a esperança de que o Brasil, finalmente, se livraria das garras da corrupção, que o exauria, como um gigante minado por microrganismos. 

Invariavelmente, a multidão acabava por carregá-lo nessas aparições. Enquanto era carregado, naquele mar de pessoas, Bolsonaro sentiu uma espécie de soco no baixo ventre, mas fora um golpe de peixeira, que quase o transfixa. O autor, Adélio Bispo de Oliveira, foi agarrado na hora. 

Os agentes da Polícia Federal que cuidavam da segurança de Bolsonaro, prevendo uma ocorrência como essa, já vinham planejando rotas para hospitais a cada encontro do candidato com as multidões; assim, ele foi transportado rapidamente para a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. Ao chegar à sala de cirurgia, Bolsonaro já perdera metade do seu sangue. A facada atingiu a veia mesentérica superior e os intestinos grosso e delgado. 

Adélio foi preso em flagrante pela Polícia Federal. Após dez meses de investigações, em junho de 2019, a PF concluiu que Adélio agiu sozinho, que não houve mandante, e, no dia 14 daquele mês, o juiz federal Bruno Savino converteu a prisão preventiva de Adélio em internação por tempo indeterminado na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. 

Adélio Bispo de Oliveira nasceu em Montes Claros/MG, em 6 de maio de 1978; tinha, portanto, 40 anos em 2018. Ele afirmou que eviscerou Bolsonaro “a mando de Deus”, mas no seu perfil no Facebook, à época, demonstrava mais envolvimento com política do que com Deus. Na sua página constavam críticas à classe política em geral, especialmente ao então presidente Michel Temer, além de teorias da conspiração contra a Maçonaria. Foi filiado ao Partido Socialismo e Liberdade (Psol), esquerdistas radicais, entre 2007 e 2014, e respondia a um processo por lesão corporal. 

Em 5 de julho de 2018, no Clube de Tiro 38, em São José, na Grande Florianópolis/PR, andou xeretando dois filhos de Bolsonaro, que frequentavam o local. Aproveitou, em Florianópolis, para comprar a peixeira com a qual pretendia eliminar o candidato. O telefone celular de Adélio continha a agenda de Bolsonaro, com fotos dos locais onde ele estaria, em Juiz de Fora, como, por exemplo, o hotel onde o presidenciável almoçaria com empresários, bem como a Câmara Municipal de Juiz de Fora. 

Duas testemunhas afirmaram que Adélio se aproximou de Bolsonaro, em meio à multidão, como quem pretendia fotografá-lo, mas, em vez disso, enterrou fundo a faca no ventre do candidato e puxou-a a seguir, mas alguém que acompanhou o ato de Adélio conseguiu pegar a faca e a entregou a um vendedor de frutas nas proximidades. O vendedor colocou a faca em uma sacola plástica e a entregou à Polícia Federal. A perícia confirmaria que o sangue encontrado na lâmina era mesmo de Bolsonaro. Nos minutos seguintes, quatro advogados foram contratados, misteriosamente, para defender Adélio Bispo. 

No dia seguinte, 7 de setembro, Bolsonaro foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, pois seu estado era grave e no Einstein havia mais recursos. Ficou internado, submetendo-se a várias cirurgias, até 29 de setembro, indo então para casa. O homem era um búfalo em resistência. 

Mas por que, após a Ditadura dos Generais (1964-1985) e 13 anos de aparelhamento do estado por Lula e o PT (2003-2016), um capitão reformado do Exército empolga tanto os brasileiros? 

Jair Messias Bolsonaro nasceu em Glicério, município no noroeste do estado de São Paulo, e foi registrado dez meses depois, em 1 de fevereiro de 1956, em Campinas/SP, onde morava parte de sua família, de imigrantes italianos e alemães. Seu nome, Jair, foi sugerido por um vizinho de Percy Geraldo Bolsonaro e Olinda Bonturi, pais da criança, em homenagem a Jair Rosa Pinto, meia-esquerda da Seleção Brasileira de Futebol. O jogador, que fazia aniversário naquele dia, atuava no Palmeiras, time pelo qual Percy torcia. Assim, Jair foi incorporado a Messias Bolsonaro. Messias porque Olinda Bonturi teve uma gravidez complicada e considerava milagre o nascimento do filho. 

A família mudou-se para várias cidades durante a infância de Bolsonaro, inicialmente para Ribeira e depois para Jundiaí e Sete Barras, e, finalmente, em 1966, para Eldorado, no Vale do Ribeira, onde Bolsonaro cresceu, juntamente com seus cinco irmãos, e completou o ensino médio no Científico Estadual de Eldorado Paulista. Aos 15 anos, em 1971, ele e alguns amigos seus informaram aos militares sediados em Eldorado sobre possíveis esconderijos de Carlos Lamarca no Vale do Ribeira, onde montou um campo de treinamento para a guerrilha contra os militares, que governavam o país desde 1964, quando abortaram uma revolução comunista. 

Em 1973, Bolsonaro entrou para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), mas o que ele queria mesmo era entrar para a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), de modo que no fim daquele ano, após alguns meses na EsPCEx, foi aprovado em concurso para a Aman, onde se formou em 1977. Naquele ano, integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, e após concluir o curso serviu como aspirante a oficial no Vigésimo Primeiro Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), em São Cristóvão, bairro do Rio de Janeiro, cidade que adotaria desde então. Depois, serviu no Nono GAC, em Nioaque/MS, de 1979 a 1981, quando nasceu seu primeiro filho, Flávio. 

Em 1982, ingressa na Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx) e nasce seu segundo filho, Carlos. Formado em Educação Física, foi servir no Oitavo Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista, em Deodoro, bairro do Rio de Janeiro, e, em 1987, ingressa na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO). 

Em 1986, já como capitão, no Oitavo Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista, Bolsonaro pegou 15 dias de cana, por ter publicado, na seção Ponto de Vista, da revista Veja de 3 de setembro de 1986, o artigo O salário está baixo, argumentando que o desligamento de dezenas de cadetes da Aman se devia aos baixos soldos pagos aos militares, e não a desvios de conduta, como argumentava a cúpula do Exército. Bolsonaro recebeu cerca de 150 telegramas de solidariedade de todo o país e apoio de oficiais do Instituto Militar de Engenharia (IME) e de esposas de oficiais, que se manifestaram em frente ao complexo militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Dois anos depois, foi absolvido pelo Superior Tribunal Militar (STM). 

Em 27 de outubro de 1987, a repórter Cássia Maria, de Veja, publicou matéria sobre a operação denominada Beco Sem Saída, que consistiria em explodir bombas de baixa potência na Adutora do Guandu, que abastece de água ao município do Rio de Janeiro, em banheiros da Vila Militar, da Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende/RJ, e em alguns quartéis, com o objetivo de protestar contra o baixo salário dos militares. Bolsonaro teria desenhado o croqui de onde a bomba seria colocada na Adutora do Guandu. 

A partir da matéria publicada por Veja, o Ministério do Exército realizou uma investigação de quatro meses, com base na qual o Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu, por unanimidade, em 19 de abril de 1988, que Bolsonaro era culpado, condenando-o à perda da patente. Bolsonaro alegou que a matéria de Veja era uma fraude para aumentar a tiragem da revista, e em junho daquele ano o Superior Tribunal Militar (STM) reconheceu que as provas documentais eram insuficientes e absolveu Bolsonaro, que, ainda naquele ano, foi para a reserva, preservando sua patente de capitão. 

Descobrira que, como político, poderia ser muito mais útil ao país, concorrendo a uma vaga de vereador do Rio de Janeiro, elegendo-se naquele ano de 1988. Dois anos depois, em outubro de 1990, elegia-se deputado federal, também pelo PDC. Viriam em seguida outros seis mandatos sucessivos, em oito partidos. 

Em fevereiro de 2017, Bolsonaro concorre pela terceira vez ao cargo de presidente da Câmara dos Deputados, obtendo apenas quatro votos. Ele já havia disputado o mesmo cargo em 2005 e 2011, tendo sido derrotado em todas essas tentativas. Na Câmara, foi titular da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. 

Em 2018, depois de estudar minuciosamente o país, que atravessa, naquele momento, inacreditável corrupção, lançou-se candidato à Presidência da República, com apoio da internet, sob o lema: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. No primeiro turno, em 7 de outubro de 2018, obteve 49.276.990 votos, 46,03% dos votos válidos; no segundo turno, em 28 de outubro, obteve 57.797.847 votos, 55,13% dos votos válidos contra Fernando Haddad, do PT, um professor universitário mais conhecido como poste de Lula, que, por sua vez, estava preso e impedido de participar das eleições. 

Bolsonaro foi eleito praticamente sem gastar nada, utilizando basicamente a internet, mas sua principal promessa de campanha era não ceder nem um milímetro a fisiologismo de partido. Isso, e a percepção que a população começava a sentir de que o país estava escorregando para o ventre da besta, foram os fatores que levaram à vitória de Bolsonaro. 

Eviscerado por Adélio Bispo, militante do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), de extrema esquerda, preso em flagrante e assistido por advogados que estariam sendo pagos pelo Primeiro Comando da Capital, o PCC, que controla tráfico de drogas, roubo de cargas, assalto a bancos e sequestros, com faturamento anual em torno de 600 milhões de reais, o capitão do Exército e deputado federal conservador Jair Messias Bolsonaro sobrevive e assume a Presidência, em 1 de janeiro de 2019.      

O Sistema começa perseguição implacável a ele, durante seus quatro anos de mandato. E ainda teve que enfrentar a pandemia do vírus chinês. 

“O inimigo do Brasil não é externo, é interno. Não é uma luta da esquerda contra a direita. É uma luta do bem contra o mal. Para defender a liberdade e a nossa democracia tomarei a decisão contra quem quer que seja. E a certeza do sucesso é que eu tenho um exército ao meu lado, e esse exército é composto de cada um de vocês” – afirmou Bolsonaro. “Sempre disse que iria jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Por vezes, me embrulha o estômago ter de jogar dentro das quatro linhas, mas eu jurei, e não foi da boca para fora, respeitar a Constituição. Aqueles que estão ao meu lado, todos, em especial os 23 ministros, eu digo-lhes: vocês têm obrigação de, juntamente comigo, fazer com que quem esteja fora das quatro linhas seja obrigado a voltar para dentro.” 

Enquanto Bolsonaro jogava dentro das quatro linhas, o Supremo o cercou dentro do campo. Em 29 de abril de 2020, o ministro Alexandre de Moraes suspendeu a posse do novo diretor-geral da Polícia Federal, Alexandre Ramagem, indicado por Bolsonaro, atendendo a um mandado de segurança do PDT (Partido Democrático Trabalhista). A acusação é insana: tentativa de interferência política na Polícia Federal. Foi aí que Alexandre de Moraes começou a dar as cartas. 

O segundo turno das eleições presidenciais de 2022 foi realizado no dia 30 de outubro, último domingo do mês.  Estavam aptos a votar, no país e no exterior, 156,4 milhões de brasileiros. Venceu, com mais de 60 milhões de votos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a chapa Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), e Geraldo Alckmin, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), respectivamente presidente e vice, empossados em 1 de janeiro de 2023, para um mandato de quatro anos, duas décadas depois de Lula chegar ao poder e para cumprir um terceiro mandato, aos 77 anos, e já afirmando que Bolsonaro, ou qualquer outro candidato de direita, não ganharia dele em 2026. 

As urnas eletrônicas, impossíveis de auditar, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) praticamente impedindo Bolsonaro de fazer qualquer tipo de campanha, justificaram vitória a Lula e ninguém pôde dizer que não, pois não havia como comprovar fraude, embora o candidato derrotado, Jair Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), tenha ganhado em mais unidades federativas e nos maiores colégios eleitorais: Acre, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo. 

Lula venceu em Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. Votos nulos e brancos – 5,7 milhões – foram mais do que a diferença de votos entre os dois candidatos – 2,1 milhões. Durante e após as eleições, aonde quer que Bolsonaro fosse, era ovacionado por multidões e Lula, apedrejado verbalmente. 

Desde 30 de outubro de 2022, quando saiu o resultado do segundo turno das eleições, o povo, em todo o país, foi para as ruas e bloqueou rodovias. Como Alexandre de Moraes ameaçou mandar prender os manifestantes, acamparam na frente de quartéis das Forças Armadas. Em Brasília, o acampamento foi instalado em frente ao Quartel-General do Exército. Em 8 de janeiro de 2023, o Supremo determinou o desmonte dos acampamentos. 

No meio da tarde, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Gonçalves Dias, abriu as portas do Palácio do Planalto para um grupo de blacks blocs depredarem o prédio, juntamente com o Congresso Nacional e a sede do Supremo. As imagens das câmeras são claras. Dezenas de pessoas invadem os palácios dos três poderes e depredam obras de arte e objetos de valor histórico, como As Mulatas, de Di Cavalcanti, avaliado em oito milhões de reais, rasgado a faca, e defecam no Palácio do Planalto e no Supremo. Tudo armado. Lula sabia o que estava acontecendo, bem como seu ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. As câmeras não mentem. Mas Dino deu fim nos vídeos mais incriminadores. 

Na Praça dos Três Poderes e no acampamento montado no Quartel-General do Exército, 1.418 pessoas, entre adultos, velhos e crianças, que não sabiam o que estava acontecendo dentro dos palácios, foram presas pela Polícia Federal, como terroristas, acusados pela depredação das sedes dos três poderes e de golpe, e encerradas no Complexo Penitenciário da Papuda e na penitenciária feminina da Colmeia, ameaçadas de pegar até 30 anos de cadeia. 

Alegando que o governo do Distrito Federal foi incompetente para impedir a quebradeira nos palácios, Lula decreta intervenção federal no DF, até 31 de janeiro de 2023. Alexandre de Moraes determina o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias, e manda prender o secretário de Segurança Pública e ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, Anderson Torres – que se encontrava, no momento, em Orlando, nos Estados Unidos –, como partícipe das depredações. O golpe estava aplicado. Bolsonaro seria acusado de tentar a tomada do poder com a farsa montada pelo sistema. 

Até março, 2.182 pessoas, que estavam fora dos palácios na Praça dos Três Poderes, foram presas, como terroristas, entre homens, mulheres, jovens, velhos e até crianças, famílias inteiras. Meses depois, o ministro Fernando de Moraes começou a condená-las com penas que nem assassinos recebem no Brasil, com o Congresso Nacional caladinho. 

Em 26 de abril, parlamentares bolsonaristas conseguem emplacar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Golpe, para investigar a destruição dos palácios e quem teria financiado os criminosos. Quando os petistas viram que a CPMI ia ser instalada, aparelharam-na, impondo, por maioria, a relatora. O Congresso Nacional já teve nos seus quadros brasileiros brilhantes, mas a base sai sempre dos esgotos das unidades federativas. A relatora, senadora Eliziane Gama (Cidadania/MA), uma jararaca sombria, já chegou com o relatório pronto, indiciando Jair Messias Bolsonaro. Amicíssima do ministro da Justiça, Dino, empregou vários parentes seus com altos salários na máquina pública federal em troca do trabalho infame que ela realizou. 

No início de agosto, vazamento de imagens das câmeras dos palácios e documentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) mostram que os depredadores foram introduzidos nos palácios pelo próprio governo Lula, coordenados pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e pelo general Gonçalves Dias, exonerado do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) exatamente porque foi pego com as calças nas mãos, em flagrante, pois cometeu um erro crasso: esqueceu de adulterar as câmeras. 

Ninguém entendia de onde saiu o poder de Alexandre de Moraes, que rasgou a Constituição e começou a comandar seus dez companheiros de clube. Aí veio a campanha para as eleições nos Estados Unidos. 

Atlanta, Estados Unidos, 27 de junho de 2024. Joe Biden e Donald Trump debatem em Atlanta. Biden lembra um zumbi; seu desempenho fica no nível de Dilma Rousseff. Após o debate, democratas influentes sugerem que Biden deve encerrar sua carreira política e os financiadores da campanha ameaçam congelar suas doações. 

– Quando você é derrubado, você se levanta – Biden reage. Mas não consegue se levantar. 

13 de julho: Donald Trump escapa de ser morto em comício eleitoral na Pensilvânia. 

– Nossa solidariedade ao maior líder mundial do momento. Esperamos sua pronta recuperação. Nos veremos na posse – diz o ex-presidente Jair Bolsonaro. 

– Torço por sua rápida recuperação – diz Elon Musk. 

– A bala que lhe atingiu a cabeça não é apenas um ataque à democracia, mas a todos nós que defendemos e habitamos o mundo livre – diz Javier Milei, presidente da Argentina, expressando o “mais veemente repúdio à tentativa de assassinato contra o ex-presidente e candidato presidencial Donald Trump”. 

O autor do disparo contra Trump foi Thomas Matthew Crooks, 20 anos, republicano, mas que fez doação para grupo democrata em 2021.      No dia do atentado, Crooks pediu folga no trabalho. Ele foi avistado 20 minutos antes de atirar contra Trump, às 17h52, no telhado do prédio onde o Serviço Secreto se alojou, a cerca de 120 metros de distância do palco onde Trump faria seu discurso. Trump subiu ao palco às 18h02. 

Às 18h12, Crooks começa a atirar. Um agente do Serviço Secreto abate o atirador 26 segundos após o primeiro tiro. Em 25 segundos, Crooks alvejou quatro pessoas, incluindo Trump, que sofreu um ferimento de bala na orelha direita. Entre os três participantes do comício baleados o bombeiro voluntário Corey Comperatore, de 50 anos, foi morto protegendo sua família dos tiros. 

Crooks usou um fuzil AR-15, semi-automático, calibre de 5.56., do seu pai. De fabricação americana, o AR-15 surgiu nos anos 1970 e foi utilizado na Guerra do Vietnã. No Brasil, é usado por traficantes do Rio de Janeiro. Trata-se de um fuzil de precisão e na distância em que Crooks estava de Trump não havia como errar. A bala destinada a Trump estouraria sua cabeça, mas no último instante Trump moveu a cabeça para o lado e a bala passou de raspão pela orelha direita. 

Pelo jeito, Crooks foi ajudado por alguém do próprio Serviço Secreto. 

21 julho 2024: Joe Biden joga a toalha e anuncia que desiste de sua candidatura à reeleição e indica para substituí-lo a vice-presidente, a comunista Kamala Harris, que recebe apoio do casal Bill e Hillary Clinton. 

– O desonesto Joe Biden não estava apto para concorrer à presidência e certamente não está apto para servir – e nunca esteve – atacou Donald Trump nas redes sociais. – Ele só alcançou a posição de presidente com mentiras. Todos ao seu redor, incluindo seu médico e a mídia, sabiam que ele não era capaz de ser presidente, e ele não era. 

Assim que foi empossado, em 20 de janeiro, Donald Trump descobriu toda a trama, que explica a perseguição a Bolsonaro. A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (United States Agency for International Development – Usaid), criada em 1961 pelo presidente John Kennedy, é a maior agência oficial de ajuda humanitária do mundo, respondendo por mais da metade da assistência externa dos Estados Unidos, atuando em mais de 100 países. 

Durante a campanha à Presidência da República, em 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) amordaçou o candidato Jair Messias Bolsonaro, que pleiteava a reeleição, e deixou o campo livre para Lula da Silva, tirado da prisão para concorrer com Bolsonaro. Ninguém entendeu o que estava se passando. 

Em janeiro passado, Donald Trump (Partido Republicano) reassumiu a presidência dos Estados Unidos e empossou o gênio das telecomunicações Elon Musk no recém-criado Departamento de Eficiência Governamental. Musk descobriu que os trilhões de dólares que os Estados Unidos reservam para ajudar países em dificuldade estavam sendo usados pela Usaid pela Esquerda internacional, para lavagem cerebral de estudantes, compra de jornalistas, censura nas redes sociais, aborto e toda sorte de desgraças perpetradas pelos comunistas. 

Já ficou claro, também, que o governo de Joe Biden, do Partido Democrata, que esconde os comunistas americanos, influiu nas eleições de 2022 no Brasil, por meio da Central Intelligence Agency (Agência Central de Inteligência – CIA), apoiando o establishment da Esquerda, que se empenha em eliminar Bolsonaro. 

Alexandre de Moraes e seus companheiros do Supremo conseguirão prender Bolsonaro? Lula conseguirá convencer o povo brasileiro de que boa mesmo é a democracia do seu amigaço Nicolás Madulo, o carniceiro da Venezuela? De que bom mesmo é comer ovo de pata, ema ou de bicho de casco? E se estiver caro é só não comprar! Não demora e ele receitará ao povo faminto ovo da própria raça de Lula: jacaré. 

Se você quer compreender minuciosamente o que está acontecendo, os antecedentes da ditadura atual e a perseguição implacável contra Bolsonaro, leia O CLUBE DOS ONIPOTENTES e O OLHO DO TOURO, deste autor.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Rio, Meca da bandidagem, sediará cúpula dos Brics. Lula procura usar o clube contra os EUA

Brics se reunirá no Rio, Meca da bandidagem internacional

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 17 DE FEVEREIRO DE 2025 – O ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, anunciou, sábado 15, ao lado do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que, este ano, a cúpula do Brics – grupo político que reúne principalmente três ditaduras, Brasil, China e Rússia, no caso do Brasil, a ditadura é da toga – será na Cidade Maravilhosa, Meca do banditismo internacional, nos dias 6 e 7 de julho. 

– É um grande prazer mais uma vez estreitar a colaboração e a parceria entre Governo Federal e o Rio de Janeiro. Receberemos os chefes de Estado dos 20 países que integram o Brics nas duas categorias, de membros plenos e parceiros – disse Mauro Vieira. – Vamos tomar decisões muito importantes para o desenvolvimento, para a cooperação e para a melhoria da condição de vida de todos os habitantes desses países. 

Eduardo Paes soltou foguete: 

– O Rio mais uma vez será a capital do mundo. Foi assim no G20, ano passado, e agora com o Brics – comemorou. 

O Brasil preside o Brics desde 1 de janeiro, até 31 de dezembro. Segundo a coordenadora-geral da presidência do Brics, ministra Paula Barboza, do Ministério das Relações Exteriores, a instituição vai focar, este ano, na “reforma da governança global”. Para o presidente do Brics, Lula da Silva, isso quer dizer criar uma moeda que sufoque o dólar e minar a hegemonia americana no planeta, alçando a China como a manda-chuva do mundo. 

Como militante do Foro de São Paulo, Lula sente ódio visceral dos Estados Unidos, especialmente de Donald Trump, e de vez em quando sua bílis espirra na sua voz de zumbi. Outro dia ele chamou Trump de fascista e de cachorro que late, mas não morde. 

Aliás, essa história de criar uma moeda que sufoque o dólar lembra algo ainda mais estúpido. Na época em que a Argentina era refém da Esquerda, Lula estava assanhado para criar uma moeda única do Brasil e Argentina, que, na época, estava igual o Brasil, hoje, com inflação, corrupção na estratosfera e dívida pública aumentando, o que o atual presidente argentino, Javier Milei, de Direita, já consertou. 

– Por que não tentar criar uma moeda comum como se tentou entre os países dos Brics? Acho que, com o tempo, isso vai acontecer. E acho que é necessário que aconteça – disse Lula, à época, visando pôr o dólar de lado. Não que Lula não goste de dólar. Até porque o dólar americano é fundamental para a maioria das operações financeiras e comerciais em todo o planeta. 

O ministro da Fazendo, Fernando Taxad, vai mais longe: defende uma moeda comum para toda a América do Sul. Para ele, isso poderia criar uma defesa a sanções impostas pelos Estados Unidos. Como assim? 

A ideia de se criar uma moeda comum do Brics é de Lula. Demente, ele como compreende que o mercado não é algo artificial; tem leis próprias. E depois, quem vai confiar na China, uma ditadura totalitária, tão hermética quanto a da Coreia do Norte? 

Qualquer moeda do mundo oscila de acordo com o dólar. Ponto final. Os Estados Unidos são o país mais confiável do planeta. Além de ser o mais rico, é uma democracia sólida. 

O Brics foi criado em 2009, um clube reunindo incialmente Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, daí sua sigla, que pega a inicial de cada país e o “S” da África do Sul. O objetivo exposto é o de esses países se apoiarem comercialmente. Mas isso já é feito. O verdadeiro objetivo é acabar com os Estados Unidos, como é o objetivo do Foro de São Paulo, criado por Lula e o ditador-zumbi Fidel Castro. 

Atualmente, há duas categorias de participação no Brics: países membros e países parceiros. Os 11 membros são: África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia. 

Os parceiros são: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. 

Para se ter uma ideia da seriedade do Brics, Lula pôs Dilma Rousseff para presidir o Banco do Brics, também conhecido como Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). Dilma recebeu impeachment da Presidência da República do Brasil por incompetência. Seu salário no Brics é de 2,5 milhões de reais por ano, com tudo pago em Xangai, na China. Mas seu mandato só irá até julho. Depois disso, deverá voltar para o Brasil.

domingo, 16 de fevereiro de 2025

A identidade carioca. O Rio é uma ilha de fantasia e Eduardo Paes é perito em circo

Distração da violência no dia 3 de maio: circo com a
cantora e atriz americana Lady Gaga em Copacabana

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 16 DE FEVEREIRO DE 2025 – As cidades são como as mulheres: misteriosas, uterinas, portos seguros, absolutamente necessárias. Existem as cidades natais, as cidades onde moramos, levados pelas circunstâncias, e as que amamos. Quando podemos morar na cidade que amamos é como viver com a mulher amada. Não importa, porém, onde moremos, devemos ser sempre gratos à cidade que nos acolhe. E por mais que não moremos na cidade que amamos, ela estará sempre lá, feérica, maravilhosa. 

Cada país tem uma cidade que todos amam, ou que, ao menos, ninguém possa ignorá-la. Por exemplo, os Estados Unidos têm Nova York; a França, Paris; a Itália, Roma; a Espanha, Madrid; a Amazônia, Belém do Pará; o Brasil, Rio de Janeiro. O fio da meada do meu romance histórico A IDENTIDADE CARIOCA é que o Rio de Janeiro foi o epicentro histórico e geográfico da formação do Brasil, da identidade brasileira. Antes dele, dizia-se que fulano era da província da Bahia, ou da província de São Paulo, ou do Grão-Pará; a partir dele, começou-se a usar o gentílico brasileiro. E para lá convergiram os grandes artistas nacionais, e continuam convergindo. 

Situado na paradisíaca Baía de Guanabara, no Atlântico, o Rio de Janeiro é o maior destino turístico brasileiro, da Ibero-América e do Hemisfério Sul. Trata-se da cidade brasileira mais conhecida no exterior, assim como um de seus bairros e praia: Copacabana. É a segunda maior metrópole do Brasil, com mais de 6 milhões de habitantes, atrás somente de São Paulo. O Rio é conhecido como Cidade Maravilhosa. Quem mora nele são os cariocas, naturais ou por adoção. 

O Rio exerce influência nacional, seja do ponto de vista cultural, econômico ou político. Por ser geograficamente tão paradisíaca e culturalmente tão rica e tão difundida pelos meios de comunicação, a cidade atrai artistas, bilionários e políticos de todo o país. Seus maiores ícones – o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor, Copacabana, o Maracanã, o Carnaval carioca, o samba e a bossa nova – são conhecidos mundialmente. 

Fundada pelo capitão português Estácio de Sá, em um istmo entre o Morro Cara de Cão e o Morro do Pão de Açúcar, em 1 de março de 1565, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi, sucessivamente, capital da colônia portuguesa (1763-1815), do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815-1822), do Império do Brasil (1822-1889) e da República dos Estados Unidos do Brasil (1889-1960). 

Em 1808, o imperador Napoleão Bonaparte invade Portugal e o príncipe regente dom João foge com a rainha Carlota Joaquina de Bourbon, demente, para o Rio de Janeiro, que se converte na corte do Império Português. É aí que começa a nascer o Brasil moderno. 

De meados do século passado para cá, além de políticos corruptos, o Rio atrai também narcotraficantes e toda espécie de bandido. Hoje, mata-se turista à facada, na rua. Copacabana está tomada por moradores de rua e assaltantes. Essa é a cidade atual. 

O prefeito Eduardo Paes foi eleito quatro vezes para governar a cidade do Rio de Janeiro. Por que? Será ele o prefeito ideal para esta que é a cidade mais emblemática do país? 

Recentemente, Paes (PSD) bateu boca na internet com o senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ), uma das mais lúcidas vozes da Direita, sobre segurança no Rio. Paes disse que o senador era o “rei da rachadinha” e que a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem “dedo podre”, e desafiou Flávio Bolsonaro a concorrer ao governo do Estado do Rio, em 2026. A acusação de rachadinha contra Flávio Bolsonaro foi arquivada pela Justiça. 

– Acho que você devia largar essa proteção do mandato de senador e vir disputar o governo do Estado. Para de terceirizar e vem enfrentar a disputa contra o candidato que vou apoiar. Tá com medo? Duvido você ter coragem. Já pensou se fica sem mandato, hein? – disse Paes. 

O senador havia postado uma foto do prefeito ao lado do ex-governador Sergio Cabral e do presidente Lula da Silva. Sérgio Cabral quase assalta o Estado do Rio Inteiro e o leva para um paraíso fiscal. Foi condenado a 425 anos de cadeia, mas foi solto pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Quanto a Lula, calcula-se que desviou trilhões de reais. 

– Está no quarto mandato e não conseguiu resolver os problemas básicos do Rio. Só lorota! A Guarda Municipal tá largada, orientada pra dar porrada em trabalhador e multar motorista, ao invés de qualificá-la e armá-la para atuar em complemento às polícias estaduais. Quanto você investiu em segurança pública nos seus 13 anos de governo? – disse Flávio Bolsonaro. 

Pesquisa do instituto Prefab Rio dá Eduardo Paes liderando a corrida para governador, com 37,2%, em levantamento feito entre os dias 8 e 11 de fevereiro, com 2 mil eleitores em 35 cidades. Seguem-no Wladimir Garotinho (5,2%), também do PSD de Eduardo Paes, e filho dos notórios ex-governadores do Rio, Anthony e Rosinha Garotinho. Mas a pesquisa mostra alto índice de indecisos (25,2%) e votos brancos e nulos (18,6). 

Para presidente, em 2026, a pesquisa dá Jair Messias Bolsonaro na cabeça, com 41,2% das intenções de voto, enquanto o presidente Lula aparece com 21,8%. 

Segundo a pesquisa, o maior problema que o Estado enfrenta é falta de segurança pública (48,3%). A capital reflete isso. 

Voltemos a Eduardo da Costa Paes, carioca de 1969, prefeito do Rio de Janeiro de 2009 a 2017 e de 2021 até agora. Filho de pai advogado e mãe professora, formou-se bacharel em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), com especialização em Políticas Públicas e Governo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

Iniciou sua carreira política no início dos anos 1990, pelas mãos de Cesar Maia, prefeito do Rio durante 12 anos. Paes foi nomeado subprefeito da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Em 1996, é eleito vereador pelo Partido da Frente Liberal (PFL), com a maior votação obtida por um candidato ao cargo no Brasil, 82.418 votos. Dois anos depois, elege-se deputado federal, com 117.164 votos. Filia-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); em 2001, retorna ao PFL e é nomeado secretário do Meio Ambiente da cidade do Rio durante a gestão Cesar Maia. Em 2002, é reeleito deputado federal, com 186.221 votos, e no ano seguinte filia-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). 

Em 2006, concorre ao governo do Estado, mas obtém pouco mais de 5% dos votos, no primeiro turno, e declara apoio ao peemedebista Sérgio Cabral Filho, no segundo turno. Cabral ganha e acomoda Paes na Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer. Em 2007, Paes deixa o PSDB e filia-se ao PMDB, partido pelo qual é candidato a prefeito do Rio de Janeiro, em 2008; é eleito, derrotando o ex-guerrilheiro Fernando Gabeira, do Partido Verde (PV). 

Em 2012, reelege-se no primeiro turno com 64% dos votos; em 2026, o Rio sedia  os Jogos Olímpicos e os Jogos Paralímpicos. A cidade passa por profundas transformações, como a instalação de BRT e a criação do Porto Maravilha. 

Paes é sucedido por Marcelo Crivella. Em 2018, Paes é novamente candidato ao governo do estado do Rio de Janeiro, mas é derrotado por Wilson Witzel, que sofreu impeachment, em 30 de abril de 2021, por improbidade administrativa. 

Em 22 de dezembro de 2020, a Justiça decreta o afastamento e prisão de Marcelo Crivella. Assume, interinamente, Jorge Miguel Felipe. Paes concorre novamente à Prefeitura do Rio, agora pelo DEM, e vence com 64.07% dos votos (1.629.319 votos). 

Em 2024, Paes concorre ao quarto mandato e vence no primeiro turno com 60,47% dos votos válidos o candidato de Jair Bolsonaro, o deputado federal, delegado da Polícia Federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Informação (Abin), Alexandre Ramagem (PL/RJ). 

Alexandre Ramagem tinha tudo preparado, se ganhasse, para instalar uma central de inteligência para ajudar as polícias federal e estadual a combater o crime organizado no Rio, mas o carioca não quer saber disso; prefere circo. E circo é o que Eduardo Paes melhor sabe fazer. A última será a apresentação de Lady Gaga em Copacabana, no dia 3 de maio. 

– Madonna, ano passado. Este ano tem Lady Gaga – comentou Eduardo Paes. – Vai gastar dinheiro público com Lady Gaga? Vou. Com a Madonna gastei também. Sabe por quê? Porque enche todos os hotéis, enche todos os restaurantes, gera emprego. 

E a segurança? Que se foda. O Rio é isso mesmo; continua sendo a capital de um país governado por um condenado pela Justiça, a qual vem soltando bandidos perigosos, manietando as polícias e amordaçando os políticos da Direita. 

Paes precisará, para chegar ao comando do Estado, do dobro de votos para prefeito do Rio. Os fluminenses quererão Paes como governador? Ou Paes optará pelo Senado? Muita água vai rolar, até 2026. Que o digam Donald Trump e Elon Musk.