quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Não houve golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. Ou melhor, houve, mas foi da Esquerda

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 12 DE FEVEREIRO DE 2025 – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos/PB); o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho; o jurista Ives Gandra Martins; um dos mais respeitados jornalistas brasileiros, Augusto Nunes, são algumas das pessoas com legitimidade que afirmaram que não houve golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.

Para a Direita, houve, sim, um complô para tirar o agora presidente Lula da Silva da cadeia, condenado por 10 juízes e três desembargadores, colocá-lo de volta no Palácio do Planalto e tentar prender e, segundo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL/SP), assassinar na cadeia o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, líder mundial da Direita, ao lado do presidente americano Donald Trump. 

O senador Marcos do Val (Podemos/ES) tem provas robustas de que o então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, abriu a porta do Palácio do Planalto para baderneiros no 8 de Janeiro. O general sumiu. 

O complô da Esquerda tem pegadas do ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, do Partido Democrata, que abriga os comunistas americanos, e foi financiado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (United States Agency for International Development – Usaid), aparelhada por esquerdistas. 

Representantes da Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) estão no Brasil desde segunda-feira 10, até sexta-feira 14, para investigar a censura no país, presos políticos e a ditadura da toga. Vão embora daqui com um raio-X completo da situação. Não ficará só nisso, porque Donald Trump, que sabe perfeitamente o que está havendo no Brasil, quer um relatório na sua mesa, com urgência, e vai exigir sanções para desmantelar a ditadura ora instalada no Brasil. 

O passo a passo do verdadeiro golpe, ou complô: A Usaid é a maior agência oficial de ajuda humanitária do planeta, despeja trilhões de dólares para ajudar mais de 100 países em dificuldade. Criada em 1961, pelo presidente democrata John F. Kennedy, os comunistas americanos, aninhados no Partido Democrata, foram, aos poucos, aparelhando o órgão para usarem o gordo orçamento da instituição, repassando verba para ONGs e agentes, em todo o planeta, visando à lavagem cerebral e ideologização nas escolas e universidades, compra de jornalistas, censura, promoção de identidade de gênero para crianças, aborto, desarme da população, destruição da família e das religiões, criar anarquia e instalar ditaduras comunistas, o Estado totalitário. 

A coisa começou a engrossar no governo dos democratas Bill Clinton (1993-2001), Barack Obama (2009-2017) e Joe Biden (2021-2025), que intercedeu por Lula da Silva nas eleições à Presidência da República, em 2022, no Brasil. Os comunistas se infiltraram nos três poderes, tiraram Lula da Silva da prisão e limparam sua ficha. 

Em 16 de agosto de 2022, Alexandre de Moraes assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até 3 de junho de 2024, quando foi substituído pela ministra Cármen Lúcia. Lula da Silva já estava com passe livre para disputar a presidência da República contra Bolsonaro, que tentaria a reeleição. Joe Biden deu sinal verde no Brasil para a censura e prisões políticas. 

O TSE costurou a boca de Bolsonaro e dos bolsonaristas. A imprensa, principalmente a TV Globo, fez campanha cerrada a favor de Lula, inventando tudo o que não presta contra Bolsonaro, que estava proibido de se defender. Para calar a Direita, Biden usou até a Central Intelligence Agency (Agência Central de Inteligência – CIA), apoiando o establishment da Esquerda. Alexandre de Moraes se tornou, então, acusador, policial, carcereiro, juiz e carrasco de jornalistas, parlamentares, dona-de-casa, morador de rua etc. 

Quando Lula foi diplomado presidente, no TSE, em 12 de dezembro de 2022, o ministro Benedito Gonçalves disse para Alexandre de Moraes: “Missão dada é missão cumprida”. 

Agora, Moraes acusa Bolsonaro de golpe de Estado, uma manifestação pró-Bolsonaro, em 8 de janeiro de 2023. Bolsonaro estava, na ocasião, nos Estados Unidos. Nessa data, invadiram as sedes dos três poderes e promoveram um quebra-quebra. Para Moraes, foi golpe de Estado. Mandou prender mais de mil pessoas, incluindo donas de casa, velhinhas, que passaram pela Praça dos Três Poderes para ver de perto o protesto contra a posse de Lula. Moraes vem condenando essas pessoas a 17 anos da cadeia, donas de casa octogenárias. 

No 8 de Janeiro só não foi preso cachorro que porventura estivesse na Praça dos Três Poderes, pois não poderia depor contra Bolsonaro. 

Em entrevista ao jornal O Globo de 4 de janeiro de 2024, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que a Polícia Federal desvendou três planos contra ele.       

– Após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição. Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão – declarou Alexandre de Moraes. 

Segundo o ministro, participantes da manifestação de 8 de janeiro planejavam prendê-lo e matá-lo. 

– O primeiro plano previa que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio. E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição – declarou, candidamente, Alexandre de Moraes, a O Globo. – Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin, que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão. Tirando um exagero ou outro, era algo que eu já esperava. Não poderia esperar de golpistas criminosos que não tivessem pretendendo algo nesse sentido. Mantive a tranquilidade. Tenho muito processo para perder tempo com isso. E nada disso ocorreu, então está tudo bem – declarou. – Se tivéssemos deixado mais pessoas em frente a quartéis, poderia gerar mais violência, com mortes e distúrbios civis no país todo. Se não houvesse a demonstração clara e inequívoca de que o Supremo Tribunal Federal não iria admitir nenhum tipo de golpe, afastaria qualquer governador que aderisse e prenderia os comandantes de eventuais forças públicas que aderissem, poderíamos ter um efeito dominó que geraria caos no país. 

– Quem planejou matar Moraes e quais são as provas desse plano? – questionou o ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol. A Lava Jato foi uma operação do Ministério Público e Polícia Federal que esviscerou o establishment, mostrando que estava podre, mas o Supremo repôs as vísceras no lugar e costurou. – Se o ministro era a vítima desses crimes, ele não deveria se declarar suspeito de julgar quem queria matá-lo? Essas novas informações não colocam o ministro sob suspeição para julgar todos os réus do 8 de janeiro, já que, segundo entendimento do próprio STF, todos estavam ali em turba com um único objetivo de dar um golpe? Como o ministro responde às críticas de que os réus do 8 de janeiro estão sofrendo abusos judiciais, como violação do juiz natural, ausência de conexão com pessoas com foro privilegiado, prisões preventivas alongadas, ausência de provas e de individualização de condutas e penas exageradas? Aliás, até hoje o STF não apresentou uma única pessoa com foro privilegiado que tenha participado dos atos do 8 de janeiro, a fim de justificar a conexão com os demais réus sem foro privilegiado. O ministro saberia dizer quem são as pessoas com foro privilegiado que atraem a competência da corte para julgar os demais réus do 8 de janeiro? Por que o ministro não apreciou em tempo o pedido de soltura de Clezão, que tinha parecer favorável da PGR? Como responde às críticas de que a demora para decidir acarretou na morte de Clezão? Por que, logo após a morte de Clezão, o ministro soltou vários réus presos do 8 de janeiro que também tinham parecer favorável de soltura da PGR? Isso não é uma prova de que essas pessoas ficaram presas de forma excessiva e ilegal? Quando serão encerrados os inquéritos ilegais que tramitam no Supremo há mais de 5 anos? Como o ministro justifica a existência dos inquéritos após o fim dos prazos legais? E, por fim, dar entrevistas sobre casos em julgamento não gera a suspeição do juiz? Como o ministro responde a essa questão? – indagou Deltan Dallagnol. 

“Por que você está determinando tanta censura no Brasil?” – publicou, em 6 de abril de 2024, Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), dirigindo-se ao ministro Alexandre de Moraes, que vem determinando, desde 2021, o bloqueio de jornalistas e políticos nas redes sociais, como os jornalistas Allan dos Santos, Paulo Figueiredo Filho, Rodrigo Constantino, Guilherme Fiuza, Oswaldo Eustáquio e Monark; os deputados federais Daniel Silveira (PL/RJ), Carla Zambelli (PL/SP) e Marcel Van Hattem (Novo/RS), e o vereador Carlos Bolsonaro (PL/RJ); e o pastor evangélico André Valadão. 

Musk restabeleceu no X todas as contas suspensas por Alexandre de Moraes. No dia seguinte, um domingo, Moraes o incluiu no inquérito das milícias digitais, com multa diária de 100 mil reais para cada reativação de perfil bloqueado por decisão judicial, e procurou a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para eventual bloqueio do X no Brasil, mesmo sabendo que isso acarretaria prejuízo bilionário às empresas, jornalistas e usuários em geral. 

Resposta de Musk: sugeriu a Alexandre de Moraes “renunciar ou sofrer impeachment” e ameaçou, ele mesmo, a tirar o X do Brasil. 

– Este juiz aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortar o acesso ao X no Brasil; como resultado, provavelmente, perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório de lá, mas os princípios são mais importantes do que o lucro – declarou Musk. 

Para Musk, Alexandre de Moraes é um “ditador que tem Lula na coleira”. 

– Precisamos levar nossos funcionários no Brasil para um local seguro ou que não estejam em posição de responsabilidade, então faremos um dump completo de dados – ameaçou. – A lei se aplica a todos, incluindo Alexandre de Moraes. Ele deveria ser julgado por seus crimes. 

– A regulamentação das redes sociais e da Inteligência Artificial é inevitável – intrometeu-se o então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), acanalhado como sempre. 

Terça-feira 13 de agosto de 2024. O jornalista norte-americano Glenn Greenwald começa a publicar no jornal Folha de S. Paulo 6 gigabytes de mensagens e arquivos trocados por meio do WhatsApp, entre agosto de 2022 e maio de 2023, durante e depois da campanha eleitoral que levou à vitória de Lula da Silva, entre o ministro Alexandre de Moraes e seus assessores Airton Vieira, juiz instrutor no Superior Tribunal Federal (STF), e Eduardo Tagliaferro, então chefe de uma tal de Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tagliaferro foi exonerado em maio de 2023, após ser preso, acusado de violência doméstica contra a esposa. 

As mensagens mostram que Alexandre de Moraes usou o TSE de forma criminosa para investigar bolsonaristas no Supremo, inventando relatórios que incriminassem investigados nos inquéritos das fake news e das milícias digitais, para ferrar com simpatizantes de Bolsonaro. 

O ex-procurador da República (2003-2021), Deltan Martinazzo Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, que investigou crimes de corrupção na Petrobras e em outras estatais, esclareceu: “As mensagens vazadas de Alexandre de Moraes comprovam as suspeitas, que existiam desde 2019, de que o ministro Alexandre de Moraes atua como investigador, procurador e juiz, usando a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE como laranja para encomendar relatórios sobre o que gostaria de decidir, em que a iniciativa do ministro era ocultada ou disfarçada, o que pode caracterizar falsidade ideológica”. 

Moraes já tentou de tudo para justificar a prisão de Bolsonaro, inclusive de importunar baleia. Segundo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL/SP), Moraes quer prender o ex-presidente para o assassinarem mais facilmente na prisão. 

Em 20 de janeiro de 2025, Donald Trump, do Partido Republicano, reassumiu a presidência dos Estados Unidos e empossa o gênio das telecomunicações Elon Musk no recém-criado Departamento de Eficiência Governamental, com jurisdição sobre a Usaid. Elon Musk já sabia onde estava a força da máfia comunista mundial, inclusive patrocinadora da censura no Brasil. Os trilhões de dólares que os Estados Unidos reservam para ajudar países em dificuldade, por intermédio da Usaid, eram usados pela Esquerda internacional, por meio de instituições dominadas por comunistas. 

À rede de televisão CNN, Donald Trump declarou que a Usaid é administrada “por um banco de lunáticos radicais”. Para Elon Musk, a Usaid se transformou em uma “organização criminosa”, um “ninho de vermes”. Musk acusou o órgão de apoiar “causas radicais da Esquerda ao redor do mundo, incluindo coisas que são antiamericanas”. Inclusive Musk ligou a Usaid à pandemia da covid-19. A funcionários do X, rede social da qual é dono, disse: “Vocês sabiam que a Usaid, usando seus impostos, financiou pesquisas sobre armas biológicas, incluindo a covid-19, que matou milhões de pessoas?” 

Donald Trump fechou a Usaid, expatriou imigrantes criminosos e impôs sanções econômicas a ditaduras e a Estados terroristas e narcotraficantes. 

Quanto a Lula, que acusa Trump de fascista e fanfarrão, tem um problema adicional: Hugo Armando Carvajal Barrios, EL Pollo, O Frango. Natural de Puerto La Cruz, Venezuela, onde nasceu em 1 de abril de 1960, tornou-se major-general do Exército Bolivariano da Venezuela e deputado na Assembleia Nacional pelo estado de Monagas e foi diretor geral da Contra-Espionagem Militar (DGCIM) da Venezuela, entre julho de 2004 e dezembro de 2011 e entre abril de 2013 e janeiro de 2014. Criou e dirigiu o Gabinete Nacional Contra o Crime Organizado e o Financiamento do Terrorismo. 

Em 2019, foge para a Espanha, após ter reconhecido Juan Guaidó, que ganhara as eleições contra o ditador, Nicolás Maduro, à Presidência da Venezuela. Maduro, que fraudara as eleições, acusou Pollo de “atos de traição contra o país”. Frango viajou por mar para a República Dominicana e, de lá, via aérea, para a Espanha, sob o nome falso de José Mourinho​. Em 2021, é preso na Espanha e a Venezuela pede sua extradição. Os Estados Unidos também pedem sua extradição, por crime de lavagem de dinheiro, fornecimento de armas e documentos de identidade a membros da guerrilha colombiana, as Farcs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), e narcotráfico, acusado de traficar cocaína para os Estados Unidos, incluindo um carregamento de 5,6 toneladas, transportado em abril de 2006, da Venezuela para o México e de lá para os Estados Unidos. Em 19 de julho de 2023, é extraditado para os Estados Unidos.​ 

Frango afirma que dinheiro do narcotráfico financiou políticos de esquerda na América do Sul: Néstor Kirchner, da Argentina; Evo Morales, da Bolívia; Fernando Lugo, do Paraguai; Gustavo Petro, da Colômbia; ​Ollanta Humala, do Peru; e Manuel Zelaya, de Honduras, além de Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil.

Estou terminando uma trilogia sobre o momento político recente no Brasil, de forma romanceada. Dois volumes já foram publicados: O CLUBE DOS ONIPOTENTES e O OLHO DO TOURO. O terceiro volume será publicado em 2026.

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